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Agronegócio

Valorização da Latam surpreende, mas há desafios para o setor

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Duas grandes empresas de aviação da América Latina vivem situações opostas. A Latam Airlines desponta com um crescimento impressionante, enquanto a Gol Linhas Aéreas enfrenta queda preocupante no seu valor de mercado.

Examinar esse contraste, esmiuçando as razões que explicam movimentos tão díspares, é um exercício que pode nos trazer insights úteis sobre o futuro do setor.

Crescimento estrondoso da Latam Airlines

A Latam Airlines, com sede no Chile, é um dos destaques entre as 19 empresas de transporte aéreo de passageiros analisadas*, registrando valorização das suas ações de 103,92% nos últimos 12 meses**, contados até 26 de abril de 2024.

Um dos pilares desse crescimento é a joint venture iniciada em outubro de 2022 com a Delta Air Lines, uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos. As duas companhias viram o número de passageiros nos voos entre Brasil e Estados Unidos crescer 63% em 2023.

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Isso foi acompanhado por uma elevação significativa na participação de mercado nacional da Latam, passando de 27,5% em 2022 para 34,8% em 2023, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A cooperação estratégica com a Delta permitiu à Latam expandir sua malha aérea e fortalecer sua presença no mercado internacional.

Outro fator que impulsionou a Latam foi o crescimento de sua malha aérea dentro do Brasil, com voos para mais de 50 aeroportos nacionais, além de sua posição como a principal empresa aérea a transportar turistas estrangeiros ao Brasil.

Tamanha expansão se reflete no valor de mercado da Latam, atualmente estimado em US$ 7,98 bilhões, o que a torna a maior empresa aérea latina da lista, com a sexta posição no ranking global.

Desafios para a Gol Linhas Aéreas

Ao contrário da Latam, a Gol Linhas Aéreas enfrenta um momento difícil. Nos últimos 12 meses (também contados até 26 de abril deste ano), a empresa registrou queda de 79,90% no retorno para os acionistas, além de uma desvalorização de US$ 396 milhões em seu valor de mercado.

Um dos fatores que contribuem para essa queda é o processo de recuperação judicial que a Gol enfrenta nos Estados Unidos, além da alta concorrência do setor e a necessidade de reestruturação interna.

Circulam rumores sobre uma possível fusão entre a Gol e a Azul, outra companhia aérea brasileira, mas a transação seria complexa e enfrentaria desafios regulatórios por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), além de prováveis empecilhos relacionados à recuperação judicial.

A fusão também poderia elevar o preço das passagens no Brasil, devido à concentração de rotas nacionais, o que demandaria um equilíbrio delicado entre competitividade e custos para os consumidores.

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Ademais, a própria Azul Linhas Aéreas também enfrenta queda nas ações em 12 meses – bem mais modesta, é verdade, na casa dos 2,27% –, atestando como a competitividade e a inovação continuam sendo essenciais para o sucesso no setor.

Ou seja: nem os rumores sobre uma possível fusão têm sido capazes de animar o mercado em relação à Gol, cujos desafios parecem ser bem mais complexos.

Perspectivas para a aviação na América Latina

O caso da Latam Airlines demonstra que parcerias e expansões internacionais podem impulsionar o crescimento de uma empresa do setor aéreo, enquanto a Gol precisa reavaliar seu modelo de negócios e resolver questões legais e financeiras para recuperar a confiança do mercado.

O futuro do setor de aviação na América Latina depende da capacidade das empresas de se adaptarem a um mercado em constante mudança. A possível fusão entre a Gol e a Azul pode ser um sinal de consolidação no mercado brasileiro, mas é fundamental garantir que essa união não prejudique a concorrência e os consumidores.

Acompanharemos as cenas dos próximos capítulos, torcendo para que as empresas latinoamericanas de aviação consigam superar suas dificuldades, trazendo, assim, mais estabilidade, competitividade e crescimento para o setor.

* a amostra considera todas as empresas aéreas de capital aberto listadas em LATAM, empresas dos USA e empresas de outros países com ADRs em NY.

** todos os índices de rentabilidade de ações citados foram calculados com os preços das ações em dólares (US$).

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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