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24 ações baratas para ganhar dividendos entre 6% e 22%

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Para o investidor focado em renda passiva – que gosta de comprar ações que paguem bons dividendos, a bons preços -, eventos como a queda recente da Bolsa de Valores brasileira abrem espaço para que ele possa encontrar oportunidades no mercado.

No entanto, não se trata de sair comprando tudo o que está com desconto na bolsa. É muito importante que, além do preço, o investidor olhe para os fundamentos das empresas e a capacidade de as companhias continuarem gerando renda futura elevada aos seus investidores. Mas, afinal, qual seria um rendimento adequado para carregar uma ação para o longo prazo?

No mercado, existe uma métrica de que uma ação deveria entregar pelo menos um dividend yield (retorno em dividendos) de 6% para ser considerada interessante para o longo prazo.

20 ações fora do radar pagam bons dividendos; veja quais são e se vale investir

Mas por que 6%? Gabriel Duarte, analista da Ticker Research, destaca que este patamar tem relação com as taxas oferecidas pelos títulos públicos atrelados à inflação em momentos de estresse, que na sua média também entregam inflação mais 6%.

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Segundo o analista, isso é um consenso de mercado. “Uma empresa para gerar valor, para que justifique o investimento deve ter um dividend yield em torno de 6% e crescer acima da inflação”, explica Duarte.  Não é apenas nas ações que essa métrica é utilizada, muitos gestores de fundos de pensão, por exemplo, tem como meta bater inflação mais 6%.

Bruno Oliveira, analista da plataforma AGF, aponta que a meta dos 6% já foi utilizada por grandes investidores em nível nacional e internacional. Jeremy Siegel, no seu livro “Investindo em ações no longo prazo”, já utilizava a taxa anualizada de 6% para o investimento em ações.

No Brasil, o megainvestidor Luiz Barsi Filho, que fez a sua fortuna com ações pagadoras de dividendos, também usa os 6% como condição mínima para escolher papéis há mais de 50 anos. Na década dos anos 1990, o jornalista e investidor Décio Bazin, autor do livro “Faça fortuna com ações, antes que seja tarde”, também lançava mão desse critério para os acionistas de empresas que pagam proventos.

Leia também: 3 incertezas rondam a Vale (VALE3) e ameaçam seus dividendos

Diante disso, nós também seguimos o padrão do mercado e identificamos 24 ações baratas que podem pagar dividendos de 6% ou mais nos próximos 12 meses, de acordo com levantamento exclusivo de Fábio Sobreira, sócio e analista da Rocha Opções de Investimentos, para o E-investidor. Foi calculado também quanto o investidor deveria pagar nestes papéis para garantir, no mínimo, o retorno de 6%. Veja abaixo:

Ação
DY Projetado próximos 12 meses
Payout Médio
P/L Médio
P/L Projetado
Status
Preço-teto para garantir DY de 6%

