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Dólar hoje fecha em queda, a R$ 5,49, em clima de cautela antes de dados de inflação dos EUA

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O dólar hoje fechou o pregão em queda de 0,34%, sendo comercializado a R$ 5,4962. O mercado considera que a baixa da moeda americana, nesta segunda-feira (12), se deve à cautela dos investidores, que aguardam os novos dados sobre a inflação nos Estados Unidos, previstos para esta semana, e analisam as falas do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do seu provável substituto, Gabriel Galípolo.

Na quarta-feira, serão divulgados os dados de inflação dos Estados Unidos, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI). Os investidores esperam pistas sobre a futura trajetória dos juros americanos. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) inicie a redução da taxa, atualmente entre 5,25% e 5%, na próxima reunião de política monetária, em setembro, embora o tamanho exato do corte ainda seja incerto.

As projeções do CME Group FedWatch indicam chances iguais de um corte de 0,25 ou 0,50 ponto percentual. Na semana passada, um corte maior foi visto como mais provável devido a temores de recessão na maior economia global, após a divulgação de dados de emprego abaixo do esperado em julho.

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No Brasil, a atenção está voltada para as declarações de Campos Neto, e de Galípolo, cotado a sucessor no cargo e atual diretor de política monetária da instituição.

Durante a inauguração do novo campus da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, Campos Neto afirmou que o mercado amplifica o impacto de uma possível recessão nos EUA, reconhecendo que bancos centrais ao redor do mundo adotarão uma abordagem mais seletiva em resposta a dificuldades econômicas.

Galípolo, em evento da Warren Investimentos, mencionou que o cenário atual é desafiador para o cumprimento da meta de inflação. Ele observou que os dados recentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) geraram preocupações.

Ele também afirmou que seria um erro estabelecer uma conexão direta entre o nível do câmbio e a política monetária, ressaltando outras questões que já preocupam o BC, como a desancoragem das expectativas, o mercado de trabalho restrito e a expansão do crédito.

Boletim Focus: mercado financeiro eleva estimativa de inflação em 2024 para 4,12%

Os economistas aumentaram as previsões para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 2024, mas reduziram as estimativas para 2025, conforme apontou o Boletim Focus do Banco Central. O boletim, que reúne as expectativas para os principais indicadores econômicos do Brasil, mostrou que a previsão para a Selic no fim de 2024 e de 2025 permaneceu estável.

PIB
A previsão para o crescimento da economia, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), continuou em 2,20% para 2024, sem alterações em relação à semana passada. Para 2025, a estimativa se manteve em 1,92%, após uma queda na semana passada. Para 2026, a projeção foi mantida em 2%.
Inflação
A expectativa para a inflação em 2024 subiu de 4,12% para 4,20%, após o IPCA ter acelerado para 0,38% em julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (11). Este aumento foi o maior para o mês desde 2021 e marcou uma retomada do ritmo de aceleração, após uma desaceleração para 0,21% em junho.Para 2025, a estimativa foi reduzida de 3,98% para 3,97%, após um aumento na semana anterior. A previsão para 2026 permaneceu estável em 3,60%, mantendo o mesmo patamar das semanas anteriores.A expectativa para a Selic, a taxa básica de juros, foi mantida em 10,50% no fim de 2024, como na semana passada. Para o final de 2025, a estimativa permaneceu em 9,75%, seguindo o avanço da semana anterior. A previsão para a Selic no fim de 2026 também permaneceu estável em 9,00%. Na semana passada, o Banco Central indicou que pode elevar a Selic se necessário.
Dólar
A expectativa para o dólar permaneceu em R$ 5,30 no fim de 2024, mantendo-se estável em relação à semana passada. A previsão para o dólar também foi mantida em R$ 5,30 no final de 2025 e em R$ 5,25 para o fim de 2026.

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