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Dólar hoje: moeda fecha em queda após sinalização do Fed

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O dólar apresentou queda firme hoje no mercado doméstico de câmbio e voltou a se aproximar do nível de R$ 5,10 no fechamento. A sinalização de ontem do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que não haverá alta de juros nos EUA continuou a reverberar hoje, levando a enfraquecimento adicional da moeda americana no exterior e a recuo das taxas dos Treasuries.

O real, que costuma apanhar mais em episódios de aversão ao risco, foi o que mais se beneficiou da recuperação do apetite de investidores por divisas emergentes, em especial as latino-americanas. Como o mercado local estava fechado ontem, em razão do feriado do Dia do Trabalho, a moeda brasileira refletiu hoje os eventos no ambiente externo na quarta-feira (1).

Jogou a favor do real também a alteração da perspectiva do rating do Brasil, de “estável” para “positiva”, pela agência de classificação de risco Moody’s. Segundo operadores, esse conjunto de informações abriu espaço para um movimento de correção mais forte da moeda, uma vez que o dólar fechou terça-feira (30) em alta de 1,51%, próximo de R$ 5,20 e com valorização de 3,53% em abril.

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Em baixa desde a abertura, o dólar à vista furou o piso de R$ 5,15 na primeira meia hora de negócios e tocou o nível de R$ 5,10 no fim da manhã. À tarde, a divisa esboçou operar abaixo de R$ 5,10, ao registrar mínima a R$ 5,1004, em meio ao aprofundamento da queda das taxas dos Treasuries. No fim do dia, o dólar recuava 1,53%, cotado a R$ 5,1128 – menor valor desde 11 de abril.

Para o sócio e diretor de investimento da Azimut Brasil Wealth Management, Leonardo Monoli, o mercado de câmbio “corrige hoje um pouco do excesso de pessimismo dos últimos tempos”, provocado pelas dúvidas sobre o nível de juros nos EUA ao longo deste ano, em razão da difícil conversão da inflação para as metas. “Como a barra para novas altas de juros por lá ficou mais elevada e ainda existe algum diferencial de juros a favor do real, o mercado consegue respirar”, afirma Monoli.

Como esperado, ontem o Fed anunciou manutenção da taxa básica na faixa entre 5,25% e 5,50%. A novidade foi a redução do ritmo mensal de redução do balanço do BC americano, de US$ 60 bilhões para US$ 25 bilhões a partir de junho – o que, na prática, significa retirar menos liquidez do sistema. Em entrevista coletiva, Powell disse que é “improvável” uma alta de juros nos EUA, hipótese que vinha ganhando corpo nas últimas semanas em meio à surpresa com a força da economia americana e temores de estagnação do processo de desinflação. Para combater uma inflação ainda elevada, disse o presidente do BC, os juros podem ser mantidos nos níveis atuais “por mais tempo”.

Amanhã, é divulgado o relatório mensal de emprego (payroll) nos EUA referente a abril, o que pode provocar mudanças nas projeções dos agentes para a taxa básica americano no fim do ano. O diretor de investimento da Azimut Brasil destaca que Powell “não sinalizou claramente que cortes nas taxas são prováveis neste ano” e tampouco afirmou que os juros “estão no pico”, como disse em outras ocasiões. “De qualquer maneira, como ficou claro na fala de Powell, eles estão longe de uma leitura de riscos mais simétricos para a inflação, de forma que a barra para novas altas está realmente elevada”, diz Monoli.

No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes – operou em queda firme e renovou mínima à tarde, aos 105,299 pontos. Destaque para os ganhos de mais de 1% do iene, que vem em uma toada de recuperação desde a semana passada, em meio a rumores de tentativa do governo de apoiar a moeda. Segundo Monoli, dados do Banco do Japão (BoJ) sugerem que houve mais uma intervenção, de aproximadamente 3,5 trilhões de ienes, o equivalente a US$ 22,5 bilhões.

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Para o economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, a solidez das contas externas e o menor risco político contribuíram para a mudança da perspectiva da nota de crédito brasileira pela Moody’s. “Mantemos a estimativa de valSão Paulo, 02/05/2024 – orização do real nos próximos meses por conta da robustez das contas externas e menor risco soberano”, afirma Oliveira, que prevê taxa de câmbio em R$ 4,85 no fim do ano. À tarde, o BC divulgou que o fluxo cambial em abril (até o dia 26) é negativo em US$ 741 milhões, com saída de US$ 10,635 bilhões pelo canal financeiro se sobrepondo à entrada líquida de US$ 9,893 bilhões via comércio exterior. No ano, o fluxo total ainda é positivo em US$ 4,021 bilhões.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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