Connect with us

Agronegócio

Dólar hoje: moeda fecha em queda à espera do Copom e dados dos EUA

Avatar

Published

on

O dólar à vista se firmou em leve baixa nas últimas horas de negociação, em sintonia com o exterior, e encerrou a sessão desta segunda-feira (13), em queda de 0,14%, cotado a R$ 5,1510. Na ausência de indicadores relevantes aqui e lá fora, investidores optaram por ajustes finos de posições à espera da agenda pesada desta semana, que traz a ata do Copom e dados de inflação ao produtor e ao consumidor nos EUA.

Pela manhã, a moeda até ensaiou uma queda mais pronunciada, quando registrou mínima a R$ 5,1245 em típico movimento de realização de lucros, dado que havia encerrado a semana passada com ganhos de 1,75%. Quedas das taxas dos Treasuries (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e leitura de inflação acima das estimativas na China em abril favoreciam divisas emergentes. As cotações do minério de ferro e do petróleo subiram.

Não por acaso, o dólar ganhou certo impulso no início da tarde e chegou a superar os R$ 5,16, com máxima a R$ 5,1639, quando houve desaceleração da baixa dos retornos dos Treasuries, na esteira de piora de estimativas inflacionárias em pesquisa mensal do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Nova York. Na última sexta-feira, levantamento da Universidade de Michigan já havia revelado deterioração das expectativas de inflação nos EUA.

Publicidade

“O mercado de câmbio está muito na defensiva hoje, com o dólar caindo um pouco à tarde em linha com o exterior. A expectativa é pela ata do Copom e pelos dados de inflação americana”, afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para quem houve certo exagero na reação do mercado ao dissenso no comitê de política monetária.

Espera-se que a ata do Copom traga amanhã detalhes sobre as razões que levaram os quatro diretores indicados pelo governo Lula a votar por um corte da Selic em 0,50 ponto porcentual. O comunicado do colegiado trouxe um tom duro, mais condizente com o corte de 0,25 ponto porcentual, para 10,50% ao ano, que acabou se concretizando com o voto de cinco integrantes mais antigos do comitê.

O dissenso no Copom levou uma ala do mercado a trabalhar com a ideia de um Banco Central mais leniente com a inflação a partir de 2025, com a substituição do atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e aumento do número de diretores indicadores por Lula – crítico ferrenho da gestão atual da política monetária.

Para o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, as incertezas em relação “à fundamentação técnica” que justificou a divisão no Copom devem ser esclarecidas na ata. “Independentemente disso, a expectativa de que o BC seja mais dovish com os juros em 2025 não deve ser revertida. Com apenas um voto a mais, a minoria vai passar a ser maioria”, afirma Velho, que vê a queda do dólar hoje como algo pontual.

Velho observa que, apesar do payroll do mês passado abaixo do esperado, que abriu espaço para queda dos Treasuries e recuperação de divisas emergentes, ainda não se vê desafogo na inflação nos EUA. “Nas entrelinhas, aumenta a proporção da diretoria do Fed que não quer cortar os juros em 2024, embora ainda não deva ser a maioria”, diz o economista.

Publicidade

As apostas para os próximos passos do Fed podem sofrer modificações relevantes nos próximos dias. Amanhã, o presidente do BC americano, Jerome Powell, participa de evento na Holanda e será divulgado o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos EUA em abril. Na quarta-feira, 15, sai o índice de preços ao consumidor (CPI) do mês passado.

Investidores ainda monitoram os possíveis impactos fiscais do justificado auxílio financeiro da União ao Rio Grande do Sul, em estado de calamidade por conta da devastação provocada por enchentes. À tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que vai propor ao Congresso um projeto de lei prevendo a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul por 36 meses. Cerca de R$ 11 bilhões que seriam destinados ao pagamento seriam revertidos para um fundo contábil para reconstrução do Estado.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

Inscreva sua empresa na lista Forbes Agro100 2024

Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

Leia também

Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

Siga a ForbesAgro no Instagram

Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

Escolhas do editor

O post Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

Avatar

Published

on

By

O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

Publicidade

Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

Publicidade

Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

Continue Reading

Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

O post Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Popular