Agronegócio

Mercado hoje: investidores ficam de olho no PIB brasileiro, reforma tributária e oferta de emprego nos EUA. Confira a agenda econômica do dia

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A agenda econômica desta terça-feira (4) é robusta no Brasil, com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e das medidas de compensação pela desoneração da folha de pagamentos. O Senado pode votar o Projeto de Lei (PL) 914/2024, que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e inclui a taxação de produtos importados até US$ 50. O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, participa de coletiva sobre o segundo Projeto de Lei Complementar que regulamenta a reforma tributária do consumo.

Além disso, em Roma, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede coletiva junto com o ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo. Nos Estados Unidos, as atenções ficam na pesquisa de ofertas de emprego e desligamento de funcionários (JOLTS, na sigla em inglês) sobre a abertura de postos de trabalho e nas encomendas à indústria.

As bolsas europeias mostram cautela nesta manhã antes da decisão sobre juros do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (6), e os futuros de Nova York também estão na defensiva. O petróleo cai mais de 2% diante de temores de que parte dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) possam ampliar sua oferta mais adiante e o movimento nas ações de petrolíferas.

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O dólar, por sua vez, sobe ante maioria das moedas, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam em baixa pela quarta sessão consecutiva após uma série de dados recentes apoiarem expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá começar a reduzir seus juros básicos em setembro.

Enquanto isso, as bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, com as chinesas, inclusive a de Hong Kong, sustentadas por ações do setor imobiliário.

Agenda econômica no Brasil

A queda firme do petróleo, o recuo de 2,11% do minério de ferro e desvalorização das bolsas internacionais devem afetar o desempenho do Ibovespa – que encerrou o quarto pregão seguido em queda na última segunda-feira -, assim como o dólar mais forte lá fora pode pressionar o real. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, recuava 0,95% no pré-mercado em Nova York às 7h25.

Os ativos domésticos podem reagir também ao resultado do PIB brasileiro e ao anúncio das medidas para compensar a desoneração da folha de pagamentos. Uma das medidas pode ser elevar o preço mínimo do cigarro para compensar parte da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e dos municípios mantida em 2024. Fontes estimam que a iniciativa pode gerar de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões aos cofres, mas os números ainda podem passar por revisão.

Outra alternativa pode ser o aumento do Cofins-Importação (que prevê o recolhimento de tributos em situações de entrada de bens estrangeiros no território nacional). A Receita Federal calcula que serão necessários R$ 25,8 bilhões para restituir a perda arrecadatória com a prorrogação da desoneração.

Sobre o PIB, é esperado que a economia se recupere no primeiro trimestre, com crescimento de 0,7% segundo mediana do Projeções Broadcast, graças ao aumento da renda disponível, após ter ficado estável no quarto trimestre de 2023.

Agenda do dia

A agenda desta terça-feira (4) traz a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre (9h00) e a divulgação das medidas de compensação pela desoneração da folha de pagamentos (10h00). O Ministério da Fazenda divulga, às 10h, as medidas compensatórias da desoneração da folha de pagamento para 17 setores econômicos e municípios com até 156 mil habitantes.

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O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, participa da coletiva para detalhar o segundo Projeto de Lei Complementar que regulamenta a reforma tributária do consumo (12h30). O Tesouro faz leilão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado, com rentabilidade seguindo a Selic) (11h00). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede coletiva junto com o ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, em Roma (12h30).

Nos Estados Unidos, saem dados de abril do relatório JOLTS sobre a abertura de postos de trabalho (11h00) e as encomendas à indústria (11h00). A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, testemunha no Senado americano sobre orçamento do ano fiscal de 2025 (15h30). A Coreia do Sul revela o PIB final do 1º trimestre (20h00), assim como a Austrália (22h30).

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