Agronegócio
Ibovespa na semana: JBS salta 18%, enquanto Petrobras cai com demissão de Prates; veja os destaques
O Ibovespa subiu 0,43% no acumulado destea semana, aos 128.150,71 pontos. O desempenho positivo acontece apesar da pressão causada pelas ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que têm peso importante no índice e dominaram o noticiário do mercado depois que Jean Paul Prates foi demitido do comando da estatal na noite da terça-feira (14).
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No paralelo, no lado macroeconômico, a divulgação da Ata do Copom ajudou a acalmar os ânimos do mercado depois que, na semana passada, o Comitê optou por reduzir o ritmo de cortes da Selic para 0,25 ponto percentual em uma decisão dividida entre os membros do grupo. Após a divulgação do documento, prevaleceu o sentimento de preocupação com o cenário da inflação, afastando as percepções de leniência que rondavam investidores depois do encontro de maio.
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“A ata era muito aguardada pelos investidores após o racha na votação causar grande instabilidade no mercado e pressionar os preços dos ativos”, diz Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank.
O dólar teve uma queda de 1,16% frente ao real na semana, passando de R$ 5,16 para R$ 5,10. Já o euro caiu 0,35%, de R$ 5,56 para R$ 5,54.
As maiores altas
As três ações que mais subiram na semana foram JBS (JBSS3), Embraer (EMBR3) e Marfrig (MRFG3).
JBS (JBSS3): +18,56%, R$ 29,19
As ações da JBS deram um salto de 18,56% na semana, encerrando o período cotadas a R$ 29,19, na liderança das valorizações do Ibovespa. O desempenho é motivado pelo forte resultado trimestral apresentado pela companhia no 1T24, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período de 2023.
As ações sobem 24,53% no mês e 17,18% no ano.
Embraer (EMBR3): +18,09%, R$ 39,56
As ações da Embraer tiveram uma valorização de 18,09% na semana, a R$ 39,56. Segundo o Goldman Sachs, a companhia projeta que todos os seus segmentos podem atingir uma margem operacional de dois dígitos ao longo do tempo.
A EMBR tem alta de 18,62% no mês e de 76,69% no ano.
Marfrig (MRFG3): +15,78%, R$ 11,52
As ações da Marfrig subiram 15,78% na semana, a R$ 11,52, apesar da volatilidade causada pelo balanço do 1T24. Investidores estão animados com o setor como um todo e, nesta sexta-feira, os papéis ainda subiram depois de a companhia anunciar, em comunicado ao mercado, que não recebeu, até o presente momento, qualquer decisão de órgãos competentes sobre a venda de ativos da Marfrig para a Minerva no Uruguai. O pronunciamento ocorre após notícias veiculadas na mídia de que as autoridades uruguaias teriam rechaçado a operação.
A MRFG3 sobe 21,90% no mês e 18,76% no ano.
As maiores quedas
As três ações que mais caíram na semana foram Yduqs (YDUQ3), Petrobras ON (PETR3) e Petrobras PN (PETR4).
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Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
Yduqs (YDUQ3): -17,36%, R$ 12,90
As ações da Yduqs lideraram as baixas da semana, com uma queda de 17,36%, a R$ 12,90, pressionadas pela divulgação do balanço financeiro referente ao 1º trimestre de 2024. O Citi apontou que as despesas com inadimplência e a decisão da empresa de não fornecer guidance para o segundo trimestre afetam negativamente as ações.
As ações caem 11,58% no mês e 41,42% no ano.
Petrobras ON (PETR3): -12,60%, R$ 38,57
As ações da Petrobras dominaram o noticiário esta semana. Além de números trimestrais abaixo da expectativa de mercado, a estatal sofreu com a demissão de Jean Paul Prates do cargo de presidente. A nova indicada, Madga Chambriard, tem alguns desafios importantes no radar e deve começar o mandato já enfrentando a desconfiança de investidores. Com isso, as ações ordinárias cederem 12,60% no período, a R$ 38,57.
A PETR3 cai 9,27% no mês, mas tem alta de 5,73% no ano.
Petrobras PN (PETR4): -11,76%, R$ 36,69
As ações preferenciais da Petrobras também sofreram, caindo 11,76% no acumulado da semana, a R$ 36,69.
A PETR4 cai 8,89% no mês. No ano, sobe 5,64%.
*Com Estadão Conteúdo
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