Agronegócio

O que diz o Goldman Sachs sobre as novas projeções de investimento da Rumo (RAIL3)?

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A Rumo (RAIL3) atualizou nesta segunda-feira (26) as projeções de investimentos para o projeto da Ferrovia do Mato Grosso (FMT). As mudanças implicam em um aumento de 35% no capex (capital expenditure, em inglês, que em suma significa investimento) por quilômetro de ferrovia construída, calculam os analistas do Goldman Sachs, Bruno Amorim e João Frizo.

A nova estimativa da companhia é de um capex construtivo entre R$ 3,8 bilhões e R$ 4,3 bilhões para a primeira fase do projeto entre julho de 2024 e dezembro de 2026. A atualização inclui um valor adicional de R$ 500 milhões para a construção de um novo terminal de transbordo, não contemplado na projeção inicial.

Amorim e Frizo destacam que a distância entre este terminal e Rondonópolis é de cerca de 160 quilômetros ante 211 quilômetros na previsão anterior, implicando na alta de 35% por quilômetro de ferrovia construída. Neste cenário, já previam uma reação negativa do mercado “dado o aumento significativo no capex por quilômetro em relação ao guidance anterior”. As ações da Rumo recuam 3% nesta segunda-feira, entre as maiores quedas do Ibovespa.

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Os analistas apontam ainda que o montante previsto para ser investido será adicionado aos R$ 775 milhões já aportados pela companhia entre 2023 e o primeiro trimestre de 2024. Com isso, o investimento total do projeto ficaria entre R$ 4,6 bilhões e R$ 5,1 bilhões.

No entanto, o Goldman Sachs mantém a recomendação de compra para a Rumo. O preço-alvo estipulado é de R$ 29, potencial alta de 22,8% em relação ao fechamento de ontem.

A equipe do banco argumenta que as expectativas em relação ao ambiente de preços de 2025 (e resultados) diminuíram em relação ao início de 2024. Além disso, a visibilidade dos retornos sobre novos investimentos melhorou após o aumento significativo do Ebitda nos últimos anos e a perspectiva da safra melhorou em relação às expectativas no início do ano.

Os analistas veem as ações sendo negociadas a um valor da empresa/Ebitda (EV/Ebitda) de 7,3 vezes em 2025, enquanto a correlação histórica implicaria em um múltiplo de 8,5 vezes. “Isso nos leva a acreditar que ainda há espaço para uma reclassificação”, reforçam.

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