Connect with us

Agronegócio

Previ vai ‘puxar votos’ para representar desaprovação de chapa da Vibra (VBBR3)

Avatar

Published

on

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), vai “puxar votos” para ser a representante dos minoritários que desaprovam a chapa única proposta para a Vibra (VBBR3), disse ao Broadcast o diretor de Participações da entidade, Fernando Melgarejo, frisando que há mais acionistas insatisfeitos com a chapa única apresentada por outros investidores.

Isto não significa que a entidade necessariamente esteja buscando aumentar mais a sua fatia no capital social da companhia, disse o executivo. Nos bastidores, porém, correm rumores de que a fundação pretenderia dobrar sua participação.

Com aportes na Vibra desde 2017, a Previ elevou, no mês passado, a sua parcela na empresa, de 3,3% para 5,03%, o que lhe garantiu o direito de indicar um nome para a próxima eleição do Conselho de Administração (CA), na assembleia geral ordinária (AGO) marcada para o próximo dia 18. A entidade apontou o seu diretor de Investimentos, Cláudio Gonçalves, e pediu a adoção do voto múltiplo.

Publicidade

“O pedido é o exercício de um direito que nós entendemos adequados neste momento”, disse Melgarejo. “Estamos buscando apoio no sentido de ter alguém externo, representante dos minoritários insatisfeitos, independente, com uma visão diferenciada, contribuindo para a boa governança da companhia. A Previ administra quase R$ 300 bilhões, temos muito a oferecer em relacionamento e governança.”

A movimentação suscitou rumores de que a Previ poderia buscar uma posição ainda maior – o que a entidade não confirma nem nega – para assegurar o assento no CA e de que o governo estaria tentando influenciar os rumos da companhia.

“É uma empresa que a gente observa e, como em qualquer outra, podemos aumentar ou reduzir posição. Não podemos dizer nada porque afetaria o mercado”, frisou Melgarejo. “Mas é importante destacar que essa é mais uma entre 34 empresas nas quais temos participação estratégica, de um total de 90 investidas do Plano 1. Se contar o Previ Futuro [plano mais novo, em acumulação], o número de investidas passa de 120. Estamos lá desde 2017. Também vale mencionar que há outros acionistas aumentando as suas posições.”

Em correspondência à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Previ afirmou que não pretende alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Vibra.

A chapa única é formada, principalmente, por executivos que já estão no board da Vibra: Sérgio Rial, ex-CEO do Santander (SANB11) e da Americanas (AMER3); Fabio Schvartsman, que era presidente da Vale na época do acidente de Brumadinho; Walter Schalka, presidente da Suzano; Mateus Bandeira, CEO da Oi (OIBR3); Nildemar Secches, ex-CEO da BRF; Clarissa Araújo Lins, sócia da consultoria Catavento; e o investidor Ronaldo Cezar Coelho, único nome novo na composição. O número de assentos caiu de nove para sete, e dois executivos estão deixando o Conselho.

Publicidade

Coelho é o segundo maior acionista da Vibra, por meio de sua gestora Samambaia, com 8,58%, e tem acordo de voto com a gestora Dynamo, que tem 9,95%. Por isso, a sua indicação teria gerado desconforto em outros acionistas. O entendimento é de que a sua presença no CA poderia inibir os executivos nos processos decisórios.

“É uma chapa de continuidade, com a qual a gente não se sentiu confortável – há nomes com questões na CVM e outros casos com empresas que tiveram problemas. Por isso pedimos voto múltiplo. Entendemos que não somos os únicos desconfortáveis com a chapa da forma como está e avaliamos que puxaremos votos”, disse Melgarejo. “Já buscamos, nos últimos anos, participar de chapas, sem êxito. Temos dois conselheiros fiscais. Com o voto múltiplo, vamos ver se agora conseguimos ser o representante dos minoritários insatisfeitos no CA.”

Indagado sobre eventual ingerência do governo por meio do fundo de pensão, Fernando Melgarejo aponta que a governança da Previ blinda a entidade. “Tudo é feito no melhor interesse dos associados. Se o investimento não para em pé no crivo de rentabilidade, liquidez e sustentabilidade, não fazemos.”

Não é a primeira vez que o mercado especula sobre a influência do governo em uma empresa privada por meio da Previ. No processo de sucessão da Vale (VALE3), houve rumores de que a entidade, que tem dois indicados no Conselho de Administração da mineradora, teria trabalhado a favor do ex-ministro Guido Mantega, que seria o favorito do presidente Lula para o cargo de CEO da companhia. Outro boato deu conta de que Mantega poderia ocupar um dos assentos da Previ no colegiado.

Melgarejo nega a interferência. “A nossa visão, como acionista, é de atendimento às melhores práticas de governança. A definição sobre o CEO [da Vale] cabe ao Conselho, composto por 13 pessoas, sendo um representante dos funcionários, oito conselheiros independentes e quatro indicados por acionistas de referência”, diz.

Publicidade

“Dois destes conselheiros foram indicados pela Previ, mas não estão representando a Previ. São conselheiros da Vale, que têm dever fiduciário com a empresa, e seguem a governança da companhia”, frisou. “A Previ não apontou nome algum. Como acionistas, avaliamos que foram seguidas as melhores práticas de governança [no processo sucessório]. E a Previ vai reconhecer integralmente a decisão do CA. Mas é tudo muito recente. A decisão foi tomada há apenas 15 dias.”

O diretor ressalta ainda que a Previ não poderia indicar Mantega para o Conselho da Vale porque as indicações da entidade se apoiam num rigoroso processo seletivo. “Ele nunca participou deste processo, então seria impossível essa indicação.”

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

Inscreva sua empresa na lista Forbes Agro100 2024

Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

Leia também

Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

Siga a ForbesAgro no Instagram

Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

Escolhas do editor

O post Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

Avatar

Published

on

By

O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

Publicidade

Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

Publicidade

Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

Continue Reading

Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

O post Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Popular