Agronegócio

Petrobras (PETR4): ações sobem em dia decisivo sobre pagamento de dividendos

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As ações da Petrobras operam no positivo enquanto investidores aguardam a definição sobre o pagamento de dividendos extraordinários da companhia, em pauta na Assembleia Geral Ordinária (AGO) que está sendo realizada nesta quinta-feira (25). Às 13h32, a PETR3 subia 0,92%, a R$ 43,67, enquanto a PETR4 tinha alta de 0,53%, a R$ 41,45.

Em um dia negativo para as Bolsas de Nova York, o desempenho das ações da estatal, que têm peso importante no índice, ajudavam a limitar as perdas do Ibovespa. No mesmo horário, o índice de referência da B3 caía 0,27%, a 124.407,54 pontos.

A expectativa geral é que a AGO aprove a proposta feita pelo Conselho de Administração da estatal para o pagamento de 50% dos R$ 43,9 bilhões em proventos retidos no início de março. Como mostramos aqui, a data com para garantir o recebimento dos valores também é esta quinta-feira.

Relembre a ‘novela’ dos dividendos

A “novela” sobre o pagamento ou não de dividendos extraordinários pela Petrobras começou em 7 de março, dia em que a estatal divulgou os resultados referentes ao 4º trimestre de 2023 e comunicou ao mercado que pretendia distribuir somente o mínimo estabelecido pela Política de Remuneração aos Acionistas, ou seja, 45% do fluxo de caixa livre em proventos – um montante de R$ 14,2 bilhões. Os outros R$ 43,9 bilhões da reserva estatutária seriam represados.

Relembre: 5 pontos para entender o que está acontecendo com a Petrobras na Bolsa

A notícia caiu como uma bomba entre investidores e somente no pregão seguinte, de 8 de abril, a estatal perdeu R$ 54,3 bilhões em valor de mercado, em uma sessão em que a PETR3 cedeu 10,37%, enquanto a PETR4 caiu 9,14%. Foi a pior performance da companhia na Bolsa desde fevereiro de 2021.

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A principal dúvida do mercado era relacionada ao destino dos valores retidos. Circulou entre investidores que a companhia estaria estudando a possibilidade de criar um novo fundo para receber os proventos extraordinários com foco em investimentos futuros. Um movimento que faria “pouco sentido”, avaliou o BTG Pactual à época. A Petrobras também negou os rumores.

No início do mês, a pressão pelo pagamento dos proventos escalou para um racha entre integrantes do governo, com um atrito público entre o CEO Jean Paul Prates e o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira. Nos bastidores, dizia-se que Prates estava com os dias contados no cargo.

O principal cotado para assumir a presidência da petroleira era o ex-ministro e atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante – um boato que penalizou as ações da estatal, como mostramos aqui.

No decorrer de abril, Jean Paul Prates ganhou apoio do ministro da Fazenda Fernando Haddad e permaneceu no cargo, um sinal visto com bons olhos pelo mercado. Com o governo federal em busca de alternativas para aumentar receitas, o pagamento dos dividendos retidos voltou ao radar. Na última semana, a meta fiscal foi revisada de superávit de 0,5% do PIB para déficit zero em 2025 – o entendimento é que a União também precisa de novas fontes de recursos e, neste caso, poderia se beneficiar com a distribuição dos R$ 43,9 bilhões retidos pela Petrobras.

Assim, na última sexta-feira (19), quando o Conselho de Administração informou que proporia na AGE desta quinta-feira a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários, o tema já havia sido precificado pelo mercado. 

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