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Agronegócio

O que são debêntures e como investir?

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No três primeiros meses de 2024, as ofertas de renda fixa foram o grande destaque do mercado de capitais brasileiro e totalizaram R$ 114,1 bilhões, o maior patamar registrado em um primeiro trimestre na série histórica, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Dentro da classe, quem teve maior destaque foram as debêntures, que lideraram as captações, com um salto de R$ 71,9 bilhões no período.

Ativo de renda fixa salta 94% no 1˚ trimestre; vale a pena investir?

Por mais que a modalidade esteja em crescimento, muitos investidores ainda podem ter dúvidas em relação ao funcionamento dessa aplicação. De forma prática, as debêntures são títulos de dívida privada emitidos por uma empresa para financiar a execução de projetos ou outros investimentos. Funcionam, portanto, como um “empréstimo” concedido pelo investidor à companhia que, em troca, fornece uma remuneração futura de juros na data do vencimento do ativo.

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Existem duas formas para emissões dos títulos: nominativas ou escriturais. As primeiras são aquelas em que os registros de investidores e as transferências de recursos são feitos pela própria empresa emissora, em seu livro de registros. Já no segundo caso, as informações sobre as transferências são mantidas sob a custódia de uma instituição financeira autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo a Anbima, as debêntures também podem ser classificadas como não conversíveis, conversíveis em ações ou permutáveis:

Não conversíveis: nessas emissões, não há possibilidade de as debêntures serem convertidas em ações;
Conversíveis: essas emissões asseguram aos titulares das debêntures o direito de convertê-las em ações da empresa ao término do contrato ou a qualquer momento, dependendo do que estiver estabelecido na escritura;
Permutáveis: essas emissões são similares às conversíveis, porém, as ações entregues ao investidor como forma de remuneração não são da própria companhia emissora, e sim de outras empresas.

Dentre as debêntures, existem ainda aquelas que são incentivadas. Elas permitem às companhias captar recursos no mercado para financiar projetos de infraestrutura. Nesse caso, o governo concede um benefício fiscal que é repassado a investidores pela isenção de cobrança do Imposto de Renda (IR). Nesta matéria, reunimos outros títulos de renda fixa que também são isentos de tributação.

Como investir?

Para começar a investir em debêntures, o investidor deve escolher uma corretora e abrir uma conta, informando seus dados pessoais. Depois, ele precisa transferir os recursos necessários para a aplicação e escolher o título desejado, dentre as opções disponíveis.

Nessa hora, é preciso se atentar a três riscos principais: o risco de crédito, relacionado a capacidade de pagamento do emissor; o risco de mercado, referente a fatores macroeconômicos; e o risco de liquidez, relativo à capacidade do investidor vender sua posição a um preço justo no mercado. Mais detalhes sobre cada um desses pontos podem ser conferidos nesta reportagem.

Uma forma de avaliar o risco de crédito de determinado emissor é acompanhar os relatórios de agências de ratings, como a Fitch, que determinam se as empresas são “boas” ou “más” pagadoras, a partir de notas. Geralmente, um rating “AAA” descreve um emissor com boa qualidade de crédito e, portanto, menos arriscado. No entanto, mesmo que a nota seja alta, o investidor ainda deve pesquisar sobre a empresa em que está investindo para conhecê-la melhor.

Feita a seleção a partir dos emissores, também é preciso ficar atento aos prazos de vencimento dos ativos. Caso o investidor precise vender a posição, ele pode negociar as debêntures no mercado secundário com certa liquidez. Mas, nesse caso, o preço do papel pode variar de acordo com o cenário macroeconômico.

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Os títulos são, portanto, opções mais adequadas para investidores com certo nível de conhecimento a respeito do mercado, dado que costumam ser ativos de vencimento mais longo e expostos a riscos mais elevados do que os títulos públicos, de risco soberano, ou títulos bancários como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que possuem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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