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Por que a ação da Suzano (SUZB3) deve se tornar uma das favoritas do ano

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lucro líquido da Suzano (SUZB3) no quarto trimestre de 2023 foi de R$ 4,515 bilhões, o que mostra uma queda de 39% ante o mesmo período de 2022, mas na comparação trimestral, a produtora de celulose conseguiu reverter o prejuízo de R$ 729 milhões do intervalo anterior. No acumulado de 2024, o papel apresenta alta de 16% na Bolsa. Com o rali do papel, poderia a companhia entrar para as empresas Top Picks (preferidas dos analistas) do ano?

Para o especialista da Valor Investimentos, credenciada pela XP Investimentos, Daniel Teles Barbosa, há muita possibilidade da Suzano ser uma das melhores blue chips (ações de empresas consolidadas com grande liquidez na Bolsa) de 2024. “O cenário para Suzano é melhor que o de Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4), por exemplo, mas é preciso observar se o cenário vai se manter no segundo semestre com o Projeto Cerrado”, diz.

O projeto consiste na construção de uma nova fábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. Com previsão de baixa emissão de carbono após o início da operação, a nova unidade recebeu investimento de R$ 22,2 bilhões e deve começar a funcionar em junho.

Saiba mais: As ações recomendadas para investir em abril, segundo 11 corretoras

De acordo com Barbosa, o otimismo ocorre por conta do novo empreendimento que deve aumentar a capacidade produtiva em 25% e o resultado do terceiro trimestre que veio acima da expectativa dos analistas. “O projeto não está aumentando o endividamento e a receita dolarizada garante uma proteção contra valorização cambial“, afirma.

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Em 25 de abril, , às 10h, a Suzano irá propor um aumento de capital social de R$ 10 bilhões em assembleia geral extraordinária, sem emissão de novas ações. Em caso de aprovação, o capital social da companhia passará a ser de R$ 19,269 bilhões, dividido em 1.304.117.615 de ações ordinárias. Isso ocorrerá mediante a capitalização de parte das reservas de lucros.

Segundo a Suzano, do lucro líquido ajustado de R$ 13.522.879.412,16 apurado no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2023, a organização propõe R$ 1,5 bilhão como distribuição de dividendos, R$ 10.911.226.244,45 para aumento de capital e R$ 1.212.358.471,61 para reserva estatuária especial.

Veja como as corretoras avaliam a ação da Suzano

Ágora coloca Suzano no Top 10

A Ágora Investimentos alterou a composição de sua carteira Top 10 recomendada para abril. Suzano foi incluída no lugar de Vivara (VIVA3). O portfólio completo conta com Copel (CPLE6), Itaú (ITUB3; ITUB4), JBS (JBSS3), Localiza (RENT3), Petrobras (PETR3; PETR4), Sabesp (SBSP3), Usiminas (USIM5), Vale (VALE3) e Weg (WEGE3). Segundo a casa, o beta (medida de risco) da carteira é de 0,82.

Você investe em ações que pagam dividendos? Veja as apostas para abril

A previsão é que o preço da ação suba de R$ 61,23 para R$72,50, de acordo com o analista da Ágora Investimentos, Renato Chanes. “Preferimos incluir Suzano porque o mercado de celulose está aquecido, tanto fibra curta quanto fibra longa estão com muita demanda na China e na Europa“, afirma.

“A saída de Vivara (VIVA3) ocorreu por conta dos ruídos de governança no mês de março, que resultou numa queda de 8,5%”, diz Cerqueira. “Além da questão cambial, o aumento de preços europeus (US$ 1.000) e chineses (US$ 700) para o papel tem se mostrado algo muito positivo, principalmente após a Xangai Pulp Week.”

Para o analista, Suzano pode ser considerada Top Pick do setor e entre as commodities é a principal recomendação da Ágora Investimentos.

Investimento de sucesso da Finacap 

De acordo com o último relatório divulgado pela Ficanap Investimentos, as ações da Suzano foram responsáveis pela segunda maior contribuição para a performance do fundo de renda variável da corretora, Mauritsstad FIA, com +0,43%. A exposição da gestora é significativamente maior que a média do Ibovespa.

Para o analista da Finacap Felipe Moura, a empresa está cumprindo suas responsabilidades e avançando na conclusão do Projeto Cerrado, planta que deve se tornar uma das maiores produtoras do mundo. “A disciplina financeira da empresa é notável, conseguiu manter o equilíbrio financeiro mesmo diante do desafiador cenário de preços baixos da celulose”, diz.

