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FIIs: concorrentes encontram solução para disputa acirrada; isso é bom para o investidor?

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Os gestores dos fundos de investimentos imobiliários (FII) XP Logística (XPLG11) e CSHG Logística (HGLG11) encontraram uma solução atípica no mercado financeiro para um problema envolvendo dois imóveis, localizados na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Quase vizinhos de “parede” e em busca do mesmo inquilino, a concorrência entre os galpões Syslog Gestão, do fundo XPLG11, e o HGLG Washington Luiz, propriedade do HGLG11, era uma dor de cabeça para as gestoras. O impasse só teve fim quando os fundos decidiram formar uma sociedade.

A empreitada aconteceu em maio e resultou na seguinte operação: o XPLG11 comprou 49% do imóvel HGLG WL, pertencente ao fundo HGLG11. A aquisição custou ao fundo R$ 79,7 milhões. Por outro lado, o XP Logística decidiu vender a mesma proporção (49%) do Syslog Galeão para o concorrente HGLG11, que comprou a participação por R$ 88,3 milhões. O objetivo central dessa estratégia visa ampliar o poder de barganha comercial dos empreendimentos na região.

Ou seja, se uma empresa negociar uma locação no Syslog Galeão e preterir o HGLG Washington Luiz – e vice-versa –, os dois fundos imobiliários irão se beneficiar do fechamento do contrato. “A transação de compra e venda dessas frações foi precificada de forma neutra em termos de rentabilidade implícita para os dois fundos, de modo que aqui não há ganhadores ou perdedores e, sim, uma verdadeira parceria comercial e estratégica”, afirma Danilo Barbosa, sócio e head de research do Clube FII.

Leia mais: Como a última decisão do Copom vai mexer nos seus dividendos de FIIs?

Os condomínios logísticos estão situados próximos à rodovia Washington Luís, que liga a cidade de Duque de Caxias à capital do Rio de Janeiro e também ao aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão). Devido à alta concorrência, a região costuma ser conhecida pela pressão dos locatários por aluguéis baixos, o que prejudica na rentabilidade e na ocupação dos imóveis.

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Para Marcelo Fayh, analista de fundos imobiliários, a operação construída por XPLG11 e HGLG11 pode ser avaliada como um case de sucesso na indústria de fundos imobiliários. “Por qual motivo agora o fundo vai baixar o preço da locação para ganhar um inquilino? Agora, tanto faz se a locação ocorrer em um imóvel do XP Logística ou do CSHG Logística. Os dois vão receber o mesmo aluguel”, avalia Fayh.

Em julho de 2020, quando o fundo XP Logística adquiriu o Syslog Galeão, o imóvel possuía uma vacância (aérea desocupada) de 74%, com mais de 42 mil metros quadrados sem gerar receita. Após a realização de investimentos e de um estudo sobre o público-alvo do condomínio logístico, o imóvel aumentou a taxa de ocupação para 93%. Já o HGLG Washington Luiz foi comprado pela gestão do HGLG11 em julho de 2021 e possuía uma taxa de ocupação em torno de 69,1% da área do condomínio logístico. Hoje, a vacância do imóvel corresponde a apenas 11%.

Saiba mais sobre os fundos XP Logística e HGLG Logística

FII
Início do fundo
Patrimônio Líquido
Nº de cotistas
Rendimento
por cota
DY anualizado

XPLG11
Junho de 2018
R$ 3,3 bilhões
346,7 mil
R$ 0,78
8,90%

HGLG11
Maio de 2010
R$ 5,5 bilhões
472,3 mil
R$ 1,10
8,1 %

Fonte: XP Asset e Patria Investimentos

Qual a vantagem para o cotista?

A operação de compra e venda dos dois imóveis também deve trazer benefícios para os cotistas dos fundos imobiliários. No caso do XP Logística, haverá um ganho de capital de R$ 17,3 milhões, equivalente a R$ 0,59 por cota, com a venda parcial do Syslog Galeão. Há também a estimativa de um acréscimo de R$ 0,016 para as cotas nos próximos 12 meses decorrente à receita mensal do HGLG WL.

Na outra ponta, a venda parcial do HGLG WL ficou 35% acima do valor investido inicialmente pelo fundo e 28% acima do laudo do imóvel em 2023. Esse lucro corresponde a R$ 20,7 milhões, equivalente a R$ 0,61 por cota. “A venda deve gerar uma taxa interna de retorno anualizada (TIR) de 15,6%, excluindo eventuais correções nas parcelas. Esses rendimentos integrarão a base de cálculo da distribuição de lucros semestrais do fundo”, diz Barbosa.

Os acréscimos nos dividendos acontecem devido ao lucro obtido pelos fundos com a operação. Ou seja, o valor da venda dos imóveis foi superior ao valor da compra quando os condomínios logísticos foram incorporados no portfólio de cada fundo imobiliário. E como os FIIs são obrigados a distribuir pelo menos 95% do lucro obtido no semestre aos cotistas, esse valor “extra” será repassado aos investidores em forma de dividendos. Já as gestoras precisam manter o caixa do fundo positivo ou buscar recursos de outras fontes para arcar com os gastos referentes ao pagamento do ativo.

A outra vantagem para os investidores envolve a ausência de um problema para o portfólio dos fundos. A competição elevada e a presença de outros condomínios logísticos com alta taxa de vacância na região poderiam tornar mais difícil a venda dos imóveis e, se ocorresse, provavelmente acarretaria em prejuízo. Com a estratégia, a expectativa é que haja uma normalização dos aluguéis e o pagamento constante de dividendos.

