Agronegócio

Tesouro prefixado supera taxa Selic. É hora de investir?

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A partir de agosto de 2023, quando o Copom começou uma marcha de redução da Selic, a taxa básica de juros passou de 13,75% para os atuais 10,50%. E de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a expectativa do mercado é de queda na taxa de juros ao longo dos próximos anos.

Mas ainda há papéis de renda fixa prefixados com taxas mais altas, como o Tesouro Prefixado 2027, que rende 11,21% ao ano. Isso torna os papéis prefixados mais atraentes. Embora o rendimento possa ser maior, o investidor deve avaliar os riscos com cuidado, de acordo com especialistas consultados pelo E-Investidor

A visão da XP para os títulos de renda fixa prefixada é positiva, principalmente para os papéis com vencimentos mais curtos: “Pelos nossos cálculos, a taxa [rendimento dos prefixados] para 2024 está próxima a 10,55%, ou seja, já bastante próxima da nossa Selic atual. E para 2025 tem um prêmio de risco maior, de 11,4% nessa taxa esperada e praticada pelo mercado para o futuro”, explica o especialista. “Enquanto isso, o boletim Focus precifica a Selic a 10,25% para o final deste ano e 9,18% para o final de 2025. Então, temos esse diferencial importante entre taxas, principalmente ali a partir de 2025 e até 2026″, completa. 

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O título público prefixado com vencimento mais próximo é o Tesouro Prefixado 2027, e depois o com vencimento em 2031. Veja a cotação atual dos títulos: 

 TESOURO PREFIXADO 2027

Rentabilidade anual 11,21%
Investimento mínimo R$ 30,43
Preço unitário R$ 760,92
Vencimento 01/01/2027

TESOURO PREFIXADO 2031

Rentabilidade anual 11,93%
Investimento mínimo R$ 33,49
Preço unitário R$ 478,52
Vencimento 01/01/2031

Investidor deve ter cautela e avaliar o seu perfil de risco 

De acordo com Mayara Rodrigues, quando o investidor considera prazos mais longos é preciso ter mais cautela, principalmente considerando o cenário da política fiscal, ainda não consolidado.

A cautela também é recomendada pela AMW: “Apesar das taxas atrativas tanto para títulos prefixados quanto para IPCA+, o ambiente econômico atual é extremamente incerto. A volatilidade nas curvas de juros é alta e as projeções de inflação são complexas”, afirmou Dionatan Silva, Gestor de Renda Fixa da gestora.

“Em nossa gestão de portfólios de renda fixa, adotamos uma abordagem cautelosa ao alocar em títulos mais voláteis e sensíveis a movimentos de juros”, concluiu.

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