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Após a fusão com a Fibria, por meio da aquisição de ações, a Suzano se tornou o maior produtora de celulose do mundo, o que lhe concede vantagens competitivas. O Brasil é um dos melhores locais para a produção da commodity devido ao seu clima favorável. Com o Projeto Cerrado, pode se consolidar como referência global em produção de papel.

Leia também: Mercado se divide sobre Klabin (KLBN11) após negócio de R$ 5,8 bilhões

Outro ponto fica com a utilização de práticas mais sustentáveis. De acordo com Moura, a aplicação da celulose está se expandindo para além da produção de papel, sendo utilizada como substituto para materiais mais prejudiciais ao meio ambiente, como o plástico. A própria companhia já endereçou aos investidores o potencial desses novos mercados, que podem chegar a US$ 50 bilhões por ano e engloba produtos como: plásticos descartáveis, produtos têxteis, plásticos duráveis, entre outros, segundo o relatório.

A meta da Suzano é de substituir 10 milhões de toneladas por ano de matéria prima de origem fóssil até 2030.

Safra ainda mantém uma recomendação neutra

O Banco Safra divulgou uma análise em que classifica o setor de papel e celulose com recomendação neutra para as ações da Suzano e preço-alvo de R$ 71, o que representa um potencial de valorização. O banco diz ter uma preferência relativa por Suzano em relação à Klabin, mesmo após o período anterior de baixa da matéria prima.

Confira ainda: Safra inicia recomendações para Suzano e Klabin; veja detalhes

Os motivos apontados são os seguintes:

(1) o EV/EBITDA – valor da empresa sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, múltiplo de avaliação popular usado para determinar o valor justo de mercado de uma companhia – de 5,6x esperado para 2025 da Suzano ainda está com um desconto de 15% em relação à sua média de 6,6x nos últimos 5 anos, enquanto a Klabin, com 7,3x para expectativa em 2025, é negociada aproximadamente 5% abaixo de sua média de 7,7x nos últimos 5 anos;

(2) o caminho da migração da dívida para equity (patrimônio líquido) é mais claro para a Suzano devido ao seu rendimento médio de fluxo de caixa livre (FCF) de cerca de 15% em previsão para o período de 2025 a 2027, em comparação com aproximadamente 8% para a Klabin no mesmo período;

(3) há mais riscos de alta para as previsões em relação à Suzano.

Preços de celulose mundo afora

Segundo informações divulgadas pela Suzano, está confirmado o aumento dos preços da celulose em mercados-chave como Ásia, Europa e América do Norte a partir de abril. No continente asiático, o ajuste será de US$ 30 por tonelada, enquanto na Europa o aumento chegará a US$ 80, elevando o preço do produto para US$ 1.380 por tonelada em abril. Já na América do Norte, a alta será de US$ 100, resultando em um preço de US$ 1.590 por tonelada.

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A Suzano tem mantido uma política consistente de aumento de preços da celulose desde maio de 2023, em resposta à melhoria na dinâmica entre oferta e demanda pelo produto.

Recomendação dos papéis

Em relatório recente, o Banco do Brasil (BB) informou que a Suzano reportou resultados satisfatórios no quarto trimestre de 2023. O banco manteve a recomendação neutra para os papéis e deixou o preço-alvo em R$ 62, o que sinaliza um potencial de valorização de 8,1% ante o último fechamento.

Já o BTG Pactual (BPAC11) considera a Suzano mais atrativa que a Klabin. “Consideramos a Suzano um beneficiário mais substancial do aperto a médio prazo nos mercados de celulose, fator fundamental para a nossa decisão”, afirmaram os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, do BTG.

A Fitch Ratings reafirmou os IDRs (sigla em inglês para Probabilidade de Inadimplência do Emissor) de longo prazo em moeda estrangeira e local em ‘BBB-‘. Em relação ao rating nacional de longo prazo, a agência reafirmou em ‘AAA(bra)’. A perspectiva do rating é estável, que reflete a expectativa de que a alavancagem líquida da Suzano permanecerá em torno de 3,5 vezes em 2024.

Leia Mais: Fitch reafirma rating da Suzano (SUZB3); confira a avaliação

O Itaú BBA afirma que a companhia apresentou uma revisão robusta de 13,1% em seu lucro líquido de 2024. “Nossa equipe de Celulose e Papel revisou recentemente suas estimativas para cima para Suzano, seguindo uma visão mais otimista para o mercado de celulose e previsões de menor custo de caixa”, detalham.

*Com informações da Agência Estado/Broadcast

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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