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Metas para mudar a sua vida financeira em 2024

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Definir metas para o novo ano é uma prática muito comum no mundo todo. A virada sempre traz, à maioria das pessoas, esse sentimento de renovação, de nova oportunidade ou recomeço. A verdade é que esse sentimento é muito mais psicológico do que qualquer outra coisa, afinal, se você pensar bem, o seu recomeço ou ponto de virada pode acontecer a qualquer momento, independentemente da data, pois trata-se de uma decisão que deve acontecer a partir de um propósito.

Entretanto, se você escolheu a virada de 2023 para marcar seu momento de definir metas financeiras e uma mudança na forma como lida com dinheiro, acredito que posso te ajudar com algumas reflexões sobre a importância de definir metas e os passos iniciais para fazer isso com método.

A relação de cada um de nós com o dinheiro varia de acordo com as vivências pessoais e familiares ao longo da vida. Muita gente considera o dinheiro um mal necessário, e não gosta de ter que pensar no assunto, enquanto outras pessoas o veem como uma ferramenta para realizar sonhos.

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O fato é que a forma como você se relaciona com o dinheiro influencia muito na qualidade de vida que poderá alcançar através dele. Não se trata de gostar de pensar em dinheiro, mas de entender que uma vida com metas definidas dependerá de uma organização financeira para ser realizada.

A partir do momento em que você traça metas claras e sabe o quanto cada uma delas irá custar, é possível definir um orçamento, monitorar seu progresso e, sempre que necessário, realizar ajustes. Não é uma trajetória simples. Definitivamente, não sou o defensor da máxima “basta querer”, pois sei que vidas são diversas e cheias de desafios que nem sempre estão sob nosso controle. Contudo, o querer é, sim, um componente importante, pois ele é que irá te motivar a tomar as medidas necessárias para alcançar algo.

Por que metas financeiras são importantes

Sem metas financeiras, a tendência é que você simplesmente siga pagando as contas e gastando o que sobra, sem construir ou realizar nada que garanta uma vida confortável e segura. Baseado na minha própria vivência, posso te dar alguns bons motivos para ter metas financeiras:

Metas ajudam a concentrar esforços: tentações de consumo existem o tempo todo, mas, quando você tem um alvo definido, fica mais fácil se manter no caminho traçado.

Metas financeiras te tornam mais responsável: é muito fácil encontrar motivos legítimos que justifiquem não economizar e não investir em seu futuro, mas, quando você define um porquê, fazer esse esforço passa a ser algo inegociável.

Metas são gerenciáveis: quando você define objetivos e define o quanto eles irão custar e o prazo para atingi-los, automaticamente isso torna-se uma medida, e naturalmente você irá monitorar os avanços e tomar ações para corrigir rotas, se necessário.

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Aprender a cumprir metas pode mudar sua vida: aqui não falo apenas da mudança financeira em si, pois essa é óbvia. Falo também da autoconfiança e da sensação de controle que você terá a cada objetivo alcançado. A satisfação por ter realizado algo, por menor que seja o alvo, melhora seu bem-estar geral e te impulsiona a confiar em suas habilidades.

Como se manter motivado para alcançar metas financeiras

Para atingir as metas financeiras, há dois fatores que são como chaves: disciplina e motivação. A disciplina te ajuda a economizar, fazer escolhas financeiras mais conscientes e te mantém alerta quanto aos riscos e oportunidades.

A motivação, por outro lado, é algo mais subjetivo, pois é influenciada por inúmeros acontecimentos do cotidiano e a forma como seu emocional lida com os estímulos do meio. Dessa maneira, para manter a motivação, além de muita força de vontade, você pode também lançar mão de alguns expedientes práticos:

Estabeleça metas realistas: crie metas que estejam em linha com sua realidade financeira. Fazer isso é diferenciar, com inteligência, meta de sonho. Se você tem uma renda de R$ 5 mil por mês, não adianta estabelecer uma meta de investir R$ 100 mil em um ano.

Simplesmente não é factível: Divida objetivos em partes menores e mais gerenciáveis. Quando você cria pequenas metas alcançáveis, o seu progresso cotidiano irá funcionar como estímulo a continuar no plano.

