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Os juros e a inflação vão subir? Confira as projeções dos economistas

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Ainda na esteira da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado elevou a Selic para 2024 para 10,00%, ante 9,75% na última semana. Há um mês, o patamar era de 9,50%. Considerando apenas as 86 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 passou de 9,75% ao ano para 10,00%.

O Copom abandonou o forward guidance (projeção utilizada para influenciar as expectativas do mercado) da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 ponto percentual (pp), para 10,50% ao ano em maio.

A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 pp, enquanto os diretores que já estavam no Banco Central (BC) antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento.

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Na ata, divulgada na semana passada, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização. Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, repetiu o Copom.

No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Considerando apenas as 86 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2025 seguiu em 9,00% ao ano. Para 2026, a projeção seguiu em 9,00%, ante 8,50% há um mês. Para 2027, a estimativa passou de 8,63% para 9,00%.

Projeções para IPCA

A projeção de 2024 passou de 3,76% para 3,80%. Um mês antes, a mediana era de 3,73%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,66% para 3,74%, ante 3,60% de um mês atrás.

Considerando as 72 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,74% para 3,84%. Para 2025, a projeção passou de 3,75% para 3,70%, considerando 70 atualizações no período.

Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 46ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos.

No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 46 semanas. As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em maio projeção de 3,8% para o IPCA de 2024, depois de o indicador ter ficado em 3,5% nas reuniões anteriores, de dezembro, janeiro e março. Para 2025, a projeção também subiu, para 3,3%.

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