O que tem a ver o agro com o Corredor da Onça

Já ouviu falar do Corredor da Onça? É um projeto incrível de preservação desse grande felino silvestre. A onça foi escolhida por ser uma espécie de indicadora da qualidade ambiental, já que sua presença dá indícios de um ambiente equilibrado e saudável.

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Atualmente, 48% da distribuição atual de onça pintada no mundo se encontram em território brasileiro — estima-se que exista uma população de cinco mil animais. Segundo o Instituto Onça Pintada, liderado pelo biólogo Leandro Silveira, apenas 10% delas estão em áreas protegidas, 6% em áreas urbanas e 84% em áreas privadas.

Dessa forma, podemos compreender a importância dos produtores rurais para estratégias de conservação da espécie. Por não estar em uma região de grandes centros, o corredor da onça é favorecido geograficamente, como se tivéssemos uma visão aérea. Montamos caminhos para que as onças possam ir e vir.

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Atualmente, o Corredor da Onça percorre 119 municípios em seis estados brasileiros. O conjunto dessas áreas faz de seu percurso uma das regiões mais conservadas e ricas em biodiversidade do Brasil, garantindo a manutenção de populações de diversas espécies da fauna. Além da proteção física, os reflexos mais importantes desses corredores estão no favorecimento da variabilidade genética dos animais, pois somente assim há uma real proliferação da espécie.

Elas andam muito e com isso há uma mistura das populações. Os números do Instituto Onça Pintada revelam o esforço que há para aliar a conservação e a produção, também por parte do produtor rural.

*Carmen Perez é pecuarista e entusiasta das práticas do bem-estar animal na produção animal. Há 14 anos, trabalha intensivamente a pesquisa na fazenda Orvalho das Flores, no centro-oeste do Brasil, juntamente com o Grupo Etco, da Unesp de Jaboticabal e universidades internacionais. Foi presidente do NFA (Núcleo Feminino do Agronegócio) em 2017/2018.

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