Agronegócio

Mercado financeiro hoje: ata do Copom e mais 4 assuntos que vão mexer com os investimentos nesta terça-feira

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A agenda econômica desta terça-feira (6) traz a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho, com detalhes sobre o balanço de riscos para a inflação e o cenário traçado para o novo horizonte relevante do Banco Central (BC), referente ao primeiro trimestre de 2026. No mercado financeiro hoje, os dados da balança comercial do Brasil e dos Estados Unidos também serão acompanhados.

Ainda na agenda local, o Tesouro Nacional realizará leilões de venda de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros) pela manhã. Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem os últimos compromissos de sua viagem ao Chile e embarca para São Paulo no início da tarde.

No setor corporativo, os resultados trimestrais de Itaú (ITUB4) , GPA (PCAR3), Iguatemi (IGTI11), Prio (PRIO3) e Raia Drogasil (RADL3) serão divulgados após o fechamento da B3.

Os 5 assuntos que vão mexer com o mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

Os mercados futuros de ações em Nova York ensaiam recuperação nesta terça-feira, após um avanço no setor de serviços nos EUA amenizar, na segunda-feira (5), as preocupações com uma possível recessão no país e especulações sobre corte antecipado de juros em reunião extraordinária antes de setembro.

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Com isso, as bolsas asiáticas fecharam em alta, com a de Tóquio saltando 10,9%, após o índice japonês Nikkei cair mais de 12%, o maior tombo diário desde outubro de 1987.

As bolsas europeias tiveram uma abertura positiva, com investidores de olho ainda no avanço de 3,9% das encomendas à indústria alemã em junho, bem maior do que o esperado, e o primeiro resultado positivo do ano. Contudo, os mercados europeus viraram para baixo, reagindo à queda inesperada nas vendas no varejo na zona do euro em ambiente de incertezas no Oriente Médio.

Os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) exibem leves altas, enquanto o dólar também sobe frente a outras moedas principais.

Juros nos EUA

O monitoramento do CME Group mostra que as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduza a taxa básica em 50 pontos-base em setembro seguem superiores a 80%, porém, permanecem divididas, mas acima de 50%, as apostas de que o alívio monetário total neste ano seja de 125 pontos-base.

Na segunda-feira (5), a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, confirmou expectativa por corte de juros nas próximas reuniões, mas evitou se comprometer com uma data específica para a abertura do ciclo de relaxamento monetário, nem com um ritmo para o alívio.

Daly reconheceu que a economia dos Estados Unidos está “reduzindo a marcha”, mas indicou que nenhum dos indicadores de emprego que acompanha aponta “alerta vermelho”.

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Apesar da reação do mercado ao payroll fraco da última sexta-feira (2), Daly viu sinais de que o processo de arrefecimento do mercado de trabalho poderá acontecer sem uma contração brusca.

Ata do Copom

Na semana passada, o colegiado deixou inalterada a taxa Selic em 10,50% ao ano pela segunda vez seguida, após sete cortes consecutivos de 0,50 ponto porcentual.

Apesar de ter ressaltado no comunicado que “permanecem fatores de risco em ambas as direções”, o comitê adicionou dois novos vetores de alta ao balanço, relacionados à desancoragem das expectativas de inflação por um tempo mais prolongado e à persistência na depreciação da taxa de câmbio.

O risco de alta referente à resiliência na inflação de serviços, apontado na ata de junho, se manteve. A expectativa maior dos economistas fica principalmente na descrição sobre esses três riscos de alta dos preços.

Leia mais: Como ficam os investimentos com a taxa Selic em 10,50% ao ano

Commodities

A queda de 1,42% do minério de ferro, na China, pode pesar nos papéis da Vale (VALE3). Já o petróleo se recupera parcialmente do tombo recente, mas pode ser insuficiente para dissipar a volatilidade das ações da Petrobras (PETR3; PETR4).

Mercado brasileiro

O mercado de juros pode oscilar para cima em meio à recuperação do dólar, dos rendimentos dos Treasuries e da leitura da ata do Copom.

Na Bolsa, o tom positivo em Wall Street é bom prenúncio para a abertura do Ibovespa em meio à espera de balanços.

Os papéis da Petrobras ficam em destaque pelas informações sobre pagamento de dividendos, às vésperas da publicação do balanço do segundo trimestre, na quinta-feira (8), o primeiro resultado sob a gestão da Magda Chambriard, atual presidente da estatal.

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No câmbio, o dólar pode ficar volátil, apesar da influência externa ser de alta. Alguns economistas veem chances de a moeda americana atingir R$ 6,00, se aumentar a incerteza sobre a economia dos EUA. No entanto, ponderam que há uma série de dados a serem divulgados até a próxima reunião do Fed em 17 e 18 de setembro e uma reversão parcial da depreciação do real não é descartada nesse meio tempo.

Leia mais: Os fatores que abalaram os mercados globais e levaram o dólar a quase R$ 5,90

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, falou durante a abertura do congresso Aço Brasil, organizado pela indústria siderúrgica, em São Paulo, na última segunda-feira. Em relação às contas públicas, ele assegurou que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal cortando despesas, tendo mais eficiência nos gastos e, com isso, permitir a redução da taxa de juros, mais crescimento e investimentos.

Ao falar sobre a desoneração da folha de pagamentos, que está na pauta do Senado na quarta-feira (7), Alckmin defendeu que o benefício precisa ser compensado. “Podendo desonerar, ótimo, mas sou da linha da responsabilidade fiscal. Para reduzir receita, precisa reduzir despesa. O que não pode é fazer déficit, aí tem juros mais altos e inflação. É preciso ter responsabilidade fiscal, que é dever de todos”, afirmou ele sobre o mercado financeiro hoje.

*Com informações do Broadcast

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