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Agronegócio

5 impactos que as altas do dólar e do petróleo vão causar no seu bolso

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A cotação do dólar ao redor de R$5,22 nesta quarta-feira (17) – chegou a bater os R$ 5,28 na última terça-feira (16), sendo o seu maior nível desde março do ano passado. E ainda não há perspectivas da moeda voltar a ficar abaixo dos R$ 5. Já o preço do petróleo, que tem sido negociado em torno de U$90, traz preocupações por conta de eventual escalada do conflito em Israel. Mas, uma coisa é certa: tanto o dólar quanto o petróleo devem impactar o bolso dos brasileiros, de várias maneiras.

De acordo com o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, o cenário atual é de um mercado mais estressado. Isso pode ser explicado por três fatores: as incertezas geopolíticas no Oriente Médio, a sinalização de que o banco central norte-americano pode manter a taxa de juros no atual patamar por um período mais prolongado do que esperado e a mudança da meta fiscal de 2025.

Leia Também: Dólar vai subir mais após disparar em abril? Veja as apostas dos analistas

No último sábado (13), seis meses após um ataque surpresa do grupo Hamas contra Israel, o Irã bombardeou o Estado israelense. Os mercados financeiros sentiram a insegurança gerada pela guerra, com uma queda generalizada no preço das criptomoedas após o anúncio da ofensiva, seguida por um aumento substancial do dólar em relação ao real desde a segunda-feira.

Soma-se isso à falta de previsibilidade sobre o início dos cortes de juros nos Estados Unidos. Desde julho do ano passado, o país mantém maior patamar da taxa em quase 24 anos, entre 5,25% e 5,5% ao ano.  Os dados recentes relacionados à inflação e ao emprego do mês de março mostraram que a economia americana ainda está resiliente e os preços continuam avançando acima das expectativas. Sendo assim, a persistência da inflação afasta, cada vez mais, a possibilidade de diminuição das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

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E ainda há a “tempestade perfeita” de aversão a risco, agravada pelas últimas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele confirmou, na última segunda-feira (15), que a meta fiscal de superávit de 0,5% estabelecida para o ano que vem não será atingida. Em vez disso, o Brasil deve ter déficit zero, mesma meta de 2024.

Em relação ao petróleo, há preocupação com a defasagem nos preços dos combustíveis vendidos pelas refinarias da Petrobras (PETR3; PETR4) no mercado internacional após a escalada das tensões entre Irã e Israel. Por enquanto, os preços estão sendo “segurados”, evitando repassar a volatilidade para o mercado doméstico. A última vez que a Petrobras interferiu nos preços da gasolina foi em 21 de outubro, quando aplicou redução de 4,1% (R$ 0,12 por litro). São 178 dias de inércia. Isso pode fazer com que a empresa perca rentabilidade.

Veja mais: Onde investir para proteger o patrimônio se o conflito Irã-Israel aumentar?

Para Gustavo Sung, esses fatores podem resultar em inflação no Brasil ou até mesmo impedir um ritmo de queda mais acelerado dos preços. “O petróleo e o câmbio em patamares mais elevados podem afetar a gasolina e alguns serviços, como fretes e transporte. Assim, esse movimento poderia diminuir a flexibilização da taxa de juros pelo Banco Central do Brasil“, afirma.

Impactos das altas do dólar e do petróleo no dia a dia

Diante do atual cenário, os especialistas Adriano Gomes, sócio-diretor da Méthode Consultoria, e Dierson Richetti, sócio da GT Capital, levantaram para o E-Investidor os principais impactos que podem acontecer no bolso dos brasileiros.

Preços no supermercado

O aumento do dólar tem um impacto direto no preço dos produtos nos supermercados. Desde os fertilizantes que são importados para a produção de alimentos até equipamentos estrangeiros para a fabricação de itens comuns na rotina das famílias podem acarretar em aumento de custos nas fábricas quando a moeda americana se valoriza.

Além disso, o fato do Brasil ser um país rodoviário não ajuda, diante da alta do petróleo.

Transporte  mais caro

O aumento do preço do petróleo tem um impacto direto nos custos dos transportes em diversas frentes. Devido ao aumento nos preços dos combustíveis ou de produtos derivados do petróleo, como lubrificantes, plásticos para peças automotivas e pneus, o consumidor sentirá o impacto financeiro.

Os custos adicionais decorrentes do reajuste de preços nos transportes acabam sendo repassados aos usuários. Isso se reflete no aumento das tarifas de frete, bem como em serviços de locomoção individual, como Uber, 99, entre outros. Sem mencionar o encarecimento do abastecimento nos postos de gasolina para quem possui veículo próprio.

Aumento no preço dos importados

Com diversos componentes importados utilizados na fabricação de roupas e tecidos, os custos de produção estão pressionados para cima neste momento. Qualquer reajuste será inevitavelmente repassado aos preços finais dos produtos, tornando-os mais caros para o consumidor final. Os itens comprados em lojas de fora do País, como Shein por exemplo, devem encarecer também.

Aluguéis podem aumentar

A inflação, sem dúvida, virá com mais força e, consequentemente, servirá como base para a correção dos valores dos aluguéis. Os proprietários, ao perceberem o aumento dos custos e a valorização dos imóveis, estarão mais propensos a ajustar os preços para compensar esses aumentos de custos e manter a rentabilidade de seus investimentos. Assim, os inquilinos podem esperar um reajuste à medida que a inflação se torna mais pronunciada.

Viagens internacionais

Para aqueles que têm planos de viajar para o exterior, a alta do dólar pode representar um aumento significativo nos custos. Isso se reflete em despesas como passagens aéreas, hospedagem, alimentação e atividades turísticas, que se tornam mais caras devido à necessidade de converter mais moeda local em dólares americanos. Como resultado, os viajantes podem precisar ajustar seus orçamentos ou optar por destinos mais acessíveis para evitar o impacto financeiro da valorização do dólar.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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