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Tesouro IPCA + 6% pode te ajudar a juntar R$ 500 mil para a aposentadoria

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Um ativo de renda fixa segue chamando a atenção dos investidores: o “Tesouro IPCA+”, como é conhecido o título público que paga a variação da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa prefixada, está com 6% de juro real. Ou seja, tem rentabilidade acima da inflação.

Esse nível de retorno geralmente só é visto em momentos de crise econômica. Segundo um levantamento feito pelo Quantum Finance, o Tesouro IPCA+ atingiu 6% ou mais de retorno real em menos de 25% das sessões nos últimos 10 anos. Entre os fatores que levaram à “abertura da curva de juros” brasileira, ou seja, à escalada dos juros futuros com impacto sobre os títulos públicos, está a política monetária nos EUA e da agudização dos riscos fiscais no Brasil.

Disparada de taxas do Tesouro IPCA+ para 6% surpreende o mercado; entenda os motivos

Um juro real de 6% tem um efeito multiplicador poderoso no capital investido. Em 10 anos, é possível quase dobrar o capital investido em termos reais (considerando só o que ficou acima da inflação).

Por isso, o Tesouro IPCA+ é apontado como uma boa forma de planejar a aposentadoria ou complementá-la. “É uma opção de investimento com rentabilidade acima da inflação, o que pode ser benéfico para o planejamento da aposentadoria. Excelente opção para investir a longo prazo”, afirma Gustavo Corradi Matos, economista, CFP® e CIO da Medici Asset, empresa do Grupo NanoCapital.

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Além de manter o poder de compra ao longo do tempo, é considerado um dos papéis mais seguros do mercado financeiro, já que é emitido pelo governo federal. Portanto, para que um “calote” ocorra, a União teria que entrar em falência. Nesse cenário de caos, todas as outras companhias do país já teriam “quebrado” antes dos cofres públicos.

“Essa segurança é crucial para um planejamento de aposentadoria, onde a preservação do capital é tão importante quanto a rentabilidade”, ressalta Vanessa Leone, educadora financeira, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital. “Outro ponto positivo é a previsibilidade. Com o Tesouro IPCA+, é possível saber exatamente quanto será recebido no vencimento, permitindo um planejamento financeiro mais preciso e sem surpresas desagradáveis.”

Contudo, vale lembrar que a rentabilidade oferecida no momento da compra é garantida desde que o título seja levado até o vencimento. Caso o investidor tire antes do prazo, poderá ter prejuízos pelos efeitos da “marcação a mercado” – isto significa que dependendo da demanda por aquele papel no momento da venda, ele poderá ser recomprado com ágio ou deságio.

Geralmente, se as perspectivas para os juros sobem, esses títulos se desvalorizam na carteira. Já quando a expectativa para as taxas caem, o Tesouro IPCA+ tem ganhos. O ideal, portanto, é olhar para o longo prazo e investir uma quantia que não fará falta até a data do vencimento, como o dinheiro pensado exclusivamente para aposentadoria.

Aposentadoria em 10, 20 ou 30 anos

Hoje, o Tesouro Direto, plataforma em que são comercializados os títulos públicos, oferece uma gama papéis atrelados à inflação e que estão com 6% ou mais de juro real.

Pensando em aposentadoria, as modalidades mais indicadas são o Tesouro IPCA+ “clássico”, aquele em que você investe e tem um prazo para resgatar o capital corrigido pela inflação mais juros prefixados, ou o Tesouro Renda+, que possui uma fase de acumulação e outra de distribuição do capital por 20 anos.

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O quanto de dinheiro que o investidor precisará aportar mensalmente para conseguir se aposentar via título público de inflação varia conforme o objetivo, prazo e do título escolhido (IPCA+ ou Renda+). Em relação ao título clássico, é preciso entender qual é o montante que o investidor deseja ter na aposentadoria.

Para chegar a R$ 500 mil via Tesouro IPCA+ clássico em 10 e 20 anos, por exemplo, serão necessários aportes mensais de R$ 2,3 mil e R$ 731,98, respectivamente.



Já no Tesouro Renda+, o pensamento é um pouco diferente. O investidor precisa estipular quanto quer receber de rendimentos ao mês por um período de 20 anos após a fase de acumulação. Para conseguir uma renda de R$ 3 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil em 20 anos, será necessário realizar aportes mensais de R$ 501,66, R$ 841,02 e R$ 1.674,67 ao mês por 10, 20 ou 30 anos.



Tesouro IPCA + diversificação

É claro que, quanto mais longo é o prazo, mais diversificação é possível fazer. Isto é, combinar o investimento em Tesouro IPCA+ com outros papéis para turbinar os rendimentos e até mesmo o nível de proteção.

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Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças, aponta que um ativo que pode também gerar proteção ao longo do tempo, além do IPCA+, é o dólar. Para quem tem Tesouro IPCA+ com pagamento de juros semestrais, por exemplo, é possível utilizar a rentabilidade repassada a cada seis meses para comprar esses investimentos alternativos.

Para se expor a uma moeda forte, não é necessário comprar diretamente a divisa. No caso do dólar, essa exposição pode ser feita via compra do índice, como norte-americano S&P 500, por meio de ETFs (fundos de índice).

“O S&P acumula uma rentabilidade histórica acima de 9% ao ano nos últimos 15 anos”, diz Glaciano. “Teríamos uma estratégia mais inteligente, tendo em vista que ter uma moeda forte é mais importante do que ter alta taxa de rentabilidade quando o objetivo é longo prazo/aposentadoria.”

Gustavo Araújo, economista e especialista em investimentos, vai um pouco além. “Para aposentadoria em 20 anos, títulos de renda fixa de longo prazo, como o Tesouro IPCA+ com vencimento próximo ao período desejado, podem ser uma escolha. Para 30 anos, considerar uma diversificação entre renda fixa e variável, incluindo títulos como ações e fundos imobiliários”, afirma.

Veja aqui como montar uma carteira de longo prazo.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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