Agronegócio

Treasuries avançam, impulsionados por relatório de empregos nos EUA

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Os juros dos títulos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) seguiram em alta firme nesta sexta-feira (5), em toda a curva, ainda que tenham desacelerado, marginalmente, das máximas atingidas pela manhã, após os dados acima das expectativas do relatório mensal de empregos dos Estados Unidos. Os números acima do esperado de geração de vagas e também o avanço dos salários em março retrataram um quadro robusto do mercado de trabalho e enfraqueceram a possibilidade de corte da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) em junho.

Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,745%, ante 4,633% ontem; a rentabilidade da T-note de 10 anos avançava a 4,396%, ante 4,302% no fim da tarde de quinta-feira. Na máxima,a taxa tocou 4,40%. O retorno do T-bond de 30 anos subia a 4,551%, ante 4,465% ontem. Na máxima, o rendimento no papel de 2 anos foi a 4,747%. A taxa da T-Note de 10 anos tocou 4,400% e a do T-Bond de 30 anos chegou a rondar o patamar de 4,555%.

A possibilidade de manutenção dos juros até junho pelo Fed, inclusive no mês citado, avançava para 50,9% no final a tarde desta sexta-feira, de 35,0% antes do payroll. A economia dos EUA criou 303 mil empregos em março, em termos líquidos. O resultado ficou bem acima do teto das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 150 mil a 245 mil postos de trabalho, com mediana de 200 mil. Em março, o salário médio por hora teve alta de 0,35% em relação a fevereiro, um pouco acima da projeção do mercado, de 0,30%.

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“No geral, o relatório de hoje, juntamente com outros dados recentes dos EUA, que mostram uma dinâmica econômica incrivelmente forte na virada do ano, são suficientes para ajustarmos as nossas expectativas relativamente aos cortes nas taxas do Fed”, escreveram analistas da Pimco, uma das principais gestoras de investimentos em renda fixa do mundo, em relatório. “Enquanto, projetávamos 2 a 3 cortes de 25 pontos base para 2024, estamos agora a ajustar isso para 2 cortes”, afirmaram os analistas.

“A probabilidade de não haver cortes nas taxas poderia ser maior se não fosse a quase unanimidade do Comitê Federal de Mercado Aberto em implementar pelo menos um corte em meados do ano”. A Pimco citou que meados do ano poderá ainda ser a janela para um corte, “com a possibilidade de não haver mais reduções até 2025”.

O payroll hoje se sobrepôs ao quadro geopolítico tenso, que onde levou fluxo para ativos percebidos como mais seguros como os Treasuries, ajudando a derrubar as taxas projetadas.

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