Tenha um plano claro: depois que definir as suas metas, trace um plano de ação para alcançá-las. Calcule quanto precisa economizar por mês e como fará isso. Coloque o plano no papel de forma absolutamente honesta e não crie ações imaginárias, pois isso irá dispersar sua atenção. Liste coisas que você tem verdadeiramente disposição para fazer.

Monitore o progresso: mantenha um registro dos avanços obtidos mês a mês. Além de te ajudar a corrigir rotas, esse monitoramento irá permitir acompanhar o quão perto das metas você está chegando.

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Tenha uma margem de manobra dentro do plano: se o seu plano envolve grandes quantias, é importante que ele contemple também pequenas indulgências. Se você se privar de 100% dos pequenos prazeres cotidianos em prol de uma grande meta, o risco de que você desista ao longo do caminho é muito grande.

É mais vantajoso ter um prazo um pouco mais dilatado e se permitir algumas pausas para comemorar o progresso, do que se impor uma rotina drástica e sem nenhum prazer. Tenha disciplina, mas mantenha a gentileza com você também!

Comemore as pequenas vitórias: se permita pequenas comemorações conforme for alcançando novos patamares dentro de seu plano. Celebrar avanços manda ao seu cérebro a mensagem de compensação que o mantém focado.

Ao definir suas metas financeiras, lembre-se que poupar dinheiro não é uma competição. Você não deve se pautar no aparente sucesso alheio, pois isso não tem nada a ver com a sua vida. O maior parâmetro de comparação a utilizar é a sua própria evolução dia após dia.

Economizar dinheiro é difícil, requer organização, disciplina, estudos e planejamento. Contudo, é totalmente possível com a mentalidade certa. Eu desejo que você inicie 2024 com motivação e confiança em sua capacidade de definir metas e montar um plano para alcançá-las. Conte comigo ao longo da jornada!

 

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Realize seus sonhos em 2024 de olho na conta bancária: veja como se planejar

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A época de virada de ano costuma ser o período em que as pessoas estabelecem novos objetivos ou repensam as estratégias para finalmente conseguir tirar aquele sonho antigo do papel. Independentemente de qual seja o seu objetivo, o planejamento financeiro torna-se um aliado essencial nesta tarefa. Sem essa organização, outras demandas podem ganhar relevância e a realização daquela meta corre o risco de ficar cada vez mais distante.

Os educadores financeiros ouvidos pelo E-Investidor afirmam que as pessoas precisam ter disciplina e definir qual seu objetivo para depois pensar nos meios de como alcançá-lo. Por exemplo, se o seu sonho for comprar uma casa própria em 2024, é preciso ter em mente a média do valor do imóvel e se está compatível com a sua realidade. Após essa análise prévia, o próximo passo será avaliar a forma de pagamento e quanto precisa poupar mensalmente para comprar o bem à vista ou financiado.

Devido a essa complexidade, separamos cinco dicas que podem te auxiliar a tirar do papel o seu objetivo. Confira!

1) Veja seu orçamento

O primeiro passo é olhar para o próprio orçamento e entender o seu custo de vida. De acordo com os especialistas, as pessoas precisam ter em mente o valor total dos gastos essenciais e identificar o quanto esses custos comprometem a sua renda mensal.

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O ideal é que 50% do seu salário seja compatível para pagar todas as despesas fixas, como água, luz e moradia. O restante deve ser dividido em 30% para custos variáveis, como lazer, e 20% para investimentos, como mostramos nesta reportagem.

Leia mais: Como os brasileiros se planejam financeiramente para as férias

A partir dessa análise prévia, as pessoas terão dimensão da sua capacidade de poupança. Priorizar despesas essenciais e reduzir gastos desnecessários pode liberar recursos para investir em objetivos de longo prazo.

“Além disso, considerar fontes de renda extra e investir de maneira consciente pode acelerar o alcance desses sonhos. A chave está na disciplina e na consistência ao seguir o plano financeiro e assim transformar sonhos em realidade”, diz Eduardo M. Reis Filho, educador financeiro da Ágora Investimentos.

