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As 7 melhores ações para investir no 2º semestre de 2024, segundo a Nord

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O Ibovespa encerrou o primeiro semestre de 2024 com uma queda de 7,66%, saindo de 134,1 mil pontos para 123,9 mil pontos. O desempenho enterrou de vez as expectativas positivas dos investidores do final do ano anterior. Agora, casas de investimento começam a revisar as projeções para os próximos seis meses, incluindo, claro, as ações do Ibovespa.

Como mostramos aqui, para o segundo semestre, os mesmos assuntos devem continuar em pauta: o início do corte de juros nos EUA e a situação fiscal no Brasil. Veja o que esperar do Ibovespa, dólar, renda fixa e cripto no 2º semestre.

Na visão da Nord Investimentos, a segunda metade de 2024 pode abrir uma nova janela de oportunidade para mercados emergentes, sobretudo depois que os Estados Unidos finalmente iniciarem o tão esperado ciclo de queda de juros por lá.

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“Este evento está próximo de acontecer, uma vez que os dados de inflação americana estão melhorando, o que dá segurança ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para iniciar os cortes de juros, atualmente em 5,5%”, diz em relatório Danielle Lopes, sócia e analista de ações da casa. “Com isso, teremos um alívio nas pontas longas dos juros, o que nos permitirá aproveitar as oportunidades da bolsa brasileira, que negocia a múltiplos históricos extremamente baixos (8x lucros).”

Enquanto a maior parte dos investidores segue bastante pessimista, a Nord selecionou 7 ações para investir no 2º semestre de 2024. “Aqueles que tiverem estômago para atravessar essa fase serão recompensados”, destaca Lopes.

Veja a seleção da corretora:

1. Inter (INBR32)

O Inter começou “bem” o ano de 2024, o segundo do plano de crescimento da companhia. Os resultados agradaram ao mercado, e à Nord, que vê o banco com “ótima visibilidade” de crescimento e, portanto, uma boa ação para quem é focado em nomes de alto crescimento que devem aproveitar o ciclo favorável de juros mais baixos.

2. Prio (PRIO3)

A Prio é considerada pela Nord como “prata da casa”. A casa destacou que os primeiros resultados trimestrais apresentados pela companhia em 2024 ficaram aquém do desejado. Ainda assim, o entendimento é de que a companhia pode ter um incremento na produção de barris de petróleo no campo de Wahoo, assim que as licenças ambientais forem emitidas para permitir o início das atividades no campo.

“Negociando a apenas 5x Ebitda, a PRIO3 continua sendo uma das nossas ações preferidas na bolsa brasileira, e vemos muitas oportunidades pela frente”, diz a Nord.

3. BTG Pactual (BPAC11)

O BTG é, na visão da Nord, um banco de investimentos “completo, que entrega excelência e rentabilidade a cada trimestre”. Os números apresentados no 1T24 agradaram e o banco tem conseguido aumentar suas vantagens competitivas frente aos pares, mantendo um “ótimo” crescimento de longo prazo, diz a corretora.

4. Mills (MILS3)

A Mills é uma aposta “fora do consenso”. A companhia foca em equipamentos e maquinário para grandes obras de engenharia, um setor que pode se consolidar no País e ainda é pouco explorado. Para a Nord, a companhia tem uma grande oportunidade de ampliar seu market share e dobrar de tamanho nos próximos anos.

5. Priner (PRNR3)

A Priner pertencia à Mills até 2013, quando oferecia apenas serviços como montagem de andaimes. O portfólio cresceu dentro dos serviços de engenharia industrial — e, assim, aumentaram também os números. “A empresa já multiplicou o seu Ebitda em mais de 23x desde 2017, passando de R$ 5 milhões para mais de R$ 115 milhões atualmente”, destaca a Nord.

A ação, considerada uma small cap, foi pressionada por resultados ruins no 1T24, mas a corretora espera que a retomada do crescimento aconteça no 2º semestre.

6. Vale (VALE3)

A Vale entrou na carteira focada de dividendos da Nord há pouco tempo, em maio, e agora também é uma das principais recomendações para o último semestre do ano. O call positivo se baseia em dois pontos principais: uma geração de caixa “impressionante” e a disciplina de capital, com retorno para acionistas por meio de proventos.

7. TSMC (TSCM34)

A última recomendação da Nord para o semestre é, na verdade, um Brazilian Depositary Receipt (BDR): a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, TSMC. A companhia é líder mundial no mercado de semicondutores. É ela quem fabrica os chips que a Nvidia, a nova queridinha do mercado mundial, faz o design. Desde a pandemia da covid-19, a TSMC integra o ranking das 10 empresas mais valiosas do mundo.

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“Com uma ótima perspectiva de crescimento de resultados para os próximos anos, estamos pagando 18x o lucro de 2024 para uma empresa que deve crescer a valores próximos de +20% nos próximos anos. Acreditamos que, devido ao crescimento que a companhia pode entregar, e à sua posição de liderança no setor, estamos pagando barato por essas ações“, destaca a Nord.

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Herança: quais as vantagens e desvantagens da doação de imóvel em vida?

