Agronegócio

Ibovespa hoje abre em alta e renova máxima histórica; veja os destaques do dia

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O Ibovespa hoje abriu em alta de 0,10%, aos 135.908 pontos nesta terça-feira (20). A abertura de negócios ocorre de olho em nas palestras do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento do BTG Pactual – veja detalhes aqui.

O movimento acompanha a valorização registrada na segunda-feira (19), após o Índice Bovespafechar em alta de 1,36%, aos 135,7 mil pontos – o maior nível já registrado pelo índice em um fechamento, veja aqui. Em 12 meses, o principal indicador de ações da B3 acumula uma valorização de 17,6%, acima do Certificados de Depósitos Interbancários (CDI), que variou 11,26% no mesmo período.

No exterior, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Atlanta, Raphael Bostic, e o vice-presidente de Supervisão, Michael Barr, participam de eventos nos EUA. O banco central da Turquia anuncia decisão de juros. Confira a agenda completa nesta matéria.

Confira os 3 assuntos que impactam o Ibovespa hoje

Bolsas internacionais

As bolsas na China e em Hong Kong fecharam em baixa nesta terça-feira, após o BC chinês (PBoC) deixar suas principais taxas de juros inalteradas. A chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano foi mantida em 3,35%, enquanto a de 5 anos permaneceu em 3,85%. No mês passado, ambas haviam sido cortadas em 10 pontos-base. A decisão monetária chinesa acirra a preocupação com a demanda da segunda maior economia mundial.

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Em Nova York, os ajustes dos ativos financeiros são amenos, diante da espera pela ata da reunião de julho do Fed, prevista para quarta-feira (21), e pelo discurso do presidente do BC americano, Jerome Powell, no simpósio Jackson Hole, na sexta-feira (23).

Há esperanças entre investidores de que Powell traga novos sinais nesta semana de que o Fed vai reduzir os juros em setembro e buscam pistas sobre qual seria a intensidade neste ano.

Como a taxa de juros dos EUA impacta seus investimentos?

Os índices futuros americanos exibem sinais difusos, com Dow Jones em queda, enquanto S&P 500 e Nasdaq sustentavam ligeiros ganhos após oito pregões consecutivos de altas, a melhor sequência deste ano.

Os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) oscilam sem direção única e o índice DXY do dólar ante seis moedas desenvolvidas segue em queda leve, depois de cair ao menor valor desde 2 de janeiro, com os players à espera ainda de falas de dirigentes do Fed nesta terça-feira à tarde.

As bolsas europeias exibem sinais divergentes, mas ampliaram perdas após sequência de ganhos em algumas das principais praças da região e repercutindo dados de inflação da zona do euro e um corte de juros na Suécia.

A Eurostat confirmou que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro acelerou levemente em julho, a 2,6%, em um momento que o Banco Central Europeu (BCE) considera a possibilidade de voltar a cortar juros, após a redução inicial de junho.

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Já o Riksbank, como é conhecido o BC sueco, reduziu seu juro básico em 25 pontos-base, a 3,5%, e sinalizou que poderá cortá-lo mais duas ou três vezes este ano “se a perspectiva de inflação seguir inalterada”.

Commodities

Os contratos futuros do petróleo ensaiam recuperação depois de ampliarem, mais cedo, perdas das duas sessões anteriores, reagindo à decisão de Israel em aceitar proposta de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, o que ajudou a aliviar temores sobre cortes na produção do Oriente Médio.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou, na segunda-feira (19), que Israel aceitou uma proposta de cessar-fogo para a guerra em Gaza, mas não detalhou a posição do Hamas, que está no radar dos investidores. O minério de ferro, por sua vez, fechou o pregão em alta de 1,21%, em Dalian, na China.

Mercado brasileiro

O sinal de melhora nas commodities sugere fôlego ao índice da Bolsa e alívio para o dólar, após recorde histórico da bolsa no último pregão e recuo da moeda americana a R$ 5,41. O desempenho lateral dos ativos financeiros em Nova York, à espera de sinais do Fed sobre a política monetária, pode conter o ímpeto local.

Os juros futuros tendem a oscilar entre margens mais estreitas e as atenções ficam nas mensagens do ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central em evento do BTG Pactual, em São Paulo.

Após declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçando que uma alta de juros “está na mesa” do BC, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) não quis antecipar o que acontecerá na próxima reunião (dar guidance) em entrevista à jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo.

Contudo, Campos Neto destacou que a situação internacional melhorou muito nas últimas semanas e alertou que o mercado está falando em alta de juros, mas os economistas não. O presidente do BC também mencionou que esteve muito perto de intervir no câmbio após a alta recente do dólar acima dos R$ 5,70 no início de agosto.

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Pesquisa do Projeções Broadcast aponta que a mediana do mercado continua a indicar a Selic em 10,5% no fim de 2024, mas houve um aumento na expectativa de uma retomada do aperto monetário ainda este ano. Isso ocorreu após os discursos mais duros de Gabriel Galípolo e Campos Neto sobre expectativas de inflação desancoradas e os dados mais fortes que o esperado da atividade doméstica no segundo trimestre, em um ambiente de volatilidade intensa no câmbio.

Entre 61 casas consultadas pelo Projeções Broadcast, 26 (ou 42%) veem ao menos uma elevação do juro até dezembro. Essa proporção era de 2% (uma de 45 casas consultadas) no último levantamento, de 6 de agosto, após a divulgação da ata da reunião de julho do Copom, e que pode balançar o Ibovespa hoje.

* Com informações do Broadcast

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