Agronegócio
Abertura de Mercado: sem fôlego, mercados tentam sustentar bom humor
A semana começa com os mercados internacionais tentando sustentar os ganhos da semana passada, embora as oscilações sejam bastante restritas entre as principais bolsas da Europa e os índices futuros em Nova York, mesmo depois de os dados terem mostrado uma inflação persistente na maior economia do mundo – levando a apostas de apenas uma redução dos juros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para todo o ano de 2024, por exemplo.
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Na quarta-feira (1º), durante o feriado no Brasil, será conhecida a decisão de política monetária nos Estados Unidos e, mesmo que a manutenção das taxas de juros seja amplamente esperada, as expectativas limitam um pouco dos humores dos investidores e a liquidez dos mercados.
Fora do mundo das bolsas, o dólar cede frente às demais moedas, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) de dez anos caem levemente, os contratos futuros do petróleo caem, depois que o secretário americano de Estado, Antony Blinken, intensificou esforços para garantir trégua em Gaza, enquanto os preços futuros do minério de ferro tiveram baixa discreta em Singapura, após três semanas em alta.
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Por aqui, o fôlego também deve ser curto para os ativos locais, enquanto o feriado local que se aproxima e as incertezas no front fiscal são um ingrediente adicional para justificar um maior ceticismo e cautela dos investidores.
Agenda econômica 29/04:
Brasil: Destaque para os dados do Governo Central de março (10h30), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril (8h) e os dados da balança comercial da quarta semana de abril (15h). Entre os eventos, presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, faz palestra em evento promovido pelo Insper (18h30).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) despacha com Ministros, incluindo Fernando Haddad, da Fazenda (17h). Nesta terça-feira (30), são esperados o boletim Focus, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a taxa de desemprego do trimestre móvel encerrado em março, junto aos demais resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Mensal.
Nos dias seguintes estão previstos ainda os dados de transações correntes e IDP, na quinta-feira (2); o Índice de Preços ao Consumidor do município de São Paulo, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de abril e a produção industrial de março, na sexta-feira (3).
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EUA: O Fed divulga decisão de política monetária na quarta feira (1º), seguida de coletiva de imprensa com o seu presidente, Jerome Powell. Nos próximos dias, os dados de empregos ADP (considerada uma prévia do relatório de emprego (Payroll) dos EUA) e Jolts, na quarta-feira, além do relatório payroll, na sexta-feira.
Europa: A agenda de hoje prevê o índice de preços ao consumidor preliminar de abril da Alemanha (9h) e comentários do vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos (16h20). Amanhã, são esperados o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro e outros países da região.
China: Os lucros industriais tiveram queda em março, na comparação anual, revertendo um forte ganho nos primeiros dois meses do ano e sinalizando uma fraqueza na segunda maior economia do mundo. De acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas, os lucros das empresas industriais chinesas caíram 3,5% em março em relação ao ano anterior. Em janeiro e fevereiro deste ano, houve um aumento de 10,2%. Os dados oficiais mostraram que no primeiro trimestre, o lucro industrial subiu 4,3% em relação ao ano anterior, ainda mais forte do que a queda de 2,3% registrada para o ano todo de 2023. Hoje à noite, serão conhecidos ainda os índices de gerentes de compra (PMIs).
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