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Agronegócio

Exportação do cacau do Pará cresce com reconhecimento internacional

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Com uma estimativa de produção para 2024 superior a 152 mil toneladas de cacau, segundo projeção do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará se consolida como maior produtor de cacau do Brasil, com mais de 31,5 mil produtores e participação de 51,80% na produção nacional.

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Em 2023, de acordo com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), o Estado produziu cerca de 150 mil toneladas de amêndoas, o que representa o valor bruto da produção de R$ 2,4 bilhões.

“Esse aumento acontece um pouco a cada ano em função da expansão dos plantios de cacau no Estado, um aumento em torno de 8 mil hectares por ano. A nossa produção, a maior parte dela, cerca de 95%, vai para as indústrias multinacionais localizadas em Ilhéus (Bahia). E esses outros 5%, ou são absorvidos pelas indústrias artesanais de chocolate existentes no Pará ou são exportados para outros países, principalmente Japão e Holanda”, explica Ivaldo Santana, coordenador do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura no Pará (Procacau).

Quem exporta para o Japão é a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta). Para a Holanda é a Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu (CEPOTX), de produtos orgânicos de cacau, sediada em Altamira. Essas duas cooperativas exportam em torno de 2% a 3% da produção de cacau paraense. O setor já gerou mais de 350 mil empregos diretos e indiretos.

Medicilândia

A amêndoa de cacau produzida no município de Medicilândia, na região de influência da Transamazônica, oeste paraense, foi reconhecida entre as melhores do planeta, durante a premiação Cocoa of Excellence Awards (Cacau de Excelência), realizada em fevereiro, na Holanda. Produtores paraenses participaram da programação com o apoio financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau).

O governador Helder Barbalho, define a premiação como o reconhecimento ao trabalho de qualidade feito no Pará e ao apoio que o governo estadual garante aos produtores. “Quando eu falo de bioeconomia, me refiro também ao que Medicilândia, por exemplo, está fazendo com o cultivo do cacau, com o sistema agroflorestal, quando a produção é viabilizada com preservação, e também com a verticalização. Produzindo o cacau, tirando a massa do cacau, fazendo a amêndoa virar um produto final com a verticalização. É muito orgulho ter uma das melhores amêndoas do mundo”, ressalta o governador do Pará.

Para Robson Brogni, produtor de cacau em Medicilândia, premiado no evento internacional, informa que a família possui quatro propriedades de cacau, que produzem em torno de 320 toneladas/ano de cacau comum. Além do cacau, vendido para chocolateiros de todo o Brasil e do Paraguai, Robson também administra, em parceria com a esposa Sarah, uma fábrica de chocolates finos, a “Ascurra Chocolate”, na modalidade “chocolate tree to bar”, quando a produção é desenvolvida desde o cacau até o chocolate e outros derivados.

“Ao longo desses anos sempre recebemos grande apoio do Governo do Pará, tanto na cacauicultura, quanto na verticalização da produção. Destaco o trabalho da Sedap, que é uma parceira fundamental e sempre está ao lado do produtor, oferecendo oportunidades de negócios em várias ocasiões, como em viagens a feiras, onde além de podermos apresentar nossos produtos a vários clientes potenciais, adquirimos aprendizados e experiências incríveis. Certamente, se não fosse esse trabalho sério que a Sedap realiza, o crescimento do nosso negócio não estaria numa ascendente tão positiva como está”, assegura Robson Brogni.

Ananindeua

Chiara Cruz, produtora de cacau e chocolate na “Da Cruz Chocolates”, em Ananindeua, também aponta o incentivo à participação em feiras como um importante diferencial do Estado.

“Começamos, há 25 anos, com uma plantação de cacau no município de Moju. Era um sonho ter uma fábrica de chocolate, e há 10 anos começamos com a produção em casa. Há seis anos produzimos profissionalmente. A Sedap sempre garantiu incentivos para participação em feiras em Belém, no Pará, no Brasil e até internacionalmente. Esse incentivo é essencial para divulgar nossos produtos. É fundamental, cada vez mais, a atuação do Estado no fortalecimento ao cultivo do cacau e à produção do chocolate em si”, afirma a empreendedora.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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