Petrobras (PETR4)
22,00%
86,00%
4,74
3,97
Barato
R$ 135,5

Metal Leve (LEVE3)
18,00%
111,00%
7,33
6,25
Barato
R$ 91,33

Metalúrgica Gerdau (GOAU4)
17,00%
50,00%
3,94
2,9
Barato
R$ 28,67

Unipar (UNIP6)
16,00%
72,00%
5,65
4,33
Barato
R$ 130,5

Gerdau (GGBR4)
12,00%
40,00%
4,48
3,25
Barato
R$ 34,83

Brasilagro (AGRO3)
12,00%
88,00%
7,55
7,39
Barato
R$ 49,5

Copasa (CSMG3)
11,00%
75,00%
7,11
6,63
Barato
R$ 37,33

Usiminas (USIM5)
11,00%
26,00%
3,37
2,44
Barato
R$ 12,5

Isa Cteep (TRPL4)
10,00%
52,00%
5,5
5,26
Barato
R$ 41,17

CPFL Energia (CPFE3)
9,00%
66,00%
7,52
6,9
Barato
R$ 52,67

Vibra (VBBR3)
9,00%
52,00%
6,47
5,77
Barato
R$ 32,17

Ferbasa (FESA4)
9,00%
45,00%
5,38
5,06
Barato
R$ 11,33

Cemig (CMIG4)
9,00%
51,00%
6,3
5,87
Barato
R$ 14,67

Cyrela (CYRE3)
8,00%
49,00%
6,69
5,93
Barato
R$ 26,5

Kepler Weber (KEPL3)
8,00%
48,00%
8,45
6,23
Barato
R$ 12,67

Itaúsa (ITSA4)
8,00%
58,00%
7,52
7,46
Barato
R$ 12,33

Randon (RAPT4)
7,00%
39,00%
5,75
5,51
Barato
R$ 10,67

Banco do Brasil (BBAS3)
7,00%
37,00%
5,68
5,29
Barato
R$ 31,67

Banco ABC (ABCB4)
6,00%
40,00%
6,35
6,1
Barato
R$ 22,5

B3 (B3SA3)
6,00%
87,00%
13,99
13,45
Barato
R$ 11,33

Engie (EGIE3)
6,00%
66,00%
11,32
10,98
Barato
R$ 43,17

SLC Agrícola (SLCE3)
6,00%
46,00%
9,26
7,83
Barato
R$ 16,67

Itaú (ITUB4)
6,00%
58,00%
10,4
10,06
Barato
R$ 29,83

Santos Brasil (STBP3)
6,00%
99%
32,53
17,74
Barato
R$ 11

Fonte: Fábio Sobreira/Rocha Opções de Investimentos

DY= dividend yield= retorno em dividendos

Preço teto: preço máximo a pagar por uma ação

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P/L = preço/lucro

*Foram consideradas apenas ações que pagaram dividendos todos os anos nos últimos 5 anos ou desde a abertura de capital

Premissas do levantamento

Para identificar quais ações teriam capacidade de entregar um dividend yield de 6% ou mais nos próximos 12 meses, de acordo com o seu histórico, Sobreira utilizou o lucro por ação médio dos últimos cinco anos destas empresas, corrigidos pela inflação, e comparou com o dividendo médio por ação pago nos últimos cinco anos, também corrigido pela inflação. Foi desta forma que chegou ao payout (parcela do lucro líquido destinado a proventos) médio da empresa.

Depois, o analista calculou o lucro projetado para os próximos 12 meses, com base no lucro médio e o crescimento anual composto. Logo, multiplicou esse lucro projetado pelo payout médio da empresa, obtendo assim o dividendo projetado para os próximos 12 meses. Para obter o dividend yield projetado nos próximos 12 meses, bastou dividir este dividendo pelo preço da ação, chegando assim à lista final de ativos.

leia mais: Veja 8 ações que pagam dividendos acima da Selic de 10,50%

Sobreira considerou na amostra apenas ações que tivessem remunerado o acionista nos últimos cinco anos ou desde sua abertura de capital – ou seja, ações com histórico de pagar proventos.

O analista também sinalizou se as ações estavam caras ou baratas, para isso utilizou dois múltiplos: o preço/lucro (P/L) médio de cinco anos e o projetado para os próximos 12 meses. A lógica é que se o P/L projetado é inferior ao médio, o papel pode ser considerado barato.

O analista calculou também o preço-teto, ou seja, o preço limite de compra para garantir no mínimo um dividend yield de 6% com as ações.

Ações para o longo prazo

Entre as 24 ações que integram o levantamento, os analistas destacaram aquelas que possuem bons fundamentos para uma estratégia de dividendos no longo prazo. Veja a seguir:

Copasa (CSMG3)

A Copasa (CSMG3) pertence ao setor de saneamento, segmento perene com alta previsibilidade na geração de receitas.

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Segundo Sergio Biz, analista focado em dividendos e sócio do GuiaInvest, apesar da Copasa estar enfrentando um ciclo de investimentos elevado, a boa rentabilidade que vem entregando junto a geração de caixa atual permite uma distribuição de proventos interessante para os acionistas da companhia.

Eurico Rodrigues, analista da Desmistificando Research, lembra que a Copasa gerou muito caixa também nos últimos anos e possui uma dívida controlada de 1,5 vezes dívida líquida/Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Com as elevadas distribuições, ele enxerga que a companhia seja capaz de entregar um dividend yield superior a 9%.

