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Agronegócio

Frete rodoviário cai no 1º tri por diesel e vendas lentas da safra no Brasil

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Adriano Machado/Reuters

Os fretes da rota Sorriso – Rondonópolis (MT), com destino ao terminal ferroviário de Rondonópolis, atingiram 150 reais/tonelada no fim de março, ante 165 reais/t no mesmo período de 2023.

As lentas vendas da safra de grãos, notadamente de soja, e os valores praticamente estáveis do diesel nos últimos meses colaboraram para uma redução no preço do frete rodoviário no primeiro trimestre no Brasil, de acordo com organizações que realizam levantamentos.

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Essa queda no frete no primeiro trimestre é incomum, uma vez que a demanda para escoar grãos no Brasil costuma atingir um pico no período, normalmente elevando os preços do transporte, por causa da colheita e comercialização da soja.

Mas neste ano houve uma quebra de safra de soja brasileira, a demanda por transporte de fertilizantes foi menor, enquanto os preços do diesel — importante fator de custo para o transportador — tiveram poucas oscilações.

A comercialização da safra foi lenta, com preços mais baixos da oleaginosa no mercado internacional incentivando produtores a desacelerarem o ritmo de vendas, notou a Argus, empresa especializada em preços e serviços de consultoria.

“Como resultado, os fretes de grãos durante a colheita caíram — o que é incomum nesta época do ano –, devido à menor demanda por serviços de transporte”, ressaltou a Argus, em relatório enviado à Reuters.

Os fretes da rota Sorriso – Rondonópolis (MT), com destino ao terminal ferroviário de Rondonópolis, atingiram 150 reais/tonelada no fim de março, ante 165 reais/t no mesmo período de 2023.

Já a rota Sorriso-Miritituba, que percorre a rodovia BR-163 até o ponto de transbordo da hidrovia no Pará, estava em 250 reais/t no fim de março, versus 285 reais/t no ano passado.

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Relatório sobre o Índice de Frete Edenred Repom (IFR), de outra organização que acompanha o mercado, mostrou também que o atraso na comercialização da safra de grãos e o comportamento do recuo no preço do litro do diesel foram os principais fatores da baixa no preço médio do frete por quilômetro rodado em março.

A média nacional do frete foi de 6,20 reais por km rodado em março, redução de 1,4% ante fevereiro.

“Fechamos o primeiro trimestre de 2024 com uma queda acumulada de 2,5% no preço médio do frete por quilômetro rodado. Já no comparativo com março de 2023, quando o valor estava a 7,97 reais, a redução no preço chega a 22%”, disse o diretor da Edenred Repom, Vinicios Fernandes, em nota.

Segundo a análise do índice de preços de diesel da Edenred Ticket Log (IPTL), o tipo comum do combustível fechou março a 5,96 reais/litro e o S-10 a 6,07 reais, ambos com redução de 1%, em relação a fevereiro. Já no acumulado do trimestre, o comportamento de preço do combustível registrou pequenas oscilações percentuais, entre recuos e altas.

Na primeira quinzena de abril, a o IPTL mostrou ligeira alta ante o final de março.

Fertilizantes e gargalos

Segundo a Argus, a demanda por fretes de fertilizantes também foi “excepcionalmente menor” no primeiro trimestre, colaborando para pressionar o valor do transporte.

“Nesta época do ano, agricultores normalmente recebem grandes volumes de fertilizantes para atender às atividades de colheita de soja e plantio de milho. Mas a compra de insumos também foi adiada, uma vez que produtores postergaram a comercialização da safra”, acrescentou a Argus.

Em Paranaguá, as taxas de frete para Rondonópolis atingiram 213 reais/t no fim de março, ante 250 reais/t em 2023. Os fretes para Sorriso ficaram em 305 reais/t, em comparação com 330 reais/t em 2023.

“Esse cenário preocupa participantes de mercado, pois poderá causar um gargalo logístico”, afirmou a Argus, citando eventual concentração de demanda posteriormente.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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