Agronegócio

Petrobras (PETR3; PETR4): prejuízo no 2º Tri vira holofote para outras petroleiras; entenda

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A temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 das empresas petrolíferas fortaleceu as juniores diante da frustração do mercado com o resultado negativo de R$ 2,6 bilhões da Petrobras (PETR3; PETR4) – o primeiro prejuízo em quatro anos, apesar da geração de caixa ainda sólida, no consenso. As ações da Petrobras chegaram a perder quase 3% na largada do pregão desta sexta-feira, 9.

Para o analista Alex Carvalho, da CM Capital, com esse revés de Petrobras, as atenções ficam cada vez mais voltadas para outras empresas do setor que “demonstram um potencial de curto prazo mais favorável”, fundamenta.

Petrobras (PETR3; PETR4): o que diz Magda Chambriard após prejuízo do 2º Tri?

“Para o investidor que busca mais segurança, obviamente Petrobras ainda é a melhor escolha, mas para quem quer assumir um pouquinho mais de risco, Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) são as melhores apostas, sugere Charo Alves, especialista em Renda Variável da Valor Investimentos.

Prio é a preferida de Charo por carregar um custo-benefício melhor na Bolsa. “Prio tem uma capacidade operacional fantástica e campos maduros que já se provaram em relação ao volume de extração e segue com um desconto muito alto perante os analistas e gestores”, ressalta.

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Como aposta de crescimento, no entanto, a indicação de Charo é 3R Petroleum, que tem um “desconto absurdo” em relação aos pares, porém, ainda precisa se consolidar no mercado, comprovar o volume de alguns campos que adquiriu nos últimos leilões de concessão, diz. “A 3R investiu bastante, tem uma alavancagem maior do que a média, mas se consolidando, tende a destravar valor e entregar um potencial de retorno muito grande para os investidores”, opina Charo.

A Empiricus também elegeu Prio e 3R Petroleum como top picks no setor. Os motivos são distintos. “Prio é a operadora privada mais rentável e geradora de caixa, o que provê um importante colchão de proteção para a ação, além de ter gatilhos bem óbvios à frente: fim da greve do Ibama e crescimento da produção de Albacora Leste, sem mencionar uma potencial aquisição no horizonte”, explica a analista Larissa Quaresma.

Já 3R, segundo ela, denota “grande potencial de crescimento orgânico” a partir do desenvolvimento de Papa-Terra e de Atlanta, além das sinergias da fusão com a Enauta (ENAT3), que podem incluir a redução do lifting cost e redução do custo da dívida. “Tomaria mais cuidado com a Petrobras”, diz, lembrando que o resultado da estatal foi pressionado por fatores não recorrentes, como o acordo com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que podem acabar se tornando mais recorrentes no futuro da estatal. “O que nos leva a acompanhar de fora por via das dúvidas”, acrescenta.

Enauta e 3R: fusão cria oportunidade para fugir da Petrobras (PETR4)?

Para o analista Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital, a cautela com Petrobras também se estende às questões de governança, piora operacional e aumento de risco de execução e financeiro devido às interferências públicas nas decisões.

Efeito petróleo no balanço da Petrobras

O que mais pesou a favor no balanço das petrolíferas de abril a junho, segundo Quaresma, da Empiricus, foi a valorização do petróleo e a forte apreciação do dólar frente o real. A CM Capital também está atenta aos movimentos do Oriente Médio que podem precificar ainda mais o setor para um novo movimento ascendente de curto prazo, acrescenta o analista Alex Carvalho.

Para Queiroz, da L4 Capital, as companhias vão seguir crescendo, com expansão de produção por aumento dos campos atuais e incorporação de novos campos oriundos de M&A (fusões e aquisições).

“Pelo patamar de câmbio e preço do barril, veremos expansão de margens e lucros operacionais, além de aumentar a geração de caixa e reduzir risco financeiro”, diz, reforçando que o mercado de petróleo deve seguir com uma oferta abaixo da demanda, o que deverá manter patamar de preços nestes níveis e ajudar a manter os fundamentos das empresas, como a Petrobras (PETR3; PETR4).

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*Com informações do Broadcast

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