Mas há riscos que devem ser observados pelos investidores e que são inerentes ao negócio, por exemplo, uma crise hídrica. Rodrigues lembra também o fato de a companhia ser estatal e poder ser usada para abater uma dívida que o estado de Minas Gerais tem com a União, mudando de controle. “Tenho receio dessa possibilidade”, diz.

Renato Reis, analista da Blue3 Research, cita também entre os riscos a possibilidade de ocorrerem reajustes tarifários abaixo da inflação, o que não seria bom para os acionistas da empresa. Isso acabaria reduzindo as margens da companhia, gerando lucros menores, justifica o analista.

Banco do Brasil (BBSA3)

Oliveira, do AGF, destaca que o Banco do Brasil possui uma das maiores rentabilidades entre os grandes bancos, por conta de sua carteira de crédito bem equilibrada, exposta de maneira estratégica e preservando os índices de inadimplência em patamares abaixo do Sistema Financeiro Nacional.

Além disso, segundo o analista, o Banco do Brasil cumpriu com todas as projeções divulgadas ao mercado nos últimos anos, o que trouxe credibilidade e competência para a gestão atual. “O Banco do Brasil remunera o investidor oito vezes ao ano, divulgando com muita antecedência as datas de corte e pagamento para o investidor”, diz Oliveira. Essa estratégia traz mais segurança ao investidor que sabe exatamente quando será remunerado.

Qual banco vai pagar mais dividendos: BB, Itaú, Bradesco ou Santander?

Duarte, da Ticker, cita também como vantagem a exposição do banco ao agronegócio, uma carteira de baixo risco. Já entre as desvantagens estaria a governança, por se tratar de uma instituição com 50% de controle estatal. Duarte acrescenta também o impacto da tragédia no Rio Grande do Sul, que embora possa ser limitado, só será conhecido no 2° trimestre. “Fora esses aspectos, acredito que o banco vai pagar um yield entre 8% e 10%, que é bem razoável”, avalia.

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Reis, da Blue3 Research, considera que o Banco do Brasil está sempre muito barato, por conta de ser uma companhia estatal, no entanto como a sua rentabilidade é elevada, com Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) acima de 15%, o retorno em dividendos é alto. “Como o resultado é forte e o preço da ação baixo, o dividend yield (retorno em dividendos) acaba sendo mais elevado do que os pares”, afirma.

Entre os riscos Reis enxerga o segmento agro, que não teve uma boa safra de grãos neste ano e pode contribuir negativamente com os resultados do Banco do Brasil. O analista menciona também os riscos do crédito consignado, caso houvesse um calote para funcionários públicos, embora a possibilidade seja praticamente inviável.

Metal Leve (LEVE3)

Em relação à Metal Leve (LEVE3), Biz, do GuiaInvest, aponta que é uma companhia com forte histórico de pagamentos e que geralmente trabalha com um payout (parcela do lucro destinada a proventos) próximo de 100%. “Isso sinaliza a capacidade e a intenção da companhia em distribuir praticamente todo seu lucro para os acionistas em forma de proventos”, afirma.

Biz faz a ressalva de que os últimos pagamentos feitos pela empresa foram turbinados por efeitos não recorrentes. Mantendo desta forma as suas margens operacionais, o analista acredita que a companhia teria capacidade de entregar dividendos acima de 6% em 2024.

Já Rodrigues, da Desmistificando Research, lembra que a companhia gera muito caixa e tem pouco investimento em reposições para fazer, o que permitiu distribuir todo o seu lucro em proventos nos últimos anos. Para ele, a companhia vai entregar pelo menos um dividend yield de 13% nos próximos 12 meses.

Confira: 16 small caps da Bolsa em crescimento e que pagam bons dividendos

Entre os fatores negativos, Rodrigues cita o follow-on (oferta subsequente) que a companhia fez recentemente para a redução de participação dos controladores. Além disso, houve um acréscimo no lucro não recorrente por conta do aumento desproporcional do preço dos carros usados.

Sobre o risco de obsolescência da companhia, Rodrigues manifesta que o movimento não é tão agressivo como precifica o mercado. “Certamente, a Metal Leve coexistiria com o avanço dos carros elétricos”, pontua.

