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Agronegócio

Apesar da saída de Prates, 4 grandes bancos recomendam compra das ações da Petrobras (PETR4)

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As ações da Petrobras (PETR4) desabam no mercado nesta quarta-feira (15) após a demissão de Jean Paul Prates e consequente entrada de Magda Chambriard. Por volta de 13h49, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) recuavam 6,51%, a R$ 38,21. Já as ações ordinárias (PETR3) caíam 7,59%, a R$ 39,67.

Segundo os analistas Vicente Falanga do Bradesco BBI e Ricardo França da Ágora Investimentos, a queda é natural, visto que a troca gera incertezas sobre o futuro da empresa. Mas os dois comentam que a escolha de Chambriard é positiva, já que ela tem uma longa carreira no setor de petróleo e gás. Ela começou a trabalhar na Petrobras nos anos 1980, quando acumulou conhecimentos sobre todas as áreas em produção no Brasil e foi diretora da ANP entre 2012 e 2016.

Falanga e França creem que a gestão de Chambriard será focada em usar a Petrobras para desenvolver ainda mais a cadeia nacional de fornecimento de petróleo, possivelmente resultando em maiores investimentos para a companhia (potencialmente através da contratação de mais plataformas, navios de apoio, navios-tanque e navios de cabotagem), e fornecendo mais alívio de capital de giro para a indústria.

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“Lembramos também que o presidente Lula citou o desenvolvimento da indústria naval brasileira como uma de suas prioridades durante seu discurso de posse, mas acreditamos que o Brasil não tem vantagens competitivas para apoiar plenamente a crescente demanda do pré-sal; portanto, a atividade do estaleiro provavelmente se concentrará na construção de embarcações de apoio offshore e embarcações de cabotagem para a Transpetro”, apontam Falanga e França.

Apesar de estimarem que a empresa deve aumentar os investimentos, a dupla diz que as políticas de preços e de dividendos da Petrobras não devem ser alteradas no mandato de Chambriard. Isso porque esses pontos são fontes de embate que podem potencialmente entrar em conflito com a Lei das Estatais ou com acionistas minoritários e autoridades legais locais e internacionais (como a SEC).

Sendo assim, os analistas do Bradesco BBI e Ágora Investimentos comentam que a turbulência de hoje no mercado é uma oportunidade de compra para o investidor, visto que o papel tende a se recuperar no médio e longo prazo. “Se o nosso diagnóstico acima mencionado estiver correto, as ações poderão se recuperar gradualmente, como em casos anteriores de momentos agitados para a Petrobras”, argumentam Falanga e França.

Os analistas da Ágora Investimentos e Bradesco BBI recomendam compra para Petrobras com preço-alvo de R$ 47, uma potencial alta de 15% na comparação com o fechamento de terça-feira (14), quando a ação encerrou o pregão a R$ 40,87.

O BTG também recomenda compra, mas a indicação é para as ações da Petrobras listadas em Nova York, conhecidas como American Depositary Receipt (ADR). O preço-alvo é de US$ 19 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 13,8% na comparação com fechamento de terça-feira, quando as ações encerraram o pregão em Nova York a US$ 16,69.

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Os analistas do BTG afirmam que a mudança é surpreendente e aumenta o risco de qualquer ingerência política na empresa, o que deve fazer a ação sofrer na Bolsa. Mesmo com o aumento da desconfiança do mercado, o banco reitera a sua recomendação de compra para a Petrobras por acreditar que ainda há poucas evidências de que a empresa deixará de pagar dois dígitos de dividendos em 2024 e 2025. Por isso, a queda de hoje pode deixar o papel ainda mais atrativo.

“Preferimos permanecer consistentes com nossas decisões anteriores e evitar reagir exageradamente a mudanças repentinas do governo. Estimamos que a Petrobras deve pagar 14,4% do valor de sua ação em dividendos – Dividend Yield (DY) – em 2024 e 10,9% do preço de seu ativo em dividendos em 2025”, apontam Pedro Soares, Thiago Duarte e Henrique Pérez em relatório publicado nesta quarta-feira (15).

Já a equipe do Goldman Sachs usa as demissões ocorridas no governo Bolsonaro para exemplificar que a troca no comando da empresa não consegue mudar a governança corporativa. A mais dolorosa foi a troca de Roberto Castello Branco por Joaquim Silva e Luna em fevereiro de 2021.

Na época, Bolsonaro reclamava da política de preços da estatal, que seguia a paridade internacional. O ex-presidente havia criticado a alta de preços dos combustíveis pela Petrobras e disse dias antes que “algo iria acontecer na empresa”.

Após a demissão de Castello Branco, as ações preferenciais da Petrobras recuaram 21,51%, indo de R$ 15.44 para R$ 12,12 no dia 22 de fevereiro de 2021. O Goldman Sachs lembra que o mercado temeu uma grande interferência estatal na companhia na época. Desde então, as ações da Petrobras subiram 70,3%, indo dos R$ 12,12 em 22 de fevereiro de 2021 para R$ 40,87 no fechamento de terça-feira (14).

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“Notamos que outros presidentes mudaram o comando da Petrobras, mas no fim da história sempre vemos as ações se recuperando devido a fundamentos sólidos e uma melhora da governança corporativa da empresa iniciada em 2016 com a Lei das Estatais”, explicam Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins, que assinam o relatório do Goldman Sachs.

Sendo assim, os analistas estimam que a ação está atrativa e a empresa pode pagar 15% do valor de sua ação em dividendos em 2024. A nomenclatura é conhecida de forma técnica como Dividend Yield (DY). Para 2025, a estimativa é de um DY de 8,6% e um DY de 8,5% para 2026. O Sachs recomenda compra com preço-alvo de R$ 43,80 para as ações preferenciais da Petrobras, uma potencial alta de 7,4% na comparação com o fechamento de terça-feira (14).

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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