Agronegócio

Tragédia no Sul: companhias listadas na Bolsa paralisam atividades; veja impactos

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As operações de companhias de diversos setores foram parcialmente comprometidas pelas chuvas intensas no Rio Grande do Sul (RS). A catástrofe climática no estado gaúcho já resultou na morte de 83 pessoas, segundo dados mais recentes da Defesa Civil do Rio Grande do Sul. As atividades do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, também foram suspensas até o dia 30 de maio.

Entre as empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira, o Grupo BRF (BRFS3) suspendeu temporariamente as atividades das unidades de abate de aves e suínos no Rio Grande do Sul. Segundo informações do Broadcast, a unidade de abate na cidade de Lajeado, no Vale do Taquari, foi a mais afetada pela chuva.

Para os analistas da Ativa Investimentos, a necessidade de paralisação deve prejudicar o volume de abates do Grupo para o segundo trimestre. “Pode pressionar o seu desempenho em meio a um cenário positivo para o mercado avícola”, escreveu a corretora em relatório na sexta-feira (3). A notícia é vista como negativa para as ações da companhia e a corretora mantém recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 12,60.

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A Gerdau (GGBR4) comunicou ontem a suspensão de suas atividades no Rio Grande Sul por um tempo indeterminado até que a situação se resolva para que o retorno das operações aconteça com segurança. Pelas redes sociais, a companhia acrescentou ainda que realiza doações de itens para as comunidades próximas, como cestas básicas, kits de higiene e outros artigos. “Estamos mobilizando helicópteros para apoiar a logística destas regiões”, ressaltou.

A Rumo (RAIL3) também informou ao mercado a paralisação parcial da Operação Sul, responsável por 14% do Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia, e que está avaliando os danos aos ativos causados pelas fortes chuvas. Até o momento, com base numa avaliação inicial, a Rumo afirma que “não são esperados mudanças materiais nos resultados estimados nas orientações da empresa”.

Varejistas afetadas

A Lojas Renner (LREN3) fechou temporariamente 4% das suas unidades devido à catástrofe climática no Rio Grande do Sul. Em comunicado ao mercado, a varejista acrescentou que não possui centros de distribuição no estado e que o impacto do fornecimento de produtos vindos da rede de parceiros é imaterial. No entanto, ela não foi a única companhia do setor prejudicada pelo temporal.

Segundo a Ágora Investimentos, as Lojas Quero-Quero (LJQQ3), Carrefour Brasil (CRFB3) e Petz (PETZ3) possuem operações relevantes no Rio Grande do Sul e a situação de calamidade pública no Estado deve impactar as atividades das empresas nas próximas semanas. “A Lojas Quero-Quero (com 54% de exposição) deverá ser a empresa de maior impacto sob nossa cobertura, devido à grande exposição das lojas, e exposição à população rural do estado, que deverá ser afetada economicamente por esta tragédia”, ressaltou a corretora em relatório.

As fortes chuvas do Rio Grande do Sul afetaram 364 municípios gaúchos, segundo dados da Defesa Civil do Estado divulgados nesta de segunda-feira (6). Na capital, Porto Alegre, o nível do rio Guaíba atingiu a marca de 5,31 metros no último domingo (6), um novo recorde superando a marca histórica de 4,76 metros registrada em 1941.

Com informações no Broadcast

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