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Além destas companhias, os analistas citaram Isa Cteep (TRPL4), Itaúsa (ITSA4), Engie (EGIE3), Vibra (VBBR3), Banco ABC (ABCB4), CPFL Energia (CPFE3), Cemig (CMIG4) e Itaú (ITUB4), como algumas alternativas que podem continuar entregando dividendos elevados no longo prazo.

Já entre as companhias que seriam importantes ter uma certa cautela, os analistas apontaram as empresas de commodities, que costumam ser mais voláteis nos seus lucros, como Petrobras (PETR4), Unipar (UNIP6), Gerdau (GGBR4), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Usiminas (USIM5). A Ferbasa (FESA4) também foi citada entre as companhias que requerem atenção.

As empresas do agro também foram contempladas entre as empresas mais arriscadas para uma estratégia de longo prazo, porque também possuem características cíclicas nos seus negócios. Brasilagro (AGRO3), Kepler Weber (KEPL3), SLC Agrícola (SLCE3) integram a lista.

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Agronegócio

Como a eleição presidencial americana pode afetar o dólar?

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A alta do dólar tem sido o principal assunto dos noticiários econômicos nas últimas semanas. Enquanto por aqui o chefe do Executivo tem sido apontado como um dos responsáveis por essa disparada da moeda, nos Estados Unidos a escolha do próximo presidente também tem impactado na cotação da moeda norte-americana.

O primeiro debate entre o atual presidente, Joe Biden, contra o seu antecessor, Donald Trump, ocorreu na quinta-feira (27). Para especialistas, o primeiro confronto de ideias teve o representante do Partido Republicano como vencedor — o que refletiu no mercado financeiro mundial.

Biden x Trump: a volatilidade no cenário político dos EUA continua; e agora?

“Trump pulou na frente da preferência dos votos e, no dia seguinte, o resultado no câmbio foi de forte apreciação dos yields dos treasuries [títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano], ajudando no fortalecimento do dólar em âmbito global”, aponta Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX.

Segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, uma possível volta de Donald Trump à Casa Branca alimenta o sentimento de incerteza que já paira sobre a economia americana. E isso favorece a alta do dólar, enquanto joga contra as moedas emergentes, como o real. E mais: ele destaca que o candidato republicano sinaliza na direção de uma política econômica mais protecionista.

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“Ele fala em ser bastante aguerrido na política comercial. Por exemplo, colocar uma tributação de 10% sobre as importações. E isso poderia dificultar alguns setores da economia brasileira, como a agricultura, em que o Brasil é mais competitivo”, explica Alves. Por outro lado, o republicano tem prometido reduzir a carga tributária para as companhias locais. “O que pode levar ao aumento da inflação americana”, completa.

Por outro lado, caso a vitória seja de Joe Biden — ou de outro candidato do partido Democrata — é esperado que haja mais pressão para o início da flexibilização monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). “E que haja uma possível apreciação das moedas emergentes baseados na atratividade do carry trade [quando o investidor pega dinheiro de um país com juros baixos e aplica em outro] de juros”, afirma Marcio Riauba, da StoneX.

Fed e os juros, como ficam nas eleições?

Para os especialistas consultados pelo E-Investidor, enquanto a campanha eleitoral estiver acontecendo, o rendimento dos títulos públicos americanos e o dólar vão mostrar sinais de força ou arrefecimento conforme um ou outro candidato mostrar vantagem. “É importante ressaltar que o mercado é altamente complexo e influenciado por uma variedade de fatores, não apenas políticos”, explica Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management.

Vale lembrar que a novela dos juros americanos tem se estendido, com o início do corte da taxa sendo postergado para pelo menos setembro. Embora a decisão do Fed não tenha interferência direta no dólar, os seus reflexos são sentidos nas economias globais — influenciando nas moedas e índices emergentes.

Apesar disso, para Marcio Riauba, da StoneX, o Fed não deverá se basear na campanha eleitoral, nem nas consequências que cada candidato pode gerar, para tomar a sua decisão. Ao menos por ora: “O comitê vai agir com parcimônia e não deve se adiantar em tomar qualquer partido de corte ou aumento das taxas de juros sem analisar minuciosamente reações tanto do mercado de trabalho quanto núcleos de inflação.”

