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Agronegócio

Por que os gringos estão indo embora do Brasil e qual o impacto no dólar?

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Até o primeiro dia de abril os investidores estrangeiros já haviam retirado mais de R$ 22 bilhões da nossa Bolsa de Valores. Recebo muitos questionamentos na comunidade do WhatsApp (clique aqui para entrar) sobre esse movimento, já que ao olhar nossas empresas e o mercado como um todo parece que a Bolsa brasileira está muito barata.

Além disso, quando olhamos indicadores como o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação tudo parece sobre controle, além do Brasil um dos mercados que ainda mais paga juros para os investidores, algo que os gringos sempre gostaram de ter por aqui, já que não temos um risco institucional tão grande quanto outros emergentes – Turquia por exemplo.

Confira ainda: Os culpados pela queda de 4,53% do Ibov no 1º tri e o que esperar agora

Um dos principais motivos para a saída do capital estrangeiro está no risco de uma recessão global . Na dúvida se os mercados podem entrar em recessão ou não, o investidor de fora parece não ter muitas dúvidas de que o mais seguro é manter seus investimentos por perto, principalmente em dólar. Somado à isso há a expectativa de que o dinheiro dele possa render muito mais lá do que aqui, seja em juros seja em ações.

Por que o investidor estrangeiro deixa o País

Nas últimas semanas vimos três ativos subirem forte: ações americanas que renovaram máxima histórica, o ouro o dólar contra praticamente todas as moedas do mundo.

Quando falo em dólar precisamos ter em mente que a divisa norte-americana pode subir apenas contra o real, por conta de algum fator local, ou se valorizar diante de todas as moedas do mundo em média, que é o que vem acontecendo. Analisando esse movimento temos o primeiro sinal de que o dinheiro estrangeiro, o grande fluxo dos fundos de investimentos internacionais, está voltando para os Estados Unidos.

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Coloque-se no lugar do investidor americano. As ações por lá não param de subir e, mesmo enfrentando altas expectativas, os resultados de mais de 80% das companhias nesse último trimestre superaram o que o mercado esperava. Ou seja, ainda há espaço para valorização ou, pelo menos, continuar entregando bons retornos aos acionistas – mais do que mercados emergentes.

Novas regras para fundos no Brasil atraem investidor estrangeiro; veja detalhes

Na dúvida se vale ou não ter ações lá fora (que pode não ser unanime), o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai manter juros alto por pelo menos até junho e já se discute se serão três ou apenas dois cortes nas taxas, enquanto no começo do ano se falava em quatro ou cinco reduções de juros. E taxas mais altas por mais tempo quer dizer que ter dólar remunera mais o investidor.

O Brasil, por sua vez, já iniciou o movimento de queda de juros e o País pode terminar 2024 com 9% ao ano, bem distante dos 13% ao ano de poucos meses atrás, cenário que ainda se mostrava charmoso para manter o investidor estrangeiro no mercado brasileiro.

E para aquele investidor mais pessimista, que acredita estarmos próximo à uma recessão global, o ouro atingiu novas máximas históricas. Para comprar o metal, moeda base é o dólar, logo, o estrangeiro leva o dinheiro para casa e compra contratos de ouro para proteção.

Por conta disso, vemos ações americanas, dólar e ouro subindo sem parar enquanto investidores estrangeiros tiram dinheiro do mundo todo. Apenas para reforçar, para retirar recursos do mercado brasileiro ele precisa vender os ativos que tem e fazer o câmbio do real para a divisa americana. Por isso, nas últimas semanas o dólar subiu e já está passando R$ 5,05 enquanto escrevo esse artigo.

Situação continua?

Será que esse movimento vai continuar? Provavelmente sim, já que as posições dos gringos no Brasil ainda está perto de 7,5% – contra uma média de 5,5% quando olhamos a carteira “emergentes”.

Fato é que quando o gringo sai, ele demora para voltar. Do mesmo modo, quando ele vem, estuda um período mais longo antes de reavaliar suas posições.

No fim tudo, o investidor busca entender onde ele pode ganhar mais dinheiro com igual risco e mais rapidamente, ou pelo menos onde ele pode ter o mesmo retorno com menos risco. A resposta parece ser clara para o investidor estrangeiro.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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