Agronegócio

Moedas globais: dólar recua, com dados econômicos dos EUA e Fed no radar

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O dólar não firmou sinal único nesta terça-feira (14), mas caiu frente ao euro e à libra, com investidores atentos ao índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) e a declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. Havia ainda expectativa pela publicação, nesta quarta-feira, do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 156,47 ienes, o euro avançava a US$ 1,0822 e a libra tinha alta a US$ 1,2594. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,19%, a 105,013 pontos.

A inflação ao produtor nos EUA subiu 0,5% em abril ante março, acima da previsão de avanço de 0,3% dos analistas ouvidos pela FactSet. O núcleo avançou também 0,5%, quando se esperava 0,2%. A reação inicial ao dado foi de apoio ao dólar e o DXY inverteu o sinal, passando a subir, mas o movimento não perdurou. Alguns analistas destacaram que o PPI trazia ainda assim alguns sinais positivos, inclusive para componentes do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida do Fed.

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O presidente do BC americano, em evento nesta manhã, avaliou o PPI de hoje como “misto”. Jerome Powell disse que a política monetária deve seguir restritiva por mais tempo, mas considerou improvável nova altas nos juros. Ele ainda avaliou que a economia dos EUA mostra um desempenho positivo recentemente.

A Oxford Economics mencionava, em relatório hoje, que o mercado de Treasuries já precificou menos reduções de juros pelo Fed neste ano, o que foi acompanhado por fortalecimento do dólar. No monitoramento do CME Group, crescia hoje a chance de um corte até setembro, a 66,2% no fim desta tarde (de 61,2% ontem).

O BBH, por sua vez, avaliava os dados do mercado de trabalho do Reino Unido como mistos, o que para o banco de investimentos reforça que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) pode esperar até agosto antes de cortar juros. A taxa de desemprego no país subiu de 4,2% no trimestre até fevereiro a 4,3% nos três meses até março, em linha com o previsto. A alta no salário semanal médio foi de 6,0%, um pouco acima da previsão de 5,9% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Entre dirigentes do BoE, o economista-chefe, Huw Pill, afirmou que a instituição avança no controle da inflação no país, mas precisa de mais evidências positivas. Pill comentou que uma redução nos juros é possível no verão local, sem se comprometer com datas exatas.

Entre moedas emergentes, o dólar avançava a 885,6684 pesos argentinos. O índice de preços ao consumidor da Argentina subiu 8,8% em abril ante março, pela primeira vez desde outubro abaixo de 10%. Na leitura anual, porém, a alta foi de 289,4%, superior aos 287,9% vistos em março.

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