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Agronegócio

Antes desprezadas, estas empresas podem pagar até 16% em dividendos

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As empresas de construção civil marcaram presença nas carteiras recomendadas para dividendos em abril. Nomes como Cyrela (CYRE3), Lavvi (LAVV3), Mitre (MTRE3), Cury (CURY3) e Melnick (MELK3) figuravam entre as indicações das casas de análise e corretoras consultadas pelo E-Investidor – veja todas elas aqui.

Embora estas companhias costumem ser mais voláteis e muito sensíveis às taxas de juros, analistas acreditam que se encontram em um bom momento do ciclo, com a retomada das ações na Bolsa de Valores. O motivo é que o mercado já precifica que a Selic, a taxa básica de juros, recue até o patamar de 9,13% ao ano no final de 2024.

No quesito operacional também há melhorias. Com juros em queda, as vendas de imóveis se recuperam com mais facilidade, favorecendo a geração de receita e lucro das companhias e, em consequência, os dividendos.

Dividendos rápidos: 8 ações para retornos de até 30% no curto prazo

Os custos de construção também são menores, o que auxilia na rentabilidade das empresas. Há também iniciativas do atual governo para impulsionar construtoras e incorporadoras, dado que o segmento é um forte gerador de emprego, o que acaba se traduzindo em popularidade política, avalia Marco Saravalle, analista CNPI-P e sócio-fundador da MSX Invest. “Eu acho que o governo vai acabar estimulando cada vez mais o setor”, diz.

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Prova disso, é a criação do FGTS Futuro – que permite que trabalhadores utilizem depósitos futuros na conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar um imóvel. A iniciativa contempla famílias com renda mensal bruta de até R$ 2.640. “Essa medida vai beneficiar construtoras de baixa renda e as que operam com o Minha Casa Minha Vida. Já nas de médio ou alto padrão não deve mudar muita coisa”, observa Renato Reis, analista da Blue3 Research.

Como escolher uma construtora para ganhar dividendos?

Rodrigo Medeiros, analista e fundador do Desmistificando Research, destaca que o melhor momento para investir em construtoras surge quando os juros ainda estão elevados e há a expectativa do primeiro corte da Selic. É neste momento que o preço das ações costuma ficar em uma faixa extremamente barata.

Contudo, ele afirma que no momento atual – após seis cortes da taxa, para 10,75% ao ano – ainda há espaço para montar uma posição no setor, mas é importante ter em mente que se trata de empresas cíclicas. Quando os juros estão muito elevados, fica difícil vender imóveis, gerar lucro e pagar dividendos. Já quando os juros recuam a receita das construtoras cresce, potencializando os lucros e os proventos.

Leia mais: Qual é a visão do BTG (BPAC11) sobre os investimentos no setor imobiliário?

Medeiros explica que nem sempre a receita e o caixa das companhias aumentam imediatamente com o corte de juros, porque boa parte dos imóveis são financiados e poucos pagos à vista. Assim, o bom investidor precisa entender em que estágio do ciclo as companhias se encontram. “As construtoras podem se apresentar como boa opção para dividendos neste momento, mas não constituem a típica empresa pagadora de proventos. Se você pensar em uma estratégia de longo prazo, nunca poderia ser uma empresa deste setor”, pontua Medeiros, que discorda que investimentos de curto e médio prazos no segmento, com foco em renda passiva, façam sentido.

Segundo o analista, outro fator importante envolve entender quanto uma construtora pode ter de lucro. Ele explica que nos balanços, as construtoras costumam fornecer uma informação chamada “resultados a apropriar” ou “margem a apropriar. Estas representam uma expectativa de receita das empresas com base nas unidades já vendidas. Além disso, o analista recomenda observar a evolução das vendas trimestre a trimestre, porque sem elas o lucro e o “resultado a apropriar” podem acabar diminuindo.

Gabriel Duarte, analista da Ticker Research, aconselha ao investidor entender como está a geração de caixa das construtoras e se o estoque de imóveis está saudável ou muito elevado. “As margens da empresa estão sendo preservadas ou estão em queda, sacrificando resultados para vender mais rápido? O nível de endividamento pode acabar prejudicando a geração de caixa ou está em um patamar aceitável?”, questiona o analista.

Preço e estoque

Para Renato Reis, da Blue3 Research, outro fator importante diz respeito ao preço. Segundo ele, não adianta comprar ações de construtoras caras para receber dividendos sendo que o papel pode se desvalorizar e fazer o investidor perder no retorno total. Reis cita também o volume sobre ofertas (VSO), que representa o porcentual de unidades comercializadas em relação ao total. “Imagine que o VSO de uma empresa é de 33%. Isso significa que ela vende todo ano 33% do total de imóveis ofertados”, exemplifica. Seguindo este exemplo, em três anos a companhia terá vendido quase 100%.

