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Agronegócio

Juros fecham em alta acompanhando os rendimentos dos Treasuries

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Os juros futuros fecharam em alta firme a sessão desta quarta-feira (24), influenciado pela puxada dos retornos dos Treasuries especialmente, as de longo prazo, trazendo ganho de inclinação à curva. À tarde, a pressão diminuiu um pouco com a ausência de novidades no cenário internacional e andamento da pauta econômica no Congresso. Internamente, o mercado acompanhou a participação de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, em evento pela manhã, na qual pregou “serenidade” da autarquia frente à reprecificação dos ativos globais.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,350%, de 10,296% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 10,63% (máxima de 10,67%), de 10,50% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2027 subia de 10,81% para 10,96%, com máxima de 10,99%. O DI para janeiro de 2029, que na máxima da manhã tocou 11,44%, projetava taxa de 11,42%, de 11,27% ontem.

Nas últimas sessões, o mercado vinha testando uma correção dos excessos na semana passada, mas hoje com o movimento forte dos juros americanos esse processo acabou sendo deixado de lado. O estrategista-chefe da Monte Bravo, Alexandre Mathias, afirma que os ativos locais têm tido a dinâmica comandada pelo exterior e, nesta semana, especialmente, “o juiz de tudo será o PCE na sexta-feira”, ao se referir ao índice de preços de gastos com consumo nos Estados Unidos. “Se vier de 2,80% para 2,70% tende a melhorar muito”, diz.

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A taxa da T-Note de 10 anos estava em 4,64% no fim da tarde, após chegar perto de 4,67% nas máximas, pela manhã. A alta de 2,6% nas encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos em março superou o consenso (2%) e desencadeou um estresse nas curvas de juros globais. O mercado voltou a reforçar a cautela com relação ao ciclo de corte pelo Federal Reserve, embutindo maior probabilidade a apenas uma redução neste ano.

Em evento em São Paulo, Galípolo lembrou que a permanência do juro americano em níveis altos aumenta a dificuldade na disputa por capital, já que há algum enxugamento da liquidez. Porém, disse acreditar que “mesmo com a reprecificação dos ativos no mundo, o Brasil pode se mostrar como um polo de atração de investimentos”.

Para ele, o BC tem de manter a posição de “parcimônia e serenidade” e evitar reagir rapidamente a variações de ativos, ainda que isso possa atrasar um pouco o seu processo de função de reação. “Acho importante a gente ter calma, entender como isso vai se desenrolar, ainda que o risco que você esteja correndo seja de estar um pouco mais atrasado nesse processo de função de reação”, disse.

Disse ainda que viabilidade de cumprir a meta de inflação do Brasil, de 3%, é um “não-tema” para o Copom. “A meta não é para se discutir, é para se perseguir.” O noticiário da reformas e da área fiscal foi agitado, com destaque para o projeto de lei que vai regulamentar a reforma tributária entregue ao Congresso Nacional.

Outro assunto no radar é a possível judicialização da desoneração da folha de pagamentos. A Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a lei e também quer que o Supremo declare inconstitucional a decisão de Pacheco de não prorrogar o trecho da Medida Provisória que estabeleceu a reoneração dos municípios. Para a equipe da Warren Investimentos, a ação tem forte embasamento técnico a favor do governo.

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Por fim, a perspectiva de desarmamento da “pauta-bomba” de R$ 70 bilhões melhora caso a Câmara não endosse a chamada PEC do Quinquênio, cujo impacto fiscal é estimado em R$ 40 bilhões. O presidente da Câmara, Arthur (PP-AL), disse que a proposta dificilmente prosperará na Casa.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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