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Quais são os impostos e taxas ao investir no Tesouro Direto?

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Os títulos do Tesouro Direto estão entre os investimentos mais vantajosos para aqueles que querem segurança e rentabilidade. Por ser atrelado ao Tesouro Nacional, esses títulos públicos permitem “emprestar” dinheiro ao governo que, em troca, devolve o valor acrescido de juros.

As opções do Tesouro Direto variam conforme a rentabilidade, com títulos prefixados (ou seja, definida previamente), ligados à variação da inflação ou à taxa básica de juros (Selic). Os papéis contam ainda com diversos prazos de vencimento e fluxos de remuneração, a depender das necessidades do investidor.

Apesar de garantir rentabilidade diária, o investidor que opta pelos títulos do Tesouro Direto não recebe como remuneração exatamente 100% do valor investido. Isso porque pode haver custos incidentes sobre a operação, como impostos ou taxas.

Impostos sob o rendimento

Com isso, quem investe em títulos públicos deve pagar o Imposto de Renda (IR) no momento do resgate. O fato gerador do IR (valor que será tributado) recai apenas sobre os rendimentos obtidos no período em que o dinheiro esteve aplicado, não sobre o montante total investido.

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A cobrança sob os rendimentos é automática, sendo realizada pela instituição financeira do investidor, na hora do vencimento ou resgate.

O lado bom é que a alíquota é regressiva, ou seja, quanto mais tempo você carregar o título, menor será o imposto a ser pago. Confira abaixo os prazos com as respectivas taxas do Tesouro Direto.

22,5%, em investimentos com prazo de até 180 dias;
20%, em investimentos com prazo de 181 dias até 360 dias;
17,5%, em investimentos com prazo de 361 dias até 720 dias;
15%, em investimentos com prazo acima de 720 dias.

Além do IR, há o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que apresenta uma tributação regressiva para aplicações de até 30 dias. Caso o investidor mantenha seu título por mais de 30 dias, o IOF é zero. Confira a lista a seguir com todas as taxas do IOF:

Taxas do Tesouro Direto

Em títulos do Tesouro Direto, são cobrados dois tipos de taxas: a taxa de custódia da B3 e a taxa de administração. A primeira é cobrada semestralmente pela Bolsa, nos meses de janeiro e julho, sendo 0,20% do saldo total de suas aplicações. Mas ela também pode ser cobrada na venda antecipada e encerramento de posição.

O valor a ser pago é acompanhado diariamente. Por exemplo, se o investidor vender o título antecipadamente em agosto, após pagar a taxa em julho, deve ser pago somente o que foi obtido entre julho e agosto.

Vale ressaltar que estão isentas as aplicações de valor inferior a R$ 10 mil no Tesouro Selic. Ou seja, se o investidor possui R$ 9 mil aplicados no Tesouro Selic, não se paga nada. Mas se possuir R$ 11 mil, a taxa incidirá somente sobre o R$ 1 mil reais (0,20% x R$ 1 mil = R$ 2,00).

Já a taxa de administração é uma cobrança por parte da instituição financeira (corretora, banco ou distribuidoras de valores) para custear suas atividades. Seu valor é opcional e varia dependendo da empresa. O investidor pode encontrar a relação das instituições financeiras no site do Tesouro Direto, clicando aqui.

É importante destacar que as taxas de custódia e de administração não podem ser descontadas da base sobre a qual o IR incide.

Previsões para a economia e investimentos no Tesouro Direto

O Boletim Focus traz semanalmente projeções para a economia brasileira, podendo servir de estratégia para o investidor orientar seus investimentos no Tesouro Direto. O documento trouxe previsões, na última segunda-feira (8), para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a Selic e a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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O relatório mostrou avanço na projeção de alta do PIB, de 2,09% para 2,10% neste ano. A expectativa para o IPCA em 2024 passou de 4% para 4,02%. Em 2025, foi de 3,87% para 3,88%. Ainda de acordo com o Boletim Focus, as apostas para a Selic ao término deste ano ficou em 10,5% ao ano. Também houve manutenção do câmbio para 2024, com o dólar no patamar de R$ 5,20.

Como investir no Tesouro Direto

A escolha do investimento pode variar com o perfil do investidor. Pensando nisso, o Tesouro disponibilizou um simulador em seu site para testar qual título funciona melhor para o objetivo e o perfil de cada pessoa. O Tesouro Direto permite aplicações a partir de R$ 30,00.

Com um título em mente, é preciso definir se prefere iniciar a aplicação pelo cadastro simplificado ou pelo fluxo tradicional. Na primeira alternativa, implementada em dezembro de 2022 com o nome de Cad&Pag, o usuário deve entrar no sistema do Tesouro a partir do login Gov.br. Depois, precisa selecionar o título para investir, enviar as informações pessoais e escolher uma das instituições parceiras – Banco InterÓrama e a Terra Investimentos, que passaram a liberar a opção a partir de abril deste ano. Por fim, basta realizar o pagamento do produto, que pode ser feito via Pix, desde que a pessoa seja a titular da chave.

Se a opção do investidor for pelo fluxo tradicional, o usuário deve ter uma conta em uma corretora ou banco habilitado, que será o agente de custódia. As alternativas disponíveis podem ser verificadas nesta página. Com a conta criada, a pessoa precisa entrar em contato diretamente com a instituição financeira para solicitar o cadastro e a senha de acesso ao Tesouro Direto.

O investidor então vai receber por e-mail uma senha provisória enviada pela B3, que deve ser posteriormente alterada, contendo entre 8 e 16 dígitos, com letras, números e caracteres especiais. Com o acesso à plataforma liberado, o cliente poderá escolher o valor da aplicação e efetuar o pagamento do produto, a partir do dinheiro transferido para o agente de custódia.

Dependendo da política do banco ou da corretora, os investimentos só poderão ser feitos pelo site da própria instituição financeira, mas o acesso à área exclusiva da plataforma do Tesouro Direto sempre ficará disponível para consultas complementares.

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