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Nubank (ROXO34) pode ser ameaça para empresas de telefonia, diz XP

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A entrada do Nubank (ROXO34) no mercado de telefonia pode ser um “divisor de águas” para o setor e afetar empresas como Tim (TIMS3) e Telefônica Brasil (VIVT3), segundo a XP Investimentos.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira (20), a casa considera que a fintech tem potencial para se sair bem em sua nova empreitada, apesar dos riscos de execução e da falta de visibilidade do seu plano.

Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o acordo de credenciamento entre a Claro e o Nubank, permitindo a criação de um Mobile Virtual Network Operator (MVNO, na sigla em inglês) – ou Operador Móvel Virtual, em português – que utilizará a infraestrutura de rede da Claro. Na prática, o MVNO é um modelo de negócio com poucos ativos que evita a necessidade de investimentos significativos em torres, antenas e outras infraestruturas de rede complexas.

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Dessa forma, o MVNO não possui uma rede ou frequência própria, sendo apenas responsável pelo marketing, pelos serviços de faturamento e pelo atendimento de apoio ao cliente. Ou seja: a empresa interessada em prestar esse serviço “aluga” parte da infraestrutura de um operador tradicional e oferece conectividade com a sua própria marca e personalização.

Para conseguir prestar o serviço aos seus clientes, a operadora virtual assina acordos comerciais com as operadoras móveis tradicionais, como o realizado entre o Nubank e a Claro. “Embora as informações sobre os planos do banco para esse mercado sejam limitadas, acreditamos que eles lançarão suas ofertas ao longo do terceiro trimestre de 2024. Essa crença foi de certa forma reforçada pelo fato de o Nu ter recusado comentar nossos pedidos específicos sobre o assunto”, esclarecem os analistas Bernardo Guttmann, Marco Nardini, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam o relatório da XP.

A casa acredita que os principais desafios envolvendo a entrada do Nubank nesse mercado estão nas limitações competitivas, nos preços e na capacidade de manter baixos custos de aquisição e de serviços. No entanto, certas características do plano da fintech aumentam as probabilidades de sucesso.

Primeiramente, a empresa optou por um modelo de contratação distinto, que não se baseia apenas na capacidade da rede e deve englobar um acordo de partilha de receitas com a Claro. Além disso, na visão da XP, a estratégia seguida pelo Nubank prevê uma estratégia de execução diferenciada com custos de aquisição mais baixos e um forte canal de interação com o cliente e de recarga.

A corretora pontua que a fintech já atingiu 22% do mercado de recargas no segmento pré-pago no Brasil, então sua empreitada como MVNO não começará do zero. Os cálculos da casa indicam que o banco poderia atingir cerca de 11 milhões de usuários pré-pagos e 7,5 milhões de usuários pós-pagos em três anos, capturando uma participação de mercado de aproximadamente 7% e gerando um Valor Presente Líquido (VPL) de US$ 655 milhões. O VPL é um indicador financeiro que avalia o fluxo de caixa de um possível investimento, olhando os valores presentes.

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“Esse contato direto e frequente com os clientes certamente está ajudando o banco a melhorar sua modelagem de crédito e permitirá ao Nubank aprofundar o entendimento dos padrões de uso, melhorar a qualidade do serviço prestado e facilitar o processo de aquisição”, destaca a XP, que também avalia que o potencial sucesso no mercado de telefonia poderia confirmar a capacidade de inovação do Nubank em novos negócios.

Como Tim (TIMS3) e Telefônica Brasil (VIVT3) devem ser afetadas?

A corretora usa a teoria do “cisne negro”, do economista Nassim Taleb, para explicar o que pode acontecer com o mercado de telefonia brasileiro a partir da entrada do Nubank. A expressão designa um evento imprevisto e com baixa probabilidade de acontecer, mas que traz consequências muito fortes.

Portanto, por mais improvável que possa parecer, a verdadeira ameaça competitiva para o setor de telecomunicações pode vir de uma instituição financeira. Embora ainda seja cedo para dizer, a XP afirma que o potencial de impacto deve ser significativo, tanto em termos de perda de fatia de mercado para a Tim e a Telefônica Brasil, como de redução do conjunto de receitas do setor, com a entrada de um operador mais agressivo na questão de preço.

Na avaliação da casa, a Tim poderá ser marginalmente mais afetada, devido à sua relevância no segmento pré-pago e à sua maior base de clientes no segmento controlo. Já a Vivo deve estar mais protegida no segmento pós-pago, devido aos seus pacotes de serviços, que podem reduzir a propensão de migração dos clientes. “Numa escala de ‘remoto’, ‘possível’ e ‘provável’, acreditamos que é ‘provável’ que ocorra algum nível de impacto para as empresas atuais”, ressalta a corretora.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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