Mas Reis esclarece que algumas construtoras têm um VSO de 10% ou 8%, o que acaba trazendo à tona o risco do estoque de imóveis parado. “Estoque é um problema muito grave para construtoras, pode gerar custos e até quebrar uma companhia por questões de fluxo de caixa. É dinheiro parado”, afirma.

Investidor da construção embolsa lucro e setor sofre na Bolsa. E agora?

É importante também observar o histórico de dividendos das construtoras, porque nem todas as companhias remuneraram seus acionistas todo ano nos últimos três anos. Levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria, apresenta as empresas que tiveram constância nos seus pagamentos.

Construtoras que pagaram dividendos sem interrupção nos últimos 3 anos

Empresa
DY 12 meses até 15/04/2022
DY 12 meses até 15/04/2023
DY 12 meses até 15/04/2024
Mediana do DY em 3 anos

Lavvi (LAVV3)
8,80%
15,44%
10,93%
10,93%

Even (EVEN3)
7,69%
2,56%
10,05%
7,69%

Cury (CURY3)
5,60%
9,62%
7,14%
7,14%

Plano & Plano (PLPL3)
2,80%
5,60%
9,83%
5,60%

DIRR3 (DIRR3)
5,31%
10,04%
2,75%
5,31%

Mitre (MTRE3)
5,28%
4,74%
17,99%
5,28%

Melnick (MELK3)
4,81%
5,06%
16,75%
5,06%

JHSF (JHSF3)
4,97%
3,10%
9,94%
4,97%

Cyrela (CYRE3)
4,30%
3,69%
5,45%
4,30%

Trisul (TRIS3)
2,39%
4,99%
4,13%
4,13%

Helbor (HBOR3)
0,54%
4,77%
3,90%
3,90%

Eztec (EZTC3)
2,63%
2,11%
1,74%
2,11%

RNI (RDNI3)
0,12%
0,67%
2,68%
0,67%

Levantamento: Einar Rivero, Elos Ayta Consultoria

Quais construtoras devem pagar dividendos interessantes?

O E-Investidor conversou com analistas para entender quais construtoras teriam capacidade de entregar dividendos elevados em 2024.

Lavvi (LAVV3)

Max Bohm, estrategista de ações da Nomos, explica que a Lavvi atende o público de média e alta renda. A companhia tem feito lançamentos muito rentáveis. “A Lavvi trabalha com poucos projetos e lançamentos, mas que conseguem gerar bastante caixa. Por isso consegue pagar bons dividendos”, afirma.

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O analista aumentou a exposição a Lavvi (LAVV3) na carteira de dividendos da Nomos, para 6% em abril. “Gosto de ter este tipo de papel para dividendos porque também proporciona um pouco mais de potencial de valorização diante de uma classe que tem ganhos tímidos”, comenta. Bohm espera que a Lavvi entregue um dividend yield (retorno com dividendos) de 7% neste ano.

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Já Reis, da Blue3 Research, está mais otimista e projeta proventos de 12% para as ações LAVV3 em 2024. O analista explica que a companhia é uma das subsidiárias da Cyrela, focada em alto padrão. Ele também destaca o perfil da companhia de trabalhar com poucos lançamentos. “As vezes ela paga um bom dividendo porque fez poucos lançamentos, mas que foram muito bem acertados e venderam rápido, então faz distribuições grandes”, comenta.

Para Saravalle, da MSX Invest, a Lavvi vem surpreendendo positivamente e deve entregar bons dividendos, na ordem de 9,5% para 2024. A Lavvi também integra a carteira recomendada de dividendos da Rico, com um dividend yield de 9,6% para 2024.

Cyrela (CYRE3)

A Cyrela opera no segmento de média e alta renda, mas também possui participação na baixa renda. Cury, Lavvi e Plano & Plano são subsidiárias dela. “A Cyrela também ganha dinheiro com a Cury, Plano&Plano e Lavvi. Além disso, tem uma execução muito boa e dificilmente está com estoque parado”, aponta Reis. O analista projeta um dividend yield de 5,5% em 2024.

Analistas do BTG Pactual defendem que a Cyrela tem se destacado operacionalmente com projetos, vendendo rápido e a margens decentes. A companhia também está otimista em relação ao segmento de baixa renda após mudanças positivas no programa Minha Casa, Minha Vida.

Confira ainda: Como o FII do BTG virou queridinho do mercado mesmo com dividendo ‘baixo’

“Isso aumentou a acessibilidade para compradores de casas e o retorno dos projetos. Assim, a administração espera que sua subsidiária Vivaz e as joint ventures (cooperação entre empresas que geralmente implica em uma nova organização societária) com Cury e Plano&Plano continuem apresentando resultados sólidos”, avaliam os agentes de mercado. Os analistas do BTG calculam um dividend yield para CYRE3 de 3,6% em 2024 e 9,4% em 2025.

