Agronegócio

Após balanço, Nubank (ROXO34) se aproxima de rival em valor de mercado

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Os resultados recordes do Nubank (ROXO34) no primeiro trimestre do ano agradaram investidores e analistas e as ações da fintech chegaram a subiram mais de 3% na tarde desta quarta-feira (15) em Nova York. Com isso, o valor de mercado do banco digital bateu em US$ 55 bilhões, se aproximando do rival Itaú (ITUB4), o maior banco da América Latina, avaliado em US$ 59 bilhões – essa diferença já chegou a superar US$ 30 bilhões no começo de 2023.

O Nubank teve lucro 167% maior no primeiro trimestre, de US$ 378 milhões. O retorno patrimonial anualizado (ROE, na sigla em inglês) foi de 23% na holding e de 40% só na operação brasileira. Com isso, supera nomes como o BTG Pactual (BPAC11), que fechou o primeiro trimestre com ROE de 22,8%. No Itaú, o indicador consolidado ficou em 21%.

O banco ultrapassou a marca de 100 milhões de clientes nos três países em que opera, México e Colômbia, além do Brasil.

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O fundador e CEO da fintech, David Vélez, disse a jornalistas hoje que esse número parecia inatingível quando a fintech foi criada, há pouco mais de 10 anos. “Era uma meta absurda”, disse ele. Agora, parece pouco diante do potencial dos mercados que opera e da América Latina.

O banco digital tem cerca de 4% do mercado financeiro brasileiro e menos de 1% nos outros dois países. “Mesmo no Brasil onde a gente começou, somos uma formiguinha”, disse Vélez. “Ainda estamos no primeiro minuto de crescimento na América Latina.”

A prioridade agora é expandir as operações no México e Colômbia para depois pensar em chegar a novos mercados, disse Vélez. Os negócios no México demoraram a engrenar, mas agora estão indo melhores que o previsto. Em uma tabela mostrada pelo banco, as operações no mercado mexicano crescem mais rápido do que cresceram a brasileira no começo do negócio.

No mercado colombiano, o banco digital superou a marca de 1 milhão de clientes e, no México, já tem mais de 7 milhões. “A meta número um é provar que o modelo de negócios do Brasil pode ser implementado no México e Colômbia”, disse Vélez, ressaltando que os indícios até agora é de que essa exportação é possível.

Em um período de três a cinco anos, o Nubank pode estar em outros mercados, afirmou Vélez, após ser questionado por jornalistas em evento hoje na sede do banco para comemorar a marca de 100 milhões de clientes. O evento reuniu clientes, toda a diretoria, os três fundadores do banco digital e jornalistas dos três países em que opera.

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Perguntado em quais países pode entrar, Vélez não dá pistas. Mas observa que não pode ser um país pequeno, que exija muito investimento e tempo para conseguir as aprovações regulatórias e no final não agregue em termos de clientes.

Além da expansão internacional, o Nubank quer avançar para além dos serviços financeiros, de acordo com Vélez. E uma das formas que isso já vem acontecendo é pelo marketplace, que tem mais de 200 lojas parceiras, registrou 2 milhões de transações e 255 milhões de visitas.

Provisões maiores

No evento, o diretor financeiro, Guilherme Lago, apresentou os números do primeiro trimestre e disse que a fintech é uma das únicas do mundo que consegue combinar três fatores: crescimento, lucratividade e resiliência. Muitas empresas de tecnologia conseguiram um ou dois desses atributos, mas não os três.

No primeiro trimestre, as receitas do Nubank cresceram 67% e a carteira de crédito aumentou 52%, na comparação anual. Pelo lado negativo, a inadimplência subiu, tanto para períodos mais curtos, quanto para mais longos. As provisões para calotes cresceram 75% em 12 meses.

O analista do Goldman Sachs Tito Labarta considerou os resultados “sólidos” e manteve a recomendação de compra para o papel do banco digital, mas entre os pontos de cautela destacou em relatório a alta das despesas operacionais, de 48% em um ano, acima do que esperava.

Para o analista do Itaú BBA, Pedro Leduc, os números mostram um negócio com “desempenho sólido, atendendo as expectativas otimistas”. O crescimento dos empréstimos se acelerou no primeiro trimestre, em direção a uma carteira de maior risco, por conta da maior participação do crédito pessoal, ressalta ele em relatório.

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