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Dólar hoje: moeda volta a superar R$ 5,00 à espera de dados dos EUA

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O dólar à vista voltou a superar o nível técnico de R$ 5,00 nesta quinta-feira (28), dia marcado por nova onda de fortalecimento da moeda americana tanto em relação a divisas fortes quanto emergentes. À espera de dados de inflação nos EUA e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, amanhã, quando os mercados estarão fechados em razão do feriado da Paixão de Cristo, investidores adotaram uma postura cautelosa.

A divisa abriu em alta e superou a barreira psicológica dos R$ 5,00 ainda pela manhã, em meio à alta dos Treasuries curtos, mais ligados às expectativas em torno da condução da política monetária americana. Investidores assimilaram a fala dura do diretor do Fed Christopher Waller ontem à noite e o avanço de 3,4% na leitura final do PIB dos EUA no quarto trimestre de 2023, levemente acima das expectativas (3,3%).

Com máxima a R$ 5,1079 na última hora de negócios, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,0154. Operadores observam que, como é típico de fim de mês, os negócios foram muito influenciados pela rolagem de posições no segmento futuro e pela disputa em torno do fechamento da última taxa ptax do mês. O dólar termina março com ganhos de 0,86%, o que leva a valorização acumulada no primeiro trimestre a 3,34%. A divisa havia encerrado 2023 em baixa de 8,08%.

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Apesar de ruídos políticos locais, como o imbróglio envolvendo a retenção dos dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4), analistas observam que o principal indutor da depreciação do real foi à valorização global da moeda americana. Termômetro do comportamento do dólar em relação a seis divisas fortes, em especial euro e iene, o índice DXY também acumulou valorização de pouco mais de 3% no primeiro trimestre.

A moeda americana também avançou na comparação com a maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Uma das poucas moedas que se destacaram foi o peso mexicano, com ganhos de cerca de 2% em relação ao dólar no trimestre. Principal par do real, a divisa mexicana se beneficia da postura mais conservadora do Banxico, o último grande banco central da região a embarcar em um ciclo de cortes da taxa básica, com redução de 0,25 ponto porcentual, para 11% ao ano, neste mês.

O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, afirma que a formação da taxa de câmbio tem sido dominada pelo comportamento da moeda americana no exterior. Não se trata de falar de fraqueza do real no primeiro trimestre, mas de fortalecimento global do dólar. “A economia americana está crescendo mais e tem taxa de juros atrativa. É uma história de dólar forte no mundo, e não de riscos idiossincráticos domésticos”, afirma Lima.

Analistas atribuem o fortalecimento global do dólar no primeiro trimestre ao rearranjo das apostas em torno do corte inicial de juros nos EUA e da magnitude de alívio monetário esperado para este ano. No fim de 2023, a projeção era de início de redução em março e corte total de 150 pontos-base em 2024. Dados fortes de atividade e inflação deslocaram as estimativas para o primeiro corte para junho, com alívio total de 75 pontos-base.

Para Lima, da Western, assim que o Fed começar a cortar os juros, é possível que haja um movimento de apreciação do real, com a taxa de câmbio voltando para perto de R$ 4,80, apesar do quadro de preços de commodities mais baixos. “O real deve se recuperar assim que houver mais certeza sobre a trajetória dos juros americanos”, afirma o economista.

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Em apresentação hoje do Relatório Trimestral de Inflação, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o diferencial de juros entre Brasil e EUA segue elevado e que, portanto, não traz preocupação para a trajetória da taxa de câmbio. O presidente do BC também observou que as contas externas seguem bastante sólidas, com os superávits comerciais superando os US$ 80 bilhões.

À tarde, o BC informou que o fluxo cambial total no ano (até 22 de março) é positivo em US$ 5,335 bilhões, com entrada líquida de R$ 11,697 bilhões via comércio exterior mais do que compensando as saídas líquidas de US$ 6,362 bilhões na conta de capital.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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