2) Faça um plano financeiro e não deixe de revisá-lo

Com o orçamento organizado, as pessoas devem ter em mente quanto precisam poupar para conseguir realizar o seu sonho e dividir o valor em metas mensais ou trimestrais. A estratégia ajuda a tornar o objetivo mais factível com a realidade. “É preciso também ajustar o seu orçamento mensalmente para refletir mudanças em sua renda ou despesas”, diz Pedro Gomes, co-CEO da Friday, fintech assistente de pagamento.

3) Se precisar de crédito, olhe para os juros

Alguns sonhos possuem valores elevados e, mesmo com o hábito de poupar mensalmente, as pessoas podem levar anos para conseguir tirá-los do papel. As linhas de créditos oferecidas pelos bancos podem reduzir o tempo de espera.

No entanto, as pessoas precisam olhar para as condições de pagamento. “Avalie as taxas de juros ao longo do tempo e determine uma parcela que não comprometa seu orçamento. As instituições financeiras determinam que o valor da parcela não ultrapasse 30% dos seus ganhos mensais”, ressalta Reis Filho, da Ágora.

Confira também: É preciso ter muita atenção com a reforma tributária em 2024, diz BGC

4) Evite a bola de neve de gastos

Após identificar o seu custo de vida e entender o seu poder de poupança, o próximo passo é identificar os gastos desnecessários e pensar em mecanismos para evitá-los. Segundo Danielle Lopes, Sócia e analista de ações da Nord Research, as despesas supérfluas, embora sejam de pequenos valores, podem atrapalhar a sua organização financeira.

“Se colocarmos na ponta do lápis, percebemos que os gastos de R$ 9 ou R$ 10 em transporte de aplicativo, por exemplo, podem se transformar em uma conta enorme no fim do mês”, diz Lopes.

5) Proteja-se da inflação

A inflação pode ser o grande vilão responsável que poderá impedir a realização dos seus sonhos em 2024 e, especialmente, em períodos mais longos, como daqui a cinco a dez anos. Segundo Lopes, da Nord Research, a inflação média do Brasil fica em torno de 4,5% e os investimentos atrelados ao IPCA podem proteger o patrimônio da corrosão do poder de compra.

“É importante que as pessoas não guardem apenas dinheiro para realizar os seus sonhos, mas que saibam aplicar para não correr o risco de não conseguir alcançar o objetivo porque tudo ficou mais caro”, diz Lopes. Os CDBs com liquidez diária e o Tesouro Selic são alguns investimentos que podem ser opções de destinos para a sua reserva financeira.

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5 coisas que eu faria se tivesse 18 anos no meu primeiro emprego

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O que você faria se tivesse 18 anos hoje e recebesse seu primeiro salário? Fiz essa pergunta para algumas pessoas que já passaram por esse momento ou estão prestes a vivê-lo e tive algumas respostas interessantes. Alguns falaram que comprariam um tênis ou uma roupa que sempre quiseram mas nunca tiveram oportunidade de ter.

Outros, disseram que iriam ao restaurante favorito e pediriam tudo o que quisessem. Boa parte, em especial os alunos de escola pública da periferia de São Paulo, que atendemos com a Multiplicando Sonhos, disse que ajudaria os pais ou daria um presente a eles.

Acho que tudo isso é importante, nesse primeiro momento. Afinal, se recompensar e comemorar o primeiro salário é mais do que justo. Compre o tênis! Coma aquele hambúrguer! Dê um perfume para sua mãe! Mas, depois, vá além disso. O primeiro emprego e o início da sua vida financeira e profissional é o melhor momento para criar uma base sólida capaz de influenciar suas decisões e resultados ao longo dos anos.  Por isso, é essencial se estruturar, criar estabilidade e elencar prioridades e necessidades. Veja o que eu faria se estivesse no meu primeiro emprego, aos 18 anos, hoje:

1. Focaria em adquirir conhecimento

O principal ativo que você pode ter para prosperar é o conhecimento, tanto sobre mercado de trabalho, quanto sobre mercado financeiro, você mesmo e o mundo. A juventude é o momento de descobrir coisas e ampliar horizontes. Por isso, comprar livros sobre educação financeira, psicologia econômica, autoconhecimento e neurociência é fundamental para entender sobre trabalho, finanças e comportamento.

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Fazer cursos também é extremamente válido. Minha sugestão é investir em um sobre gestão de projetos. Assim, ficará mais fácil planejar e tirar os projetos do papel, tanto na vida profissional, quanto na pessoal.