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A decisão de fazer uma doação em vida de um imóvel para herdeiros deve ser tomada com cuidado, levando em consideração todos os aspectos legais, fiscais e emocionais envolvidos e pode apresentar diversas vantagens e desvantagens, dependendo das circunstâncias específicas de cada caso. Abaixo, alguns pontos a serem considerados:

Vantagens:

Planejamento sucessório: facilita o planejamento sucessório, evitando possíveis disputas entre herdeiros após o falecimento do doador e permite ao doador garantir que seus bens sejam distribuídos conforme sua vontade.
Economia de custos: na maioria dos casos, resulta em economia de custos em comparação ao inventário, geralmente mais oneroso e demorado, bem como em menores honorários advocatícios e judiciais, comparados aos honorários envolvidos no processo de inventário.
Agilidade: a transferência de propriedade pode ser mais rápida em comparação ao processo de inventário, que pode se arrastar por anos.
Menor burocracia: ao fazer a doação em vida, evita-se a burocracia e os trâmites legais do inventário após o falecimento.

Desvantagens:

Antecipação do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD): a doação está sujeita ao ITCMD, que varia de estado para estado, podendo representar um custo considerável. Vale ressaltar que tal desvantagem reside apenas no fato de haver a antecipação do fluxo de caixa, pois o mesmo imposto incide também na sucessão por inventário, muitas vezes com a base de cálculo até maior e sempre tributado à alíquota vigente à época.
Possível arrependimento: o doador perde o controle sobre o bem doado; uma vez feita a doação, pode ser difícil ou impossível reverter a transferência de propriedade. Uma alternativa eficaz para que o doador mantenha o controle – mesmo que indiretamente – seria a constituição de empresa holding imobiliária, com a doação da nua-propriedade das quotas da pessoa jurídica.
Reserva de usufruto: embora o doador possa reservar o usufruto, garantindo o direito de uso e fruição do bem até sua morte, isso pode gerar conflitos futuros com os donatários. Mas, repita-se, essa decisão é exclusiva do doador e atinge perfeitamente o objetivo de manutenção do controle sobre o patrimônio doado.
Questões jurídicas e fiscais: pode haver complicações jurídicas e fiscais, se a doação não for juridicamente bem documentada e todas as formalidades legais cumpridas.
Impacto na disponibilidade de bens: a doação em vida pode impactar a disponibilidade de recursos do doador para suas próprias necessidades futuras.
Conflitos familiares: a doação pode gerar conflitos familiares, especialmente se não for feita de forma igualitária entre os herdeiros ou se algum herdeiro se sentir prejudicado.

A doação em vida protege os herdeiros em caso de divórcio?

A doação em vida pode oferecer alguma proteção aos herdeiros em caso de divórcio, mas isso depende de como a doação é estruturada e das circunstâncias específicas de cada caso. Aqui estão alguns pontos a considerar:

Bem exclusivo: se a doação for feita exclusivamente para o herdeiro, sem envolver o cônjuge, o bem doado pode ser considerado um bem particular do herdeiro, não entrando na partilha de bens em caso de divórcio. Isso depende do regime de bens adotado no casamento.
Regime de bens: no regime de comunhão parcial de bens, os bens adquiridos antes do casamento ou recebidos por doação/herança durante o casamento não se comunicam com o cônjuge e, portanto, não são partilhados em caso de divórcio; já no regime de comunhão universal de bens, todos os bens se comunicam, exceto se houver cláusula expressa de incomunicabilidade na doação; no regime da separação de bens, a proteção é maior, tendo em vista que, via de regra, os bens em nome de cada um dos cônjuges não se comunicariam em caso de divórcio.
Cláusulas restritivas: é possível inserir cláusulas restritivas na escritura de doação, como, por exemplo, cláusulas de incomunicabilidade (que impede que o bem doado se comunique com o patrimônio do cônjuge) e impenhorabilidade (que protege o bem contra penhoras).
Usufruto: o doador pode reservar para si o usufruto do imóvel, garantindo o direito de uso e fruição do bem até sua morte (ou por um período menor), o que pode oferecer uma camada adicional de proteção.

Por fim, importante relembrar que acordos pré-nupciais podem complementar a proteção oferecida pela doação em vida, estabelecendo claramente como os bens serão tratados em caso de divórcio.

A doação de imóvel deve ser devidamente formalizada em cartório e registrada para evitar questionamentos futuros sobre a validade da doação ou a aplicabilidade das cláusulas restritivas.

Na doação em vida de imóveis no Brasil, quais as economias tributárias envolvidas?

A doação em vida de imóveis pode resultar em economias tributárias significativas, principalmente quando comparada ao processo de inventário. No entanto, cada caso é único, e é fundamental realizar um planejamento cuidadoso, considerando todas as variáveis legais e fiscais, para maximizar as economias e evitar problemas futuros; as economias tributárias podem variar dependendo da situação específica, mas aqui estão alguns pontos importantes sobre a tributação e possíveis economias:

Tributos envolvidos:

Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD): a doação de imóveis está sujeita ao ITCMD, que é um imposto estadual. A alíquota e as isenções variam de estado para estado, podendo chegar a até 8% sobre o valor venal do imóvel.
Imposto de renda sobre ganho de capital: a doação pode estar sujeita ao Imposto de Renda sobre Ganho de Capital, caso o valor doado seja superior ao valor de aquisição do imóvel. O ganho de capital é a diferença entre o valor de aquisição e o valor de doação.
Taxas de escritura e registro: existem também custos notariais, como taxas de escritura e registro do imóvel no cartório de registro de imóveis.

Possíveis economias tributárias:

Planejamento sucessório: conforme explicitado acima, a doação em vida pode ser mais econômica do que a transmissão de bens via inventário, especialmente em estados onde o ITCMD sobre herança é mais elevado e, ainda, pode evitar custos e complicações associados ao processo de inventário, como honorários advocatícios e taxas judiciais.
Valor venal: em algumas situações, o valor venal do imóvel pode ser inferior ao valor de mercado. Desde que legalmente admitido, utilizar o valor venal para cálculