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Investir em ações ou fundos de ações. Qual vale mais a pena?

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Investir diretamente em ações ou deixar a tarefa para os profissionais e investir por meio dos fundos de ações? Essa é uma das principais dúvidas do investidor pessoa física porque, nem sempre, os profissionais conseguem bater o mercado.

No entanto, há inúmeros exemplos de gestores de fundos de ações no Brasil que conseguem superar o Ibovespa de forma consistente. Dada a complexidade do mercado acionário, as instituições financeiras recomendam acompanhara os melhores gestores de fundos de ações. São profissionais que possuem “estratégia e disciplina para seguir seus mandatos de escolher ações de boas empresas com bons potenciais de ganho no longo prazo”, como afirma a XP nesta matéria.

É importante notar que os fundos de investimentos em ações são interessantes principalmente para os investidores que não têm tempo e nem experiência para acompanhar o mercado financeiro, que exige disciplina, estudos e muita leitura. E, como tempo é dinheiro, o melhor mesmo para um profissional de outras áreas, um advogado, médico ou engenheiro, é focar a atenção onde realmente seus esforços se pagam e, com o fruto dos esforços, procurar o mercado financeiro para manter e até ampliar o patrimônio.

Gestão de risco e desempenho

Por serem geridos por profissionais especializados, as equipes de analistas têm acesso a ferramentas de gestão de risco e desempenho que a maioria dos investidores individuais não têm. Os administradores de fundos também possuem mais dados sobre empresas nas quais investem e sabem avaliar quais informações são pertinentes para cada negócio investido. Além disso, muitas vezes possuem  comunicação direta com as diretorias e conselhos corporativos. Isso facilita a obtenção de dados que uma pessoa comum não tem acesso.

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Uma realidade bem diferente em relação à pessoa física, que pode sofrer com acesso a informações confiáveis, além de ter que dividir seu tempo entre as atividades diárias e o acompanhamento do mercado.

Outra vantagem dos fundos é a diversificação, mesmo para quem tem pouco dinheiro disponível para investir.  Quem compra cotas de um fundo, se beneficia de toda a composição do fundo, independentemente do valor aplicado. Apesar do menor envolvimento com o sobe e desce do mercado, o conforte exige um preço. Neste caso, o investidor terá de arcar com taxas de administração. Normalmente, os fundos de ações cobram 2% pela administração e 20% pela performance sobre o que exceder o a referência,  geralmente o Ibovespa ou outro índice da bolsa. Essas taxas podem reduzir a rentabilidade do fundo.

Além disso, os impostos sobre operações financeiras (IOF) e Renda (IR) são retidos na fonte. Nesta matéria é possível verificar como declarar de acordo com o prazo de vencimento dos investimentos do próprio fundo e o tempo em que o investidor mantém o dinheiro aplicado.

Liberdade versus o emocional

O custo, aliás, é uma das vantagens de se investir diretamente em ações porque permite isenção de IR sobre a venda das ações, limitadas a uma movimentação até R$ 20 mil por mês. Aplicar naquele papel interessante, seja buscando dividendos ou crescimento, não exige taxas de administração.

A liberdade de escolha – inclusive sobre o momento de compra e venda -, é o principal diferencial. Mas essa autonomia também teu seu preço, porque o mercado não perdoa quem erra e o prejuízo vem na certa. Por isso, operar um home broker é indicado para aqueles investidores que têm vivência de mercado e habilidade para analisar e gerenciar riscos.

Isso porque a pessoa fica totalmente exposta ao impacto emocional,  essa uma das principais desvantagens de se investir diretamente no mercado acionário. As emoções fazem o investidor tomar tomar decisões menos racionais em situações de estresse, o que termina afetando o desempenho da carteira. É quando os chamados vieses comportamentais afloram, a exemplo do efeito manada, em que a decisão de compra ou venda se dá de forma precipitada afetada por notícias.

Tempo é o senhor do lucro

Apesar de ser uma opção mais segura, investir em ações através do olhar de profissionais qualificados não livra o investidor de frustrações. No mercado de investimentos, o retorno de um ativo costuma ser analisado em comparação ao de um outro semelhante para medir o custo de oportunidade, é o chamado benchmark, o índice de referência.

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Bater o benchmark não é uma tarefa fácil. A maioria dos profissionais, aliás, falha nessa missão. A equação, no entanto, precisa levar em conta a paciência. Nesta matéria mostramos que os fundos apresentam maior dificuldade em superar o benchmark no curto prazo, em janelas de dois a três anos. Depois desse período, cerca de metade da indústria de fundos de ações consegue bater o Ibovespa, enquanto mais de 70% dos multimercados vence o CDI.

A visão de curto prazo, aliás, talvez seja a pior inimiga de quem aplica em fundos de ações. Nesta matéria da Bora Investir, o gestor do Fundo Guepardo, Octávio Guimarães, conta que 50% dos investidores que resgataram suas cotas saíram no prejuízo, mesmo o fundo possuindo uma rentabilidade positiva no longo prazo, e bem acima do índice de referência. “Girar rápido em fundos prejudica o bolso”, diz ele.

Outra desvantagem é o prazo de resgate, que costuma ser de cerca de 30 dias para fundos de ações. Isso significa que o investidor só terá seu dinheiro investido de volta após terminado o prazo determinado. Os fundos fazem isso para ter tempo para vender suas posições sem prejudicar a sua estratégia de investimento e também para evitar pedidos de resgates frequentes.

Para quem gosta do friozinho na barriga de investir diretamente na Bolsa, os fundos também podem servir como uma referência. Um levantamento da Quantum mostrou ações mais escolhidas pelos fundos de investimentos, com base nos dados divulgados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que conforme regulamento, obriga os fundos a abrirem suas carteiras após três meses. Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), BTG Pactual (BPAC11), Eletrobras (ELET3), Itaú Unibanco (ITUB4) e até Lojas Renner (LREN3) apareciam entre as mais escolhidas pelos gestores.

Gestão de carteira é a terceira opção

Como é evidente, ambas as opções de investimento apresentam seus prós e contras. A tarefa de selecionar um fundo de investimento em ações de boa qualidade pode ser bastante desafiadora.

A decisão final, no entanto, varia de pessoa para pessoa. Vários fatores influenciam essa escolha, como o perfil do investidor, a quantidade de tempo disponível para dedicar aos investimentos, o nível de conhecimento do mercado, entre outros. Até mesmo questões como a profissão podem ser levadas em conta para avaliar a disposição do investidor em relação ao seu perfil de risco.

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Aqui é possível acessar o Teste de Personalidade do Investidor para auxiliar o investidor na escolha de produtos de investimento mais adequados a sua personalidade.

Infelizmente, não há uma resposta definitiva para essa questão, mas há um atalho com a chamada  Gestão de Carteira de Investimentos, uma alternativa àqueles que preferem não investir diretamente em ações ou através de um fundo. Este serviço combina elementos de ambas as formas de investimento, com o investidor delegando a responsabilidade de sua carteira a um gestor credenciado pela CVM. Este profissional fica responsável pela estratégia de investimentos, as classes de ativos a serem adquiridos, buscando o melhor equilíbrio entre o risco e retorno.

A indústria de gestão de patrimônio no Brasil, aliás, tem passado por significativas transformações. A CVM está para colocar em vigor a Resolução 179. A norma pretende dar maior transparência às comissões pagas aos assessores de investimento, com o intuito de diminuir o conflito de interesses entre os profissionais e seus clientes.

 

 

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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