2. Começaria uma atividade física

Parece bobeira, mas se priorizar e fazer algo pela sua saúde, tanto física, quanto mental, é um verdadeiro propulsor financeiro e profissional. Afinal, não dá para trabalhar bem e ganhar dinheiro com um corpo que não está em plena funcionalidade.

Além disso, a atividade física nos ensina sobre determinação e constância. Se você cria o  hábito de ir à academia ou ao treino de vôlei todos os dias ou semana, também entenderá que para construir um patrimônio, é preciso disciplina e perseverança.

Fazer atividade física é, antes de tudo, se colocar em primeiro lugar. Lembra do objetivo de ajudar a família? Isso é importante e louvável, mas só é possível, de maneira concreta, se você primeiro focar em você. Lembre-se: quando um avião está caindo, é preciso colocar a máscara de oxigênio primeiro em você mesmo para, depois, colocar em quem está ao seu lado. Caso contrário, há chances de você não conseguir salvar nem a pessoa, nem a si.

3. Encontraria um hobby e conheceria um pouco mais o mundo

Ainda sobre autoconhecimento e se priorizar, encontrar um hobby e fazer viagens são atividades que nos ajudam a descobrir nossos gostos e talentos. E, mais uma vez, descobrindo seu talento, fica mais fácil saber com o que trabalhar e como ganhar dinheiro. Faça aula de música, compre uma viagem para uma cidade que tenha curiosidade em conhecer ou então visite um museu. Adapte à sua condição financeira, estilo de vida e disponibilidade de tempo, mas não deixe de conhecer mais sobre você mesmo e o mundo.

4. Investiria em profissionalização

Se você já tem uma boa ideia do que quer fazer da vida, se profissionalize. Pode ser fazendo uma faculdade, um curso técnico ou também comprando equipamentos. Se você pretende trabalhar com internet, um bom celular e computador são investimentos. Para quem quer empreender e está começando do zero, arranjar um primeiro trabalho e levantar algum dinheiro é fundamental para comprar as mercadorias, fazer uma reserva financeira e montar o seu negócio. Crie um plano e ande junto a ele.

5. Claro, começaria a investir

Você achou mesmo que, neste artigo, eu não falaria sobre começar a investir? Como sempre digo, quanto antes começarmos a acumular capital, melhor. Dar o passo de começar a juntar dinheiro e investir em ativos de renda fixa e variável é essencial para criar o hábito de projetar renda passiva no futuro.

Assim que você tiver estudado sobre investimentos e tiver algum conhecimento sobre o assunto, comece a explorar as possibilidades oferecidas pelas corretoras de investimentos. Te garanto que o seu “eu do futuro” vai te agradecer por isso. Mas, e você, o que faria se tivesse 18 anos hoje? Ou melhor, sabendo que não dá pra voltar no tempo, o que pretende mudar na sua vida hoje, de acordo com suas necessidades e prioridades do momento, para melhorar sua qualidade de vida e condição financeira?

Desejo um feliz e próspero 2024 para todos nós. E que sigamos juntinhos, crescendo, aqui nesta coluna.

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Como poupar R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 20 mil até o fim de 2024

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Poupar dinheiro é sempre um desafio. Com a virada do ano, muitos brasileiros enxergam em 2024 uma oportunidade de usar os novos 365 dias para mudar esse quadro e ter uma vida financeira mais equilibrada. O primeiro passo para chegar ao final deste ano com uma reserva no bolso é, desde já, poupar uma parcela dos rendimentos mensais. Para isso, é preciso fazer uma revisão no orçamento familiar ou pessoal – ou seja, entender o tamanho das suas receitas e quais são seus gastos fixos e variáveis.

“A partir do momento que se tem o controle sobre todos esses valores, é possível ver onde é possível cortar gastos”, afirma Nayra Sombra, sócia da HCI Invest. Outra dica é colocar limites em alguns gastos mais supérfluos, como idas ao shopping e viagens com carros de aplicativo, por exemplo. “Assim fica muito mais fácil conseguir chegar no objetivo de fazer o dinheiro sobrar para, então, começar a poupar.”

