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Agronegócio

Jean Paul Prates deixa chefia da Petrobras; ADRs caem 8% no after market em NY

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REUTERS/Ricardo Moraes

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates: demissão após desgaste com o governo devido à questão dos dividendos

A Petrobras (PETR4) informou, na noite desta terça-feira, a saída de Jean Paul Prates do comando da estatal. Em um breve comunicado, a empresa informou que “recebeu nesta noite de seu Presidente, Sr. Jean Paul Prattes, solicitação de que o Conselho de Administração da Companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada.”

Segundo o comunicado “adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras.”

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Na presidência da estatal desde o início do governo Lula, Prates entrou em rota de colisão com o Executivo em março, quando decidiu reter os dividendos extraordinários que a estatal pagaria a seus acionistas – o maior deles é o próprio governo. Sem os polpudos dividendos da estatal, ficaria mais difícil equilibrar as contas públicas, o que desagradou Lula.

Em conversas com a equipe, Prates comunicou que sua sucessora é Magda Chambriard, funcionária de carreira da estatal que foi diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP) entre 2012 e 2016, durante o governo de Dilma Rousseff. Antes de ingressar na ANP, ela trabalhou durante 22 anos na estatal. Engenheira, atua como consultora na área de energia e petróleo.

(atualização)

Em um comunicado divulgado às 22:44, o Ministério das Minas e Energia (MME) confirmou a indicação de Chambriard. “A indicação será submetida aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da Companhia, com apreciação pelo Comitê de Pessoas e pelo Conselho de Administração, nos termos do artigo 150 da Lei 6.404/76 e dos artigos 20 e 25 do Estatuto Social da Companhia”, segundo o Comunicado. No texto, a Petrobras informa que Chambriard “iniciou sua carreira na Petrobras, em 1980, atuando sempre na área de produção, onde acumulou conhecimentos sobre todas as áreas em produção no Brasil”.

Analistas não gostam

A notícia saiu quando os pregões em São Paulo e em Nova York já haviam encerrado suas atividades. No entanto, os American Depositary Receipts (ADR) da Petrobras ainda eram negociados no pós-mercado (after market) em Wall Street. A reação foi ruim. As ADRs da Petrobras fecharam no pós-mercado com uma queda de cerca de 8%.

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Analistas ouvidos pela Forbes prevêem uma abertura das ações em forte baixa no pregão desta quarta-feira (15). A decisão foi “péssima”, avalia Flávio Conde, analista da Levante Investimentos. “Não especificamente pela pessoa que vai entrar, mas porque mostrou que a interferência política segue enorme na companhia”, diz ele.

Rodrigo Marcatti, CEO da Veedha Investimentos, avalia que haverá um forte impacto no curtíssimo prazo. “O processo de fritura do Jean Paul Prates é muito ruim, essa interferência do governo pega muito mal”, diz ele. “Prova disso é a queda dos ADRs em Nova York.” Segundo Marcatti, a mudança não deverá alterar radicalmente os resultados da estatal, mas é uma sinalização ruim. “A ação deverá sofrer nos próximos dias”, afirma Pedro Lang economista e sócio da Valor Investimentos.

Para Conde, da Levante, “é absurdo que uma empresa estratégica como a Petrobras tenha tido oito presidentes em quatro anos”. Segundo ele, isso é uma das explicações por que as ações da estatal estão sendo negociadas mais barato que suas concorrentes. “A Petrobras está cotada a 4,5 vezes lucro, ao passo que a Exxon está valendo 7 vezes lucro e a PetroChina vale 10 vezes lucro”, diz ele. “Isso mostra como a ingerência do governo repercute negativamente junto aos investidores.”

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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