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Agronegócio

O sonho da casa própria requer planejamento

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Casa própria: melhor forma de investir requer conhecimento dos ciclos da economia (Foto: Getty Images)

Este artigo completa a sequência de três publicações onde tentei trazer reflexões sobre nossa relação emocional e material como sonho da casa própria.

Há duas semanas, escrevi sobre imóvel usado como forma de investimento. Na semana passada, sobre nossa relação emocional com a posse do imóvel e os aspectos psicológicos subjetivos que precisamos conhecer para tomar melhores decisões.

Hoje, por fim, trago alguns aspectos práticos do planejamento de quem pretende adquirir moradia.

Comprar ou alugar?

As duas coisas valem a pena, tudo depende do contexto de mercado em que se esteja tomando essa decisão.

O setor imobiliário tem ciclos de alta e baixa, refletindo os movimentos da economia, que também tem ciclos. Então, quando o ciclo imobiliário está em alta, a melhor opção tende a ser alugar, já que a procura por imóveis é maior, encarecendo-os.

Leia mais:

Investir em imóveis ou em ativos financeiros: uma complexa decisão
Morar em imóvel próprio ou alugado? O que avaliar antes de decidir
Selic: como a taxa impacta seu bolso

Por outro lado, se estivermos em um ciclo de queda, comprar é a melhor alternativa, pois você consegue adquirir imóveis cuja prestação de financiamento é mais viável que o aluguel.

Por isso que reforço tanto a ideia de que conhecimento é poder. Se você acompanha o noticiário econômico, e reserva tempo para estudar e correlacionar as coisas, garanto que sempre saberá em que momento a economia se encontra, podendo pautar suas decisões com base no contexto real em que elas se dão.

O tipo de imóvel influencia a decisão entre compra ou aluguel

Financiamentos imobiliários com subsídio do Governo, como por exemplo o programa Minha Casa, Minha vida, cobram juros reduzidos. No caso de um imóvel de R$ 300 mil ou R$ 400 mil, sempre vale a pena o financiamento, já que o aluguel de um imóvel nessa faixa de valor representa muito mais em termos de comprometimento de renda do que um imóvel de alto padrão representaria.

No caso de imóveis de padrão mais elevado, a escolha entre o aluguel ou financiamento passa por avaliar o momento do ciclo de mercado, além de todos os aspectos subjetivos sobre os quais falei no artigo da semana passada.

Qual melhor forma para financiamento de imóvel?

Financiamento imobiliário é um empréstimo concedido pelos bancos para a compra, construção ou reforma de imóvel. Como contrapartida, o próprio imóvel fica como garantia e pode ser retomado pelo banco caso você não pague pelo empréstimo.

O financiamento imobiliário pode ser feito utilizando dois tipos de “tabela”. A Tabela PRICE ou a Tabela SAC. A diferença entre elas é a forma de amortização da dívida. Escolher entre uma tabela ou outra vai influenciar o valor das parcelas e na incidência de juros.

No financiamento pela tabela Price, o valor da prestação é fixo do começo ao fim, no entanto, a amortização de juros é menor no início, o que faz com que a parcela do financiamento comece mais baixa, mas são fixas do começo ao fim.

Pela tabela SAC, as parcelas têm amortização progressiva de juros, o que faz com que as prestações diminuam mês a mês até zerar.

A tabela SAC é a mais comumente utilizada, e também a mais vantajosa, já que se tem a certeza da redução das parcelas.

Dicas para quem pretende financiar imóvel

Se consideradas todas as variáveis, sua decisão for pela compra do imóvel, há duas coisas importantes que podem ajudar em sua jornada:

1. Nunca leve um financiamento até o fim, sempre faça a amortização das parcelas.

Amortizar significa reduzir sua dívida junto ao banco. Você sempre pagará a prestação do mês, mas deve juntar dinheiro para pagar além. Esse valor a mais vai irá reduzir a sua dívida e os juros junto ao banco.

Na tabela SAC você vai reduzir o saldo devedor, tendo a opção de manter o mesmo prazo e reduzir a parcela ou manter a parcela e reduzir o prazo.

Se o pagamento da parcela for confortável dentro de seu orçamento, e ainda assim você consegue juntar dinheiro para ir amortizando, então, reduzir o prazo é a melhor opção.

Se você consegue pagar a parcela, mas não sobra tanto para ir juntando e amortizando, então reduzir a parcela e manter o prazo é mais interessante, pois dessa forma sobrará dinheiro que você poderá ir acumulando para amortizar o financiamento.

Entretanto, se o seu financiamento for na tabela PRICE, você paga a prestação do mês e pode pagar outras. Nessa modalidade a grande vantagem é pagar a do mês e também as últimas, fazendo um pagamento de trás pra frente, conseguindo assim um grande desconto nessas últimas prestações.

2: Nem todo financiamento vale a pena ser amortizado.

No caso de financiamento pelo programa Minha Casa Minha Vida, é mais interessante você juntar o dinheiro e mantê-lo aplicado no banco, do que amortizar o financiamento.

Para saber o que é melhor, você deve comparar o juro do seu financiamento, aquele que vem descrito no boleto mensal e o juro da taxa Selic.

Quanto maior for a taxa Selic e, consequentemente, os juros recebidos nos investimentos de renda fixa, mais interessante será investir ao invés de amortizar um financiamento de juro muito baixo.

Espero que essas dicas ajudem você que precisa decidir se compra ou aluga, qual a melhor forma de financiamento e, sobretudo, sobre a importância do planejamento financeiro pessoal para tomar decisões que favoreçam a realização dos seus sonhos.

Eduardo Mira é investidor profissional, analista CNPI, pós graduado em pedagogia empresarial, coordenador do MBA  em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos da Anhembi Morumbi, sócio do Clube FII e sócio fundador da holding financeira MR4 Participações.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

 

 

 

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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