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Agronegócio

Ativos na Bolsa podem voltar a subir? Estrategista de corretora avalia

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O estrategista de ações brasileiras da Santander Corretora, Ricardo Peretti, disse nesta quarta-feira (3) que vê espaço para os ativos negociados na bolsa voltarem a subir se o governo endereçar a questão fiscal e diminuir ruídos que causam aversão a risco no mercado. Segundo ele, o estresse na curva de juros, que passou a antecipar a manutenção ou até mesmo a possibilidade de alta da Selic, explica o momento da bolsa. Porém, ponderou, há “algum grau de exagero” na valorização do dólar.

Durante live da corretora, Peretti disse que vê como possível uma valorização adicional do Ibovespa, considerando que as ações da bolsa brasileira seguem, em geral, bem descontadas. O mercado, observou, praticamente deixou de colocar no preço as oportunidades futuras das empresas brasileiras, inclusive em ativos de alta qualidade. “Hoje, o mercado tirou um pouco o benefício da dúvida que normalmente concede às ações brasileiras. Tem espaço para as ações voltarem a subir se o humor do mercado melhorar”, comentou o estrategista.

Peretti pontuou que a bolsa, até então guiada pelas expectativas sobre o início do corte de juros nos Estados Unidos, passou, a partir de abril, a sofrer o peso do noticiário doméstico. Questionamentos sobre a viabilidade do arcabouço fiscal e em relação ao compromisso do Banco Central (BC) com a meta de inflação levaram a uma crise de confiança entre investidores.

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Ainda que a valorização do dólar possa estar perto de um ponto de inflexão, o estrategista da corretora do Santander ressaltou que faz sentido manter uma “posição estrutural” – entre 20% e 30% do portfólio – em setores exportadores, como mineração, petróleo e gás, e papel e celulose. Isto é, vale continuar em setores onde as empresas têm toda ou boa parte das receitas em dólar, de modo que a carteira tenha um equilíbrio entre companhias mais expostas ao mercado doméstico e exportadores.

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Agronegócio

Entidades do mercado se manifestam sobre projeto de lei de ativos virtuais

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Um grupo de cinco entidades do mercado financeiro manifestou publicamente nesta quarta-feira (3), apoio ao Projeto de Lei (PL) nº 4.932, criado a partir da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das pirâmides financeiras, criada em 2023 para investigar fraudes com ativos digitais criptografados e milhas aéreas. Elas também apoiaram as sugestões dadas pelo Banco Central ao texto. O projeto está em tramitação na Câmara.

O documento é assinado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos de Valores, Câmbio e Mercadorias (Ancord), Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Zetta, que representa as fintechs e empresas de tecnologia.

Para elas, a CPI trouxe regras que aumentam a proteção de investidores e da poupança popular, e que podem reduzir o risco de irregularidades com ativos virtuais.

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O PL trouxe mudanças como a separação patrimonial entre os bens das empresas que negociam ativos digitais criptografados e os bens de seus clientes. “Manifestamos nosso apoio integral”, dizem as associações ao comentarem este ponto.

O documento divulgado hoje também mostra apoio a pontos sugeridos pelo BC. O regulador fez sugestões, entre outras, sobre o aperfeiçoamento da redação da proposta, contemplando o “cenário de restituição de ativos virtuais em caso de qualquer regime de concurso de credores e a responsabilidade dos prestadores de serviços de ativos virtuais por descumprimento de disposição legal ou regulamentar, por negligência, por administração temerária ou por desvio da finalidade do patrimônio separado”.

A CPI das pirâmides financeiras foi encerrada em outubro do ano passado e rendeu quatro novos projetos de lei, um deles de milhas aéreas e os demais de ativos cripto. Também teve 45 indiciamentos por crimes como estelionato, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta, segundo a Agência Câmara de Notícias. O relatório final do deputado Ricardo Silva (PSD-SP), com mais de 500 páginas, foi aprovado por unanimidade.

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