Connect with us

Agronegócio

BB (BBAS3): valor das nossas ações está distante do justo, diz CEO; vale a pena investir?

Avatar

Published

on

A presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (9) que o valor das ações do banco continua distante do que a sua gestão considera justo e não reflete o fato de a instituição financeira, além de estar entre as mais rentáveis do Brasil, a que teve o maior Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês) entre os concorrentes.

O Banco do Brasil encerrou 2023 com ROE de 21,6%. O Itaú foi o concorrente que chegou mais próximo do BB no ano, atingindo o patamar de 21%.

Na noite desta quarta-feira (8), o Banco do Brasil divulgou o seu resultado financeiro referente ao primeiro trimestre de 2024, no qual reportou um lucro líquido R$ 9,3 bilhões, alta de 8,8% em relação ao mesmo período de 2023.

Publicidade

O BB encerrou o trimestre com retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 21,7%, alta de 0,7 ponto porcentual em base anual, mas uma baixa de 0,9 ponto porcentual em três meses.

Para os analistas ouvidos pelo E-Investidor, o banco teve um resultado sólido e robusto no período. Por isso, maioria recomendou compra para o papel. A equipe da Ágora Investimentos e do Bradesco BBI foi a única a possuir uma recomendação neutra para as ações.

Em relatório publicado nesta quinta-feira (9), Gustavo Schroden do Bradesco BBI e Renato Chanes da Ágora Investimentos ressaltaram estar preocupados com a evolução da margem com clientes do banco, que cresceu 4,1% na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, refletindo uma desaceleração contínua.

No segundo trimestre de 2023, houve um crescimento de 16,7%; no terceiro trimestre um de 8,7% e no quarto trimestre de 2023 houve um avanço de 4,1%, o mesmo do trimestre atual (1T24).

Provisões do BB e inadimplência preocupam

Os analistas do Bradesco BBI e Ágora Investimentos comentaram ainda que as despesas de provisão permaneceram em patamar elevado. O Banco do Brasil reportou R$ 8,5 bilhões em Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) no primeiro trimestre de 2024, alta de 45,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2023 e queda de 14,4% na comparação com o quarto trimestre de 2023.

A inadimplência acima de 90 dias foi de 2,62% no primeiro trimestre de 2023 para 2,9% no primeiro trimestre de 2024. Ainda assim, os especialistas do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos reconheceram que o Banco do Brasil teve um resultado sólido.

Publicidade

“O Banco do Brasil continuou reportando resultados sólidos e lucratividade, mas continuamos preocupados com sua margem com os clientes e com as tendências de qualidade de seus ativos. Por causa disso, mantemos nossa recomendação para a ação neutra”, apontam Schroden e Chanes.

Já os demais analistas estão otimistas com as ações da companhia. Para os analistas do BTG Pactual, o Banco do Brasil está no caminho certo para entregar o lucro de R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões no final de 2024. Para os analistas do BTG, o banco teve uma margem financeira robusta, impulsionada pelo banco Patagonia, instituição financeira argentina que pertence ao BB.

Segundo João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, o ganho veio da variação cambial sobre o resultado dos títulos atrelados ao dólar que o banco Patagonia mantêm na carteira. Com isso, a margem financeira bruta do BB cresceu 21,6% na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024. O crescimento está acima das projeções divulgadas pelo BB em fevereiro desse ano, visto que o banco prevê um aumento da margem financeira bruta entre 7% e 11% em 2024.

Durante a coletiva com a imprensa, o CFO do BB, Geovanne Tobias, reforçou que a projeção do ano será cumprida, ou seja, a margem financeira bruta deve convergir para dentro da meta estipulada. “Mesmo com essa alta acima do guidance, nós estimamos que o crescimento da margem financeira bruta deve se normalizar nos próximos trimestres e encerrar entre os 7% e 11% estipulados pelo banco”, apontou Tobias.

Ele também comentou que a tragédia no Rio Grande do Sul não deve prejudicar o lucro do banco no fim de 2024 e muito menos reduzir as estimativas de distribuição de dividendos. “Estamos consternados com o ocorrido, mas estamos arregaçando a manga para trabalhar e ajudar o Estado a se reerguer. Mesmo assim, é muito cedo para estimarmos que isso pode reduzir nosso lucro. Sendo assim, estamos confiantes de que vamos entregar esse payout de 45% do lucro, que é maior que os 40% pagos no ano passado”, afirmou o executivo.

Publicidade

Com as estimativas mantidas pela administração, os analistas disseram estar otimistas com o Banco do Brasil. O BTG Pactual recomendou compra para a ação com preço-alvo de R$ 36, uma potencial alta de 26,8% na comparação com o fechamento de quarta-feira (8), quando o papel encerrou o pregão a R$ 28,38.

Nos preços atuais, o BTG estimou que o Banco do Brasil deve entregar um dividend yield de 6,1% até o fim de 2024.

Já Mateus Nascimento, analista da Levante, calculou que o rendimento em dividendos do banco ficará em 12,2% ao final de 2024.

Ele também afirmou ter recomendação de compra para o papel com um preço-alvo de R$ 38, uma potencial alta de 33,9%. Ainda que a recomendação seja de compra, Nascimento fez um alerta para o investidor. “Com o preço justo ao redor de R$ 38,00, embutimos uma margem de segurança para o ativo ao redor de 15%. Com isso, o preço máximo para comprar o papel para ter um bom retorno em dividendos ao longo do ano seria ao redor de R$ 32,30”, calcula o analista.

Para ele, o Banco do Brasil é uma boa opção de investimento e o balanço do último trimestre reforça isso. “Os resultados vieram positivos qualitativamente, já que o banco reportou avanço em lucratividade e em rentabilidade, entregando melhoras no índice de eficiência”, diz Nascimento.

Publicidade

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

Inscreva sua empresa na lista Forbes Agro100 2024

Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

Leia também

Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

Siga a ForbesAgro no Instagram

Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

Escolhas do editor

O post Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

Avatar

Published

on

By

O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

Publicidade

Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

Publicidade

Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

Continue Reading

Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

O post Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Popular