Connect with us

Agronegócio

Chuvas afetam fase final de safras de soja, arroz e milho do Rio Grande do Sul

Avatar

Published

on

Soja – Fotos: VCG – GettyImages

Os prejuízos na zona rural só não são maiores porque o Estado já colheu a maior parte das lavouras de soja, arroz e milho da temporada.

As chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul trouxeram prejuízos para lavouras de soja, arroz e milho, ainda que a maior parte das áreas já tenha sido colhida no Estado, enquanto há preocupações com a qualidade e volumes das safras remanescentes nos campos, afirmaram integrantes do setor agrícola nesta quinta-feira.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

O grande volume de chuvas já causou a morte de pelo menos 13 pessoas, levando o Estado a decretar estado de calamidade pública.

“As chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul já vêm causando inúmeros transtornos e prejuízos… perdas nas áreas de soja, milho e arroz e outras culturas, mas também transtornos no meio urbano, já que muitas estradas estão bloqueadas…”, disse o agrometeorologista da Rural Clima Marco Antônio dos Santos, em boletim nesta quinta-feira.

Os prejuízos na zona rural só não são maiores porque o Estado já colheu a maior parte das lavouras de soja, arroz e milho da temporada.

O Rio Grande do Sul, a despeito das chuvas, caminha para ser o segundo produtor de soja do Brasil na safra 2023/24, atrás de Mato Grosso, após o Estado ter sido beneficiado pelo clima em boa parte do ciclo.

Até quinta-feira da semana passada, o Rio Grande do Sul havia colhido 66% das áreas de soja e 82% das de milho, segundo dados da Emater, que ainda não atualizou os números desta semana. Produtores de arroz do Estado, o maior produtor brasileiro deste cereal, tinham colhido 78,76% das áreas até a semana passada, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Siga a ForbesAgro no Instagram

Segundo Santos, da Rural Clima, nos próximos dias continuará chovendo em grande parte da metade norte do Rio Grande do Sul, além do extremo sul de Santa Catarina.

“Essas chuvas muito volumosas e sem intervalo com sol para colher sempre acabam trazendo prejuízos na questão da qualidade”, disse o analista da AgRural Adriano Gomes.

Segundo ele, a porção noroeste do Rio Grande do sul já está com a colheita na reta final, enquanto na parte ao sul há mais áreas por colher, “e é onde a preocupação é maior nesse momento”.

“Claro que quem ainda tem soja na região noroeste para colher acaba sendo prejudicado, mas boa parte já foi retirada do campo antes dessa onda de chuva mais recente”, pontuou.

Um corretor de grãos em Passo Fundo disse que cerca de 40% da soja ainda não foi colhida no sul do Rio Grande do Sul, enquanto no norte cerca de 80-90% da safra já foi colhida.

Antes das chuvas, a produção de soja do Rio Grande do Sul estava prevista para crescer quase 70%, para cerca de 22 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em dado do mês passado. No milho, a safra estava estimada em mais de 5 milhões de toneladas, alta de 37,5%, com o Estado se recuperando da seca da temporada passada.

No final de semana, as chuvas diminuem, dando uma trégua entre domingo e segunda. Porém, disse o meteorologista da Rural Clima, uma nova frente fria deve se formar no Sul entre 6 e 7 de maio, e a partir do dia 9 novas chuvas estão previstas para o Rio Grande do Sul.

“Volumes menores, mas qualquer chuva em solo extremamente encharcado já é caos.”

Prejuízos para o arroz

Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz), Alexandre Velho, o excesso de chuvas em várias regiões arrozeiras “trouxe muitos prejuízos, principalmente na região central”.

Ele disse que áreas plantadas na beira de rios foram inundadas no centro do Estado.

“Muito produtores não vão ter como colher em várias lavouras, a situação é grave e preocupante… infelizmente, alguns produtores perderam tudo”, afirmou ele, em um boletim.

De acordo com Velho, a federação está quantificando o tamanho dos prejuízos, e só será possível finalizar o trabalho quando a chuva parar, “porque hoje infelizmente nem estrada tem para chegar nas regiões”.

Segundo dados da estatal Conab, havia expectativa de crescimento da safra de arroz gaúcha em quase 8%, segundo estimativa divulgada no mês passado, para cerca de 7,5 milhões de toneladas. Isso representa aproximadamente 70% da produção brasileira.

O post Chuvas afetam fase final de safras de soja, arroz e milho do Rio Grande do Sul apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

Inscreva sua empresa na lista Forbes Agro100 2024

Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

Leia também

Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

Siga a ForbesAgro no Instagram

Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

Escolhas do editor

O post Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

Avatar

Published

on

By

O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

Publicidade

Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

Publicidade

Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

Continue Reading

Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

O post Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Popular