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Agronegócio

Dólar hoje: moeda fecha em baixa impactado pela inflação dos EUA

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O dólar à vista apresentou queda firme no mercado doméstico de câmbio nesta sexta-feira (26) e esboçou fechar no nível de R$ 5,10. Resultado dentro do esperado do índice de preços com gastos de (PCE, na sigla em inglês) nos EUA em março provocou leve baixa das taxas dos Treasuries longos, o que abriu espaço para uma recuperação de divisas emergentes.

Por aqui, a leitura do IPCA-15 de abril não afasta a possibilidade de que o Banco Central desacelere o ritmo de corte de juros e mire taxa terminal perto de 10% em razão do cenário externo, o que sugere manutenção de um bom diferencial de juros. O real também se beneficiou, segundo operadores, de uma conjunção de fatores locais favorável à diminuição de percepção de risco.

Além da liberação de dividendos extraordinários da Petrobras, que se traduz em reforço de caixa do governo, dois pontos amenizam as preocupações com a questão fiscal no curto prazo: a sinalização do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que a PEC do Quinquênio não vai avançar na Casa e a suspensão da desoneração da folha pelo ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin.

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Tirando uma alta pontual na abertura dos negócios, quando registrou máxima a R$ 5,1706, o dólar à vista trabalhou em queda ao longo do dia. Com mínima a R$ 5,1163 à tarde, em meio a máximas do Ibovespa, a moeda encerrou a sessão em baixa de 0,91%, cotada a R$ 5,1163, no menor valor de fechamento em cerca de 15 dias. A divisa termina a semana com desvalorização de 1,60%, mas ainda acumula alta de 2,01% em abril.

Operadores já notam também movimentos técnicos para rolagem de posições no segmento futuro na virada do mês e a disputa pela formação da última taxa ptax de abril na próxima terça-feira (30). Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para maio teve giro forte, acima de US$ 17 bilhões. Os estrangeiros seguem reduzindo posições compradas em derivativos cambiais (dólar futuro, mini contratos, cupom cambial e swaps), que superaram US$ 70 bilhões na semana passada, novo pico histórico.

As reiteradas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que não vai intervir no câmbio para amenizar alta do dólar provocada por mudanças de fundamentos – no caso, a reprecificação dos juros americanos – tiraram fôlego de movimentos especulativos em torno da moeda americana. “Com diminuição do estresse no exterior, não há justificava para manter um estoque tão grande de posição comprada, porque o custo já não é viável. Estão aproveitando para realizar lucros nesta semana e voltar a aplicar na Bolsa, que tem papéis com preços interessantes”, afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Lá fora, o índice DXY voltou a ultrapassar os 106,000 pontos nas máximas do dia, sobretudo por conta dos ganhos de mais de 1% da moeda americana em relação ao iene, atingindo o maior valor desde 1990. Mas o dólar caiu na comparação com as principais divisas emergentes pares do real (à exceção do peso chileno).

As moedas latino-americanas se recuperam nesta semana, diminuindo as perdas em abril, com o real apresentando o melhor desempenho nos últimos dias. “Embora o DXY tenha mantido certa estabilidade na semana em um patamar elevado neste ano, vimos uma diminuição do estresse no câmbio, com uma certa correção do exagero da semana passada. Mas não há mudança de vetores estruturais”, afirma a economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, que não vê alívio adicional para o real daqui para a frente, uma vez que o quadro ainda é de dólar forte no mundo. “Estamos muito colados ao cenário externo, se o Fed vai cortar ou não a taxa de juros.”

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O PCE e seu núcleo avançaram 0,3% em março em relação a fevereiro, ambos em linha com as projeções dos analistas. Após o PCE do primeiro trimestre, divulgado ontem junto com a primeira leitura do PIB americano, ter vindo acima do esperado, temia-se que a leitura de março viesse pressionada. Sem sustos no PCE de março, as chances de que o Fed promova um corte de juros em setembro avançaram, superando os 60%, segundo monitoramento do CME Group.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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