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Juros buscam recuperação após falas de Campos Neto; veja

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Os juros operam em queda, acompanhando o ajuste para baixo nas taxas dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), que subiram na quinta-feira (15) com o deslocamento das apostas do mercado para um afrouxamento menos intenso da política monetária dos Estados Unidos em setembro.

O declínio, no entanto, é limitado por declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reforçando a insatisfação do Comitê de Política Monetária (Copom) com a permanência das expectativas de inflação em níveis superiores aos do centro da meta (3,0% ao ano), o que mantém no radar a possibilidade de a taxa básica de juros, a Selic, voltar a subir.

Segundo Jefferson Lima, gestor da mesa de reais e juros da CM Capital, mesmo com a queda desta sexta-feira (16) nas taxas, a curva de juros ainda aponta para o risco de aumento de 25 pontos-base da Selic na próxima reunião do Copom. Ele ressalta que a falta de clareza sobre o comportamento dos juros no longo prazo mantém a curva praticamente sem inclinação.

Selic mantida a 10,5%: como ficam os investimentos?

Os investidores deixaram em segundo plano declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associando a troca do comando no Banco Central à queda da Selic e sugerindo que o diretor de política monetária da instituição, Gabriel Galípolo, pode não ser escolhido como o sucessor de Campos Neto. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lula comentou sobre a mudança no comando do Banco Central e disse que a expectativa do governo é de que a instituição comece a diminuir a taxa básica de juros.

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Ele também indicou que ainda não bateu o martelo sobre quem será o sucessor de Campos Neto, e afirmou que o próximo presidente do Banco Central não deverá favores ao presidente da República, mas precisará ter coragem para reduzir os juros quando isso for necessário.

Por volta das 11h, os juros do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 caíam a 11,505%, de 11,545% no ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 recuava a 11,450%, de 11,512%. A taxa para janeiro de 2029 rodava a 11,455%, de 11,534% no último ajuste. Entre os Treasuries, a taxa da T-note (Treasury Notes são títulos emitidos pelo Departamento do Tesouro dos EUA) de 2 anos caía a 4,051%, de 4,095% no fim da tarde de quinta-feira (15), e a da T-note de 10 anos tinha queda a 3,892%, de 3,914%.

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