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Ibovespa hoje abre em alta com Focus e falas vindas do BC no radar; veja 4 destaques antes de investir

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O Ibovespa hoje abriu em alta de 0,02%, aos 135.639 pontos nesta segunda-feira (26). A abertura de negócios ocorre de olho em eventos com o diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo – principal cotado para indicação à presidência da autarquia em 2025 –, e nas previsões para a economia pelo boletim Focus.

Na semana passada, o movimento no principal índice da B3 acompanhou as palestras de Galípolo, que geraram incertezas sobre o rumo da taxa Selic neste ano. O diretor afirmou que a alta de juros está na mesa e que o BC não vai hesitar se for necessário.

Já o relatório Focus do mercado indica que a taxa básica de juros permanecerá em 10,5% ao ano no fim de 2024, projeção usada pela décima semana consecutiva. Em 2025, a mediana se manteve em 10% ao ano, indicando corte de apenas 0,5 ponto porcentual no ano que vem.

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Quanto ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o documento previu um aumento pela sexta semana consecutiva, indo de 4,22% para 4,25%, e se distanciando ainda mais do centro da meta, de 3%. A estimativa intermediária para a inflação de 2025 subiu de 3,91% para 3,93%. Confira detalhes da projeção nesta matéria.

No exterior, um feriado fechará os mercados no Reino Unido, e estão programadas as encomendas de bens duráveis americanos em julho e o lucro industrial na China.

Na sexta-feira (23), em reação ao discurso de Jerome Powell, o Ibovespa fechou em alta moderada de 0,32%, aos 135.608,47 pontos, ainda abaixo da máxima histórica acima dos 136 mil pontos alcançada na última quarta-feira (21). Na semana, o índice da Bolsa teve valorização de 1,24%. Já o dólar à vista fechou abaixo dos R$ 5,50, a R$ 5,4794, mas, na semana passada, acumulou ganho de 0,21% – veja aqui.

Como está o dólar hoje?

Confira os 4 destaques que impactam o Ibovespa hoje

Bolsas internacionais

Os contratos futuros de petróleo e o ouro futuro avançam nesta segunda-feira e o metal volta a se aproximar de recorde histórico, com a busca por segurança gerada por tensões no Oriente Médio, após um final de semana marcado por ataques mútuos entre Israel e o Hezbollah. As agressões mútuas foram interrompidas por enquanto, mas o estado de alerta permanece na região.

A retração dos juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) nesta manhã também apoia as commodities, depois da sinalização do presidente do Fed, Jerome Powell, de que “chegou a hora” de cortar juros – relembre aqui.

Em Jackson Hole, além de Powell, dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) também indicaram que podem voltar a reduzir a taxa básica no mês que vem. A liquidez pode ser afetada na região pelo fechamento dos mercados no Reino Unido por conta de um feriado e, ao longo da semana, serão monitorados dados de inflação na Alemanha e na zona do euro, além de indicadores de confiança.

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As bolsas europeias apresentam sinais divergentes, mas prevalece viés negativo após dado de sentimento empresarial na Alemanha e tensões no Oriente Médio reverterem o bom humor por perspectivas de cortes de juros nos Estados Unidos. O índice Ifo de sentimento das empresas alemãs caiu menos que o esperado em agosto, mas a Bolsa de Frankfurt recua. O indicador é mais um sinal de que a maior economia europeia enfrenta um quadro de “estagnação sem fim”, na visão do ING.

Em Nova York, o apetite por risco diminuiu, e os futuros das Bolsas têm ganhos moderados, enquanto o dólar exibe viés de alta frente seus pares rivais, depois de ceder, na sexta-feira (23), ao seu menor nível ante o euro desde julho de 2023 e ante a libra desde março de 2022.

Commodities

Além dos leves ganhos em Nova York, o avanço de 3,45% do minério de ferro, na China, apoiava a valorização dos American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) no pré-mercado, indicando possível dia positivo para a mineradora.

Também o petróleo avança, assim como os ADRs da Petrobras (PETR3PETR4), em bom prenúncio para as ações nesta segunda-feira.

Leia mais: Itaú vende ações da XP, Sabesp já tem indicado para presidência após privatização e queimadas afetam empresas

Mercado brasileiro

Os dados do setor externo serão acompanhados no Índice Bovespa hoje. O mercado prevê déficit de US$ 4,350 bilhões das transações correntes em julho (mediana), após saldo negativo de US$ 4,029 bilhões em junho. E para o Investimento Direto no País (IDP), a mediana indica entrada líquida de US$ 6,000 bilhões em julho, ante saldo positivo de US$ 6,269 bilhões em junho.

É aguardado também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15, uma prévia do IPCA), na terça-feira (27), para o qual é esperada desaceleração em agosto ante julho e na comparação anual.

Na Bolsa, há expectativas pela escolha do próximo CEO da Vale, que pode ser anunciada em setembro, segundo a CNN Brasil.

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Com a definição da taxa Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro, calculada durante o dia pelo Banco Central do Brasil) do dólar no fim desta semana, o mercado de câmbio pode ficar mais volátil e de olho em Galípolo, em meio a expectativas de alta da Selic.

Os juros futuros também devem se ajustar à queda dos rendimentos dos Treasuries, em meio à espera do IPCA-15, depois de recuarem na sexta-feira (23), com mais força na ponta longa, mas com ganho de inclinação na semana – veja aqui.

Impostos

As notícias fiscais podem ainda influenciar o humor nos mercados. O aumento de alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) — tributo cobrado sobre o lucro das empresas — deverá ficar restrito a 2025, segundo apurou o Estadão com integrantes da equipe econômica.

Já a mudança nos Juros Sobre Capital Próprio (JCP) — um tipo de remuneração das companhias aos seus acionistas — ainda está com o prazo em discussão e poderá, inclusive, ser permanente.

Ambos os ajustes serão alvo de um ou mais projetos de lei a serem enviados ao Congresso, juntamente com a Proposta de Lei Orçamentária do próximo ano, conforme informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O prazo para esse envio é até a próxima sexta-feira (30).

O objetivo das medidas, segundo o governo, é contribuir com o esforço de levantar cerca de R$ 50 bilhões em medidas que ampliem a arrecadação para fechar as contas em 2025 — quando o governo promete manter a meta de déficit fiscal zero, podendo impactar o Ibovespa hoje.

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*Com informações do Broadcast

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