Max Bohm afirma que a Cyrela tem um balanço muito sólido e vem entregando resultados consistentes, com velocidade das vendas, crescimento nos lançamentos, margens resilientes e baixa alavancagem. Além disso, destaca que a companhia possui liquidez de negociação frente aos pares. “Com a entrada de investidores estrangeiros no Brasil, que buscam se posicionar no setor de construção, a Cyrela provavelmente será um dos alvos de compra”, comenta Bohm.

O  estrategista da Nomos espera um dividend yield de 5% para 2024.

Cury, Plano&Plano e Direcional

Reis, Blue3 Research, explica que estas companhias trabalham com o segmento de baixa renda e Minha Casa, Minha Vida. O setor chegou a passar por uma forte crise nos últimos dois anos por conta do aumento de preços dos materiais de construção, alta que não foi possível repassar no preço dos imóveis.

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Embora estas empresas tivessem as margens pressionadas, Reis afirma que Cury, Plano&Plano e Direcional receberam um impacto menor e já voltaram para níveis normais de resultados. “Elas têm um volume sobre ofertas (VSO) muito alto, de quase 50%. Ou seja, o ciclo para zerar os imóveis destas companhias leva entre um ano e meio a dois anos”, aponta Reis.

O analista espera que a Cury (CURY3) entregue dividendos de 9% em 2024, enquanto o dividend yield projetado para Plano&Plano (PLPL3) e Direcional (DIRR3) é de 8% e 5%, respectivamente.

Veja também: Elemento surpresa na Gafisa (GFSA3), ele embolsou R$ 44 milhões e “sumiu”

Os analistas Ricardo Peretti e Alice Correa, da Santander Corretora, mantiveram a sua recomendação de compra para as ações CURY3 com preço-alvo de R$ 25. “Projetamos um lucro líquido de R$ 640 milhões para 2024 e R$ 777 milhões para 2025”, destacam. A percepção positiva deles ocorre por três fatores: a força de vendas e esteira de projetos diferenciados nas principais áreas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Além disso, a companhia estaria negociando com valuation (valor de mercado) atraente e tem a capacidade de entregar um dividend yield de 6,5% para 2024.

Entre os aspectos que devem impulsionar o desempenho da Cury, estão a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, a redução da curva de juros de longo prazo e o fato de ter um yield (rendimento) elevado no setor.

Já entre os riscos, os analistas citam inflação de construção acima do esperado, aumento de taxas de financiamento imobiliário, falta de financiamento no Minha Casa, Minha Vida por saques do FGTS e alterações na fórmula de remuneração, assim como preços de terrenos mais altos em São Paulo e o Rio.

Ainda em relação a Direcional, Medeiros, da Desmistificando Research, cita que a relação custo-benefício é vantajosa. A companhia estaria mais barata do que a Cury.

Mitre e JHSF

Outra preferência dos analistas fica com a construtora e incorporadora Mitre (MTRE3), que atua na região de São Paulo. Segundo Gabriel Duarte, da Ticker Research, embora a empresa tenha enfrentado algumas dificuldades operacionais nos últimos trimestres, já há sinais de melhoria e evolução das margens.

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“A situação financeira da companhia é confortável e segue gerando caixa, o que favorece o pagamento de proventos em 2024, dado que a cotação das ações está depreciada”, detalha. Duarte espera um dividend yield de 13% para as ações MTRE3.

Para Saravalle, a Mitre também deve entregar bons dividendos diante da recente desvalorização das ações. A projeção é de um dividend yield de 10% para 2024. A Mitre também integra a carteira de dividendos da Rico, com um dividend yield estimado de 16,2% para 2024.

Duarte cita também outra companhia, a JHSF (JHSF3) que atua no segmento de alta renda e está buscando diversificar sua receita com outros segmentos como hotelaria, gastronomia, shoppings e até aeroporto executivo. “Além do crescimento esperado para a empresa nos próximos anos, no final de 2023, a companhia divulgou que distribuirá proventos de forma mensal em 2024”, comenta Duarte. A expectativa é de um dividend yield de 7%.

Confira abaixo outras ações de construção que os analistas esperam paguem bons dividendos:

Empresa
Dividend yield projetado para 2024
Quem recomenda?

Lavvi (LAVV3)
7% a 12%
Nomos, Blue3 Research, MSX Invest, Rico

Cyrela (CYRE3)
3,6% a 5,50%
Nomos, Blue3 Research, BTG, Empiricus e Genial

Eztec (EZTC3)
11%
MSX Invest

Even (EVEN3)
7%
MSX Invest, Desmistificando Research

Cury (CURY3)
6,5% a 9%
MSX Invest, Santander Corretora, Blue3 Research

Melnick (MELK3)
11%
MSX Invest, Warren, Desmistificando Research

Mitre (MTRE3)
10% a 16,2%
MSX Invest, Ticker Research, Rico

Direcional (DIRR3)
5%
Blue3 Research, Desmistificando Research

Plano&Plano (PLPL3)
7% a 8%
Blue3 Research

JHSF (JHSF3)
7%
Ticker Research

Fonte: levantamento E-Investidor com analistas

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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