Agronegócio
Quanto preciso investir para viver de renda com os dividendos da Petrobras (PETR3/PETR4)?
A saída repentina de Jean Paul Prates do comando da Petrobras (PETR3/PETR4) nesta semana aumentou as especulações do mercado sobre uma possível redução dos dividendos nos próximos anos. Com o desejo do governo em acelerar os projetos de investimento, a tendência é que o lucro da empresa reduza e impacte no volume de proventos distribuído aos acionistas. Mesmo com essa possibilidade no radar, as ações da petroleira podem ser um caminho interessante para os investidores que buscam viver de renda passiva.
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Essa é a avaliação de Fábio Sobreira, analista CNPI-P da Rocha Opções de Investimentos. Para ele, o dividend yield (DY) da Petrobras deve ficar próximo de 12% ao ano, patamar já considerado acima da média das empresas brasileiras, caso o novo comando da Petrobras atenda os pedidos do governo e acelere a execução dos projetos fora do core business da estatal, como as obras de refinarias e investimentos na indústria naval.
“Pelas declarações de pessoas ligadas ao governos, a ideia é retornar os investimentos na Petrobras e diminuir um pouco os dividendos. Particularmente, não acho que irão pôr um fim aos dividendos extraordinários, mas devem limitá-los”, diz Sobreira.
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O Bradesco BBI e a Ágora Investimentos também possuem uma perspectiva similar. Embora reconheçam a intenção do governo em aumentar os investimentos da Petrobras, ambos ressaltam que a política de distribuição de dividendos da estatal não deve ser alterada nesta nova gestão. A avaliação está ancorada na resistência que o governo enfrentará caso deseje realizar alguma mudança, sendo uma delas a Lei das Estatais, como mostramos nesta reportagem.
Viver de renda com os dividendos da Petro
A avaliação dos agentes do mercado permite ao investidor estabelecer um planejamento de investimento com o objetivo de ganhar uma renda passiva com os dividendos da estatal. Com base no histórico dos últimos cinco anos, a simulação de Sobreira, realizada a pedido do E-Investidor, mostrou que os aportes mensais de R$ 500 em ações da Petrobras durante 11 anos devem se transformar em um patrimônio de quase R$ 200 mil.
Ao levarmos em consideração o dividend yield (DY) dos últimos 12 meses, esse valor seria o suficiente para garantir uma renda mensal de R$ 3 mil ao investidor. Agora, se manter a periodicidade das aplicações por mais três anos, pode conseguir um “salário” de R$ 5 mil com os investimentos na Petrobras. Segundo Sobreira, esse planejamento se torna viável porque a estatal tem apresentado bons indicadores operacionais nos últimos trimestres.
Veja quanto você precisa investir em Petrobras para ter uma renda mensal de R$ 3 mil
Ações
DY atual
Tempo de investimento
Patrimônio necessário
PETR4
19,07%
10 anos e 9 meses
R$ 188,8 mil
PETR3
18,35%
11 anos e 2 meses
R$ 196,2 mil
Fonte: Fábio Sobreira, Analista CNPI-P da Rocha Opções de Investimentos
Veja quanto você precisa investir em Petrobras para ter uma renda mensal de R$ 5 mil
Ações
DY
Tempo de investimento
Patrimônio necessário
PETR4
19,07%
13 anos e 4 meses
R$ 314,6 mil
PETR3
18,35%
13 anos e 10 meses
R$ 327 mil
Fonte: Fábio Sobreira, Analista CNPI-P da Rocha Opções de Investimentos
Veja quanto você precisa investir em Petrobras para ter uma renda mensal de R$ 10 mil
Ações
Dividend Yield
Tempo de investimento
Patrimônio necessário
PETR4
19,07%
17 anos
R$ 629,3 mil
PETR3
18,35%
17 anos e 8 meses
R$ 654 mil
Fonte: Fábio Sobreira, Analista CNPI-P da Rocha Opções de Investimentos
“Os números da Petrobras estão excelentes com um ROE (retorno sobre patrimônio) de 35% e com uma margem de lucro líquida de 25%”, afirma o analista da Rocha Opções de Investimentos. No entanto, a realidade atual exige que o investidor fique atento à volatilidade do petróleo e a interferência do governo na gestão da companhia. Esses dois fatores podem impedir a entrega de bons resultados nos próximos anos.
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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