Mistério dos FIIs: por que eles contrariam a expectativa, batem a Bolsa e sobem em 2024

“Como eles uniram forças, vão ter um poder de barganha para trabalhar com preços melhores. No mercado, não ter um problema já pode ser considerado um ganho”, ressalta Renato Chanes, analista da Ágora Investimentos. Ou seja, o poder de barganha garante aos investidores a possibilidade de, no médio e longo prazos, fechar contratos de locação a preços mais altos do que os acordos anteriores. “Não ter que dar desconto e não cobrar um aluguel menor já agregam valor à cota porque esses contratos são de longo prazo”, explica Fayh.

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Vale destacar que a operação não pode ser considerada como uma “fusão” ou uma sociedade entre as gestoras. A parceria se limitou apenas aos dois imóveis que correspondem menos 4,5% do portfólio dos fundos imobiliários. Por essa razão, as negociações não precisaram ser submetidas à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) diante da baixa representatividade dos imóveis para os fundos e por não causar um risco concorrencial para a região e para o mercado logístico em função da parceria.

Onde investir: XP Logística ou HGLG Logística?

Os dois fundos imobiliários são considerados gigantes da indústria devido ao tamanho dos seus portfólios. O XPLG11 possui 18 condomínios logísticos e 52 locatários, sendo a maior parte do setor de varejo. Já o HGLG11 possui 24 imóveis distribuídos em cinco estados brasileiros. Para Chanes, os fundos entregam bons fundamentos e a gestão se mostrou eficiente ao administrar os ativos.

O ponto que o investidor precisa analisar, caso não tenha nenhum dos dois fundos no portfólio, é a perspectiva de valorização da cota. “Sobre XPLG11, avaliamos que está bem precificado e não tem muito upside (potencial de alta). Por isso, estamos neutros com um preço-alvo de R$ 122. Já para o HGLG11, a nossa recomendação é de compra e preço-alvo de R$ 185″, diz Chanes.

Leia também: “Corretora dos famosos” em Miami revela segredos para ganhar com imóveis nos EUA

Caio Nabuco de Araújo, analista da Empiricus Research, também possui recomendação de compra para o HGLG11. Para ele, o fundo é um dos mais tradicionais do setor e tem portfólio diversificado, o que reduz os riscos em caso de inadimplência. “O FII possui um histórico excelente de gestão que se destacou pelos movimentos de reciclagem de carteira nos últimos anos. De acordo com o nosso último valuation (valor do ativo), o preço justo do FII seria de R$ 173″, afirmou Araújo. Com essa estimativa, a corretora avalia que ainda há espaço para uma valorização de 11,6% nos próximos meses em relação ao fechamento da cota desta sexta-feira (21).

Já a Guide Investimentos mantém recomendação de compra para os dois fundos imobiliários. No caso do HGLG11, a corretora estima um preço-alvo de R$ 185 e destaca a diversificação do portfólio que dá previsibilidade de receita. Para o XPLG11, o preço-alvo fica em R$ 118 diante da capacidade da gestão em reduzir a vacância dos imóveis e da entrega de bons resultados após a reocupação das aéreas e a renovação de contratos. “O ponto de atenção do XPLG11 fica para a concentração de inquilinos no comércio varejista, como Americanas (AMER3) e Rede Dia”, destaca Carol Borges, analista de FIIs da EQI Research.

Felipe Martins Passero, CFA e sócio da InvestSmartXP, está mais cauteloso em relação aos fundos ao observar o espaço de novas valorizações das cotas. Para ele, os investidores devem se posicionar no HGLG11, que tem uma projeção de dividend yield (DY) de 8,7% para os próximos 12 meses, antes do papel alcançar a faixa de preço de R$ 160. Após essa cotação, investir no fundo imobiliário pode não ser mais interessante. “Sobre o XP logística, considero uma boa compra até R$ 110 por cota”, ressaltou Passero. Segundo a XP, o guidance (projeção de desempenho) estima um dividend yield de 10% para o XP Logística para os próximos 12 meses.

O que esperar dos FIIs com a Selic a 10,50%?

O Banco Central (BC) interrompeu o ciclo de queda de juros e manteve a Selic no patamar de 10,50% ao ano, na última quarta-feira (19). A decisão sinaliza ao mercado uma preocupação da autoridade monetária com a trajetória da inflação que pode ganhar força em meio ao desiquilíbrio das contas públicas. E assim como ocorre nas ações listadas na bolsa de valores, os juros a dois dígitos têm um peso relevante na indústria dos fundos imobiliários.

O primeiro efeito é a perda da atratividade no mercado no curto prazo. Como a Selic atua como parâmetro para os rendimentos dos papéis de renda fixa, a tendência é que o capital dos investidores migre para os títulos públicos devido ao retorno elevado e pelo baixo risco, como detalhamos nesta reportagem. “Taxa de juros e FIIs tem uma relação inversamente proporcional. Quando um sobe, o outro cai”, diz Jorge de Almeida Silva, assessor CFP® e sócio da Fortuna Investimentos.

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O que resta ao investidor é selecionar os melhores fundos imobiliários para incluir na carteira e manter o foco em retornos no médio e longo prazo. A diversificação do portfólio do FII, a localização dos imóveis e o histórico das gestoras são os requisitos básicos que devem ser analisados antes de qualquer investimento.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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