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Dólar hoje avança alinhado a dados dos EUA e falas do BC; veja

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O dólar hoje opera alinhado com a valorização dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) em Nova York. A manhã é de ajustes dos ativos financeiros em meio a expectativas pelos indicadores do dia e palestras de diretores do Banco Central (BC). Às 12h13, a moeda à vista subia 1,53%, a R$ 5,5701.

Os ativos americanos ganham força e os rendimentos dos Treasuries atingiram as máximas do dia no começo da manhã, o que pode impactar o movimento da moeda americana hoje ao longo do pregão.

O que impacta o dólar hoje

Juros e indicadores nos EUA

Investidorem reagem à fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Kansas City, Jeffrey Schmid. Ele disse em entrevista à Bloomberg TV que o BC dos EUA precisa ver mais dados econômicos antes de decidir por um corte nas taxas de juros.

Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentou 4 mil na semana encerrada em 17 de agosto, para 232 mil – ligeiramente abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 233 mil solicitações. O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 227 mil para 228 mil.

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O índice de atividade nacional dos Estados Unidos, elaborado pelo Fed de Chicago, caiu para 0,34 em julho, ante queda de 0,09 em junho, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela instituição. A leitura de julho inferior a zero significa que a economia americana está se expandindo em ritmo abaixo da média histórica.

Após a revisão para baixo na criação de empregos nos Estados Unidos e da ata do Federal Reserve, os investidores digerem ainda os PMIs americanos. O indicador, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 54,3 em julho para 54,1 em agosto, atingindo o menor nível em quatro meses, segundo dados preliminares da S&P Global.

O resultado do PMI composto, porém, veio um pouco acima da projeção de analistas consultados pela FactSet, de queda a 54. O PMI industrial EUA recuou de 49,6 para 48 no mesmo período, tocando o menor patamar em oito meses.

Porém, a maior expectativa é pelo discurso do presidente do BC americano, Jerome Powell, em Jackson Hole na sexta-feira (23), para calibrar as apostas do tamanho da flexibilização monetária à frente. Quer ver a agenda completa? Confira nesta matéria.

Leia mais: Fed prevê só 1 corte de juros em 2024 e economistas alertam para impacto no mercado brasileiro

Mais cedo, o euro passou a cair ante a moeda dos EUA hoje, pouco antes da publicação da ata do Banco Central Europeu (BCE). O documento do BCE aponta que o impacto inflacionário de avanço salarial elevado é amenizado por lucros corporativos. O BCE indica que a trajetória de redução dos juros será gradual, cautelosa e dependente de dados.

Antes da ata, a moeda comum europeia chegou a subir ante o dólar, reagindo à inesperada subida dos PMIs composto na zona do euro e Reino Unido, que ajuda a fortalecer a libra. Por outro lado, o PMI composto alemão caiu à zona de contração, abaixo do nível de 50 e no menor patamar em cinco meses.

Mercado brasileiro

No Brasil, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – veja aqui – continua refletindo adequadamente o seu diagnóstico sobre a economia. Segundo exposto pelo digirente nesta quinta-feira, um ponto relevante continua sendo a “coesão” dos membros do colegiado.

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“A ata traz em vários momentos a unidade, tanto nos diagnósticos quanto na questão prospectiva”, afirmou Guillen, em evento organizado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. Ele argumentou que essa unidade de diagnósticos diminui os ruídos em torno da comunicação do comitê.

Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, representa o Brasil no Simpósio de Jackson Hole, em Wyoming, nos EUA, nesta quinta-feira.

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O mercado prevê que a arrecadação do governo com impostos e contribuições federais tenha atingido R$ 224,850 bilhões em julho (mediana), após R$ 208,844 bilhões em junho. As estimativas para esta leitura variam de R$ 207 bilhões a R$ 231,9 bilhões. A mediana representa um ganho real de cerca de 6,6% em comparação com julho de 2023, em números ajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No câmbio interno, as altas moderadas do minério de ferro e do petróleo apenas ajudam a conter um pouco a depreciação do real nesta manhã em relação ao dólar hoje.

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