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Agronegócio

Oi (OIBR3): ação ficou atrativa após acordo com credores e empréstimo? Especialistas comentam

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A Oi (OIBR3) está no radar do mercado por duas notícias recentes: na última sexta-feira (19), a empresa fechou um acordo com alguns de seus credores para vender R$ 15,3 bilhões de seus ativos. A medida está sob avaliação da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A companhia também anunciou na segunda-feira (22) que assinou um termo de adesão de um financiamento de R$ 785,5 milhões na modalidade de debtor in possession (pessoa ou corporação que apresentou uma petição de falência, mas permanece na posse de bens sobre os quais um credor tem um penhor ou garantia semelhante).

“O referido financiamento terá vencimento em 30 de junho de 2027 e contará com garantias reais e fidejussórias em favor da companhia e/ou de sociedade afiliada”, segundo fato relevante.

Para analistas, a notícia é levemente positiva para companhia. Artur Horta, especialista em investimentos da GTF Capital, afirma que o empréstimo causa um alívio para companhia em termos de balanço. “A empresa terá o dinheiro necessário para compor o caixa, o que traz esse alívio temporário. No entanto, a Oi continua contraindo dívida, deixando a notícia não tão boa para o médio e longo prazo”.

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As ações da Oi acumulam alta de 6,25% em 2024. Já no pregão desta terça-feira (23), os papéis operam estáveis por volta das 15h23, a R$ 0,69.

A companhia encerrou o quarto trimestre de 2023 com uma dívida líquida de R$ 23,2 bilhões e um caixa de R$ 2,19 bilhões, o que torna o empréstimo fundamental na visão de Matheus Nascimento, analista da Levante Corp. “Essa é uma notícia boa, pois a companhia terá condições de seguir suas operações até que se concluam as vendas de todos os seus ativos”, aponta.

Já em relação ao acordo com os credores, os analistas dizem que esse é um passo importante para a empresa sair da recuperação judicial. Todavia, Nascimento comenta que, dado o grau de endividamento da companhia, torna-se complexo inferir que ela conseguirá sair do processo e seguir operando sem que haja um ciclo de investimentos robustos.

Horta destaca que a companhia está com um alto endividamento e precisa vender os R$ 15,3 bilhões em ativos para equacionar parte da dívida, o que torna o fim da recuperação incerto. “Além de a empresa não ter de forma definida o que ela conseguirá vender, ela também precisa melhorar a sua operação, visto que as concessões de telefonia fixa da empresa precisam parar de queimar caixa”, detalha Horta.

Está na hora de comprar ações?

Embora as ações subam no ano, os analistas comentam que investir na Oi segue longe de ser um bom negócio. Nascimento, da Levante, aponta que a Oi não é uma boa alternativa para o investidor que busca uma carteira de ações com ativos de alta qualidade, isto é, balanços saudáveis, operacionalmente lucrativa e que possua uma boa posição no seu segmento. “Com isso, a Oi segue, em minha visão, sendo um ativo que atrai muito mais investidores especulativos, dada a volatilidade nos preços de tela, e sua situação delicada”, afirma.

Horta, da GTF Capital, também diz acreditar que o papel não é tão interessante e que o investidor ainda precisa deixá-lo de lado. “Eu não vejo a Oi como uma boa opção de investimento pelo fato dos problemas estruturais que a empresa possui em relação às concessões de telefonia fixa, o que deve continuar queimando o caixa da empresa por muito tempo”, relata Horta.

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Os analistas da Genial Investimentos deixam claro que a recomendação para as ações da empresa é de venda. Eles lembram que a empresa diminuiu seu prejuízo em 71,8%, conforme o balanço do quarto trimestre de 2023, mas a companhia ainda mostra uma queima significativa de caixa operacional e continua a enfrentar uma dívida considerável. “Embora haja progresso no processo de recuperação judicial da empresa, permanecemos pessimistas em relação ao seu futuro. Portanto, mantemos nossa recomendação de venda”, ressaltam Antonio Cozman e Iago Souza, que assinam o relatório.

De modo geral, os analistas apontam dois papéis como uma boa alternativa para quem quiser se expor no setor de telecomunicações sem ter que comprar as ações da Oi. Arthur Horta diz que ações Vivo (VIVT3) são uma boa alternativa. “A empresa tem uma boa previsibilidade de receita e tende a pagar um bom dividendo ao investidor”, relata.

Já Matheus Nascimento, da Levante, também diz que a Vivo é uma boa opção de investimento para quem quiser lucrar com o setor da Oi. A corretora também recomenda compra para as ações da Tim (TIMS3). “A Tim possui menor valor de mercado em comparação à Vivo, mas também tem um histórico robusto de resultados, por isso a empresa é uma boa opção de investimento”, detalha Nascimento.

A Vivo encerrou 2023 com lucro líquido de R$ 5 bilhões, alta de 23,1% na comparação com o mesmo período de 2022. Já a Tim teve um lucro líquido normalizado de R$ 2,69 bilhões em 2023, um avanço de 50,4% na comparação com 2022. A Oi foi a única a amargar prejuízo de R$ 5,4 bilhões em 2023, deixando a empresa distante das demais companhias do seu setor.

A Levante possui recomendação de compra para Tim e Vivo com preço-alvo, respectivamente, de R$ 21 e R$ 57 para o fim de 2024. A cifra equivale a uma potencial alta de 16,8% para as ações da Vivo na comparação com o fechamento de segunda-feira (22). Já em relação às ações da Tim, a estimativa é de uma alta de 21,1% em relação ao encerramento do pregão de segunda-feira (22), quando as ações da Tim terminaram o dia cotadas a R$ 17,34.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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