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Agronegócio

Da África aos EUA, como a IA melhora os alimentos e as relações de trabalho

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ChanakonLaorob_Getty

IA e suas ferramentas no campo ajudam o produtor na lida

A agropecuária é um dos setores mais interessantes nas transformações promovidas pela IA (Inteligência Artificial). Grande parte da atividade agrícola e pecuária envolve análises geoespaciais e o uso de dados detalhados para ajustar sistemas produtivos. Mas isso também é verdade em muitos outros setores.

Então, por que o setor chama tanto a atenção? A resposta está baseada no fato de que a IA é tão boa para o setor rural que os resultados das inovações tecnológicas são visíveis na cadeia alimentar. Em outras palavras, os frutos desse tipo de inovação despontam de uma maneira muito tangível.

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Entre as ferramentas modernas de IA que estão sendo aplicadas na agricultura atualmente, o uso de dados aéreos, térmicos e outros, para impulsionar soluções para as lavouras e criações, e criar eficiências, é um dos principais trunfos.

Um, entre muitos exemplos, é a startup norte-americana de software e soluções tecnológicas CultivateAI, com sede em Orlando, na Flórida, um empreendimento que está fazendo muito com esse tipo de informação e que tem como parceiros a John Deere Operations Center John Deere e a Wingtra, empresa que atende o mercado de agricultura de precisão nos EUA com drones e outros equipamentos.

As principais fontes de dados incluem imagens de drones de alta resolução e de satélite, cujos resultados são realmente impressionantes em muitos casos. Por exemplo, com o software e os serviços da empresa, os produtores rurais podem analisar aspectos como o uso do solo e culturas forrageiras, bem como monitorar instalações e ativos. Ao analisar as métricas, como o desempenho da produção, as fazendas melhoram o uso dos recursos.

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Parte do trabalho da CultivateAI envolve a integração de conjuntos de dados em uma plataforma baseada em nuvem que é realmente eficaz para os agricultores. Sejam dados de sensores de máquinas ou sistemas especializados para análise do histórico e relatórios, tudo funciona numa espécie de hub de software ERP, plataforma voltada para a redução de custos relacionados à TI (Tecnologia da Informação), que se conecta a outras partes da arquitetura de dados.

Para ligar esse tipo de software a sistemas como colheitadeiras com visão computacional, tecnologia que as máquinas usam para reconhecer imagens automaticamente e descrevê-las com precisão e eficiência — nos EUA, esse trabalho normalmente é feito por migrantes ou mão de obra local contratada –, agora está sendo feito com maestria por máquinas que podem colher e podar usando um processamento de imagem muito sofisticado, geralmente com redes neurais convolucionais (que demandam o mínimo de pré-processamento possível).

Então, conectando os sistemas a essas redes, o que se tem é algo centralizado que pode ser usado para levar a automação a um próximo nível.

Outro exemplo vem do continente africano. A Agricollab, empresa tocada por agricultores num modelo de franquia em toda a África, na qual com a solução de IA, é possível combinar as necessidades da empresa e dos trabalhadores. O sistema criado analisa o capital humano e como ele pode ser gerenciado.

“Somos uma companhia nascida no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês) e atuamos num eixo que abrange IA, sustentabilidade e agricultura. Estamos lidando com uma crise de mão de obra no campo, onde 33% das lavouras se perdem em função de gargalos na colheita”, diz Eric Haywood. “Nossa solução? Uma rede social com tecnologia de IA que conecta produtores rurais com a força de trabalho de que precisam, com o apoio de um avatar que rompe as barreiras do idioma, garantindo uma comunicação clara.”

Como em muitos outros tipos de ferramentas de IA, grande parte do valor da solução está na interface. É possível ver as partes interessadas e como elas são tratadas no aplicativo. Nos dias atuais, há um “caminho para o mercado” apresentado com o objetivo de otimizar o MVP (produto mínimo viável, na sigla em inglês). No caso da Agricollab, ela é o reflexo do crescimento das soluções trazidas pelas startups, que ajuda os agricultores que antes estavam acostumados a fazer suas tarefas baseadas em planilhas.

Tudo isso faz parte do processo de oferecer soluções de ponta às fazendas modernas. Há conexão entre o software de IA e, por exemplo, o melhor uso de culturas forrageiras ou o cultivo de produtos agrícolas mais suculentos, ou ainda uma colheita mais eficaz, com menos trabalho humano. Isso faz diferença em um mundo no qual as pessoas se preocupam com a produção de alimentos, além de ser uma das fronteiras da IA e do machine learning que vem sendo observada de perto.

*John Werner é colaborador da Forbes EUA e sócio-diretor da Link Ventures, companhia sediada no polo tecnológico de Massachussets Ele também foi vice-presidente da startup Meta, de realidade aumentada, com sede no Vale do Silício, na Califórnia.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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