Paula Bazzo, planejadora financeira pela Planejar, chama a atenção para o fato de que não há uma fórmula pronta para realizar essa revisão orçamentária. Isto porque o que é importante e essencial para um indivíduo ou família, em relação a gastos, pode não ser importante para outro núcleo familiar. “Requer um olhar primeiro para o que faz a nossa vida valer a pena”, diz Bazzo. Contudo, não há como fugir do corte de alguns gastos quando o objetivo é poupar dinheiro. “Se eu tenho uma vida que está custando um determinado valor e meu salário está muito próximo desse montante, vou precisar fazer uma reorganização financeira.”

Final de ano com dinheiro

Investir o dinheiro poupado é um ótimo caminho para atingir mais rápido os objetivos financeiros. O Tesouro Selic, por exemplo, é um título público atrelado à taxa básica de juros Selic, hoje no patamar de 11,75% ao ano, que não está exposto às oscilações de mercado. Esse papel também possui liquidez diária, o que significa que o investidor pode resgatar o dinheiro a qualquer momento e rende cerca de 1% ao mês.

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Por essas características, o título costuma ser indicado para as aplicações de reserva de emergência. De acordo com a simulação feita por Eduardo Medeiros, especialista em educação financeira da Ágora Investimentos, para acumular R$ 5 mil até dezembro de 2024, é necessário investir cerca de R$ 370 por mês no Tesouro Selic.

Já para acumular R$ 10 mil e R$ 20 mil, os aportes devem ser de cerca de R$ 750 e R$ 1,5 mil, respectivamente. Para chegar a esses números, Medeiros usou o rendimento oferecido pelo Tesouro Selic com vencimento para 2026 nesta terça-feira (2), de Selic (11,75%) +0,0440%.

“O ideal é destinar pelo menos 20% do salário para poupar. No entanto, ajuste conforme suas condições e situação financeira atual”, afirma Medeiros. “Para iniciar uma jornada de investimentos, não é necessário só fazer cálculos. É importante de dizer que requer uma mudança de postura e de aspectos comportamentais.”



Tenho dívidas, e agora?

As dívidas costumam ser grandes empecilhos ao objetivo de poupar. De acordo com a pesquisa Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 68,7% das famílias brasileiras estavam endividadas até dezembro do ano passado.

Se você faz parte dessa estatística, o primeiro passo para se “desendividar” é conhecer muito bem os débitos contraídos. Sombra, da HCI Invest, recomenda que o consumidor coloque no papel todas as informações essenciais sobre a dívida: para quem está devendo, qual foi o valor inicial, quanto será pago em juros, qual o valor da prestação, prazo e as demais variáveis.

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“Depois, veja se o valor da parcela cabe dentro do seu orçamento sem comprometer o ‘todo’. Se couber, você pode parcelar essa dívida e ir pagando mensalmente. Esse valor já deve entrar como uma despesa fixa dentro do orçamento”, diz Sombra.

Outro método é ir juntando o dinheiro mensalmente e tentar renegociar os valores para um pagamento à vista. “Desta forma, você diminui o montante pago em juros. Faz muito sentido tentar renegociar direto com a instituição ou até nesses feirões que o Governo promove, como o Desenrola, em que é possível conseguir taxas mais atrativas”, afirma a sócia da HCI Invest.

Essa também é a visão de Medeiros. “Muitas instituições oferecem acordos flexíveis com oportunidades para regularização. Negocie juros e condições para tornar o pagamento mais viável. Imprevistos acontecem. Não tenha vergonha de buscar o seu credor”, diz.

Bazzo, da Planejar, recomenda a troca de uma dívida mais cara por uma mais barata. Se o consumidor possui uma dívida no cartão de crédito, cujos juros podem multiplicar o valor devido, talvez pegar um empréstimo para quitar seja um bom negócio.

Leia também: Cartão de crédito – teto para juros do rotativo entra em vigor; saiba o que muda

“No cartão, o juro cobrado sobre a dívida pode chegar a 14% ao mês. No empréstimo pessoal, esse juro é em média de 5% ao mês”, afirma Bazzo. “Não é só renegociar as dívidas, juros e condições, mas também enxergar qual é o valor dos juros e disponibilizar recursos dentro do orçamento para conseguir honrar essa renegociação quando ela for feita.”

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