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Conheça o investimento de renda fixa sem come-cotas e com tributação menor que a dos fundos

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Os ETFs (Exchange-Traded Fund, na sigla em inglês) de renda fixa possuem uma vantagem tributária em relação a outros instrumentos que os tornam mais competitivos no mercado. A cobrança do Imposto de Renda nesta modalidade acontece apenas no momento do resgate do investimento, enquanto nos fundos de renda fixa o pagamento é feito de forma semestral, por meio do regime come-cotas.

Mas analistas ressaltam que o benefício tributário nem sempre se traduz em retorno maiores para o investidor. A observação se baseia nas características dos dois tipos de investimentos. Os ETFs são fundos que replicam o desempenho de algum índice listado na bolsa de valores. ” O time de gestão não compra nenhum produto além do que aquele índice já segue”, afirma Vinicius Romano, especialista de renda fixa da Suno Research. Já os fundos de renda fixa possuem uma gestão ativa que faz mudanças do portfólio de acordo com a estratégia de investimentos e com o cenário econômico.

“Há uma gestão trabalhando para superar o desempenho do benchmark do fundo de investimento”, acrescenta Romano. Por essa razão, os custos de taxa de administração desses veículos de investimentos tendem a ser maiores. Além disso, os fundos de investimentos possuem taxa de performance e a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os investidores que permanecerem por menos de 30 dias posicionados no fundo.

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Já em relação à cobrança do IR, Gabriel Moreira, advogado do Serur Advogados, explica que a tributação depende do tipo de fundo. Se ele for classificado como fundo de longo prazo, as alíquotas iniciam 22,5% e podem cair até o patamar de 15%. Se for de curto prazo, iniciam no percentual de 22,5% e a redução permanece até os 20%.

Veja a tributação para os fundos de renda fixa

Fundos de renda fixa – curto prazo

Período
Alíquota

Até 180 dias
22,50%

Acima de 180 dias
20%

Fundos de renda fixa – longo prazo

Até 180 dias
22,50%

De 181 a 360 dias
20%

De 361 a 720 dias
17,50%

Acima de 720 dias
15%

Fonte: Gabriel Moreira, advogado do Serur Advogados

“Em ambos os casos há a antecipação por meio do come-cotas. Assim, na hipótese de o resgate ocorrer antes da incidência da alíquota ‘cheia’, há a cobrança da alíquota complementar”, detalha Moreira. Mas há formas de reduzir essa carga tributária mesmo com posição em fundos de renda fixa. Segundo Gabriel Tossato da Silva, especialista de investimento da Ágora, os portfólios com ativos de debêntures incentivadas não têm a cobrança semestral porque são ativos que possuem isenção de imposto de renda para pessoas físicas.

“Não necessariamente os fundos de renda fixa têm regime come-cometas. Há fundos que possuem ativos com isenção de Imposto de Renda”, destaca Tossato da Silva. Já no caso dos ETFs, a tributação é mais simples. As alíquotas para esses veículos de investimentos variam de 25% a 15% conforme o tempo de duração que o investidor estiver posicionado no ativo. Confira!

Veja a tributação para os ETFs de renda fixa

Período
Taxa

Até 180 dias
25%

Entre 181 dias e 720 dias
20%

Superior a 720 dias
15%

Fonte: Gabriel Moreira, advogado do Serur Advogados

Vale a pena o investimento?

A escolha entre fundos de renda fixa e os ETFs de renda fixa vai depender dos objetivos financeiros de cada investidor. Analisar as oportunidades de cada veículo apenas pela ótica da tributação pode não ser uma estratégia interessante para o portfólio. Isso porque a diferença entre as rentabilidades líquidas de cada instrumento pode não ser significativa devido ao cenário econômico em determinados períodos.

Uma simulação realizada pelo C6 Bank mostra bem essa realidade. O banco analisou o retorno final, já com os descontos de impostos, ao considerar um aporte de R$ 1 mil entre um ETF com posição em títulos públicos e um fundo de renda fixa durante 12 meses. No fim desse período, o fundo de renda fixa conseguiu entregar um retorno de R$ 8,46 maior do que o ETF mesmo com uma tributação mais agressiva.

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Veja a simulação dos retornos entre um ETF de renda fixa e um fundo de renda fixa

Ativo
Rentabilidade ano
Valor aplicado
Valor líquido 12 meses

IRFM11
13,34%
R$ 1.000,00
R$ 1.113,39

Spx Seahawk FICFI RF Créd Priv LP
14,62%
R$ 1.000,00
R$ 1.121,85

Fonte: Larissa Frias, planejadora do C6 Bank

Segundo Frias, responsável pela simulação, o resultado reflete o ambiente econômico atual com o ciclo de queda da taxa de juros que reduz os retornos dos ativos de renda fixa. “A diferença de rendimentos entre o ETF e o fundo de renda fixa poderia ser maior em outro contexto econômico”, ressalta Larissa Frias, planejadora do C6 Bank.

Por essa razão, os analistas reforçam que a escolha precisa estar alinhada aos objetivos do portfólio de cada investidor. Ou seja, a decisão precisa ter mais pautada por um viés qualitativo do que por uma perspectiva de retornos passados. “Trata-se de uma avaliação sobre a qualidade da gestão de um fundo de renda fixa e a sua capacidade de gerar uma performance acima do benchmark ao longo do tempo”, afirma Christopher Galvão, analista de Fundos da Nord Research.

Já no caso dos ETFs, como são ativos negociados em bolsa, os investidores têm uma maior flexibilidade de liquidez caso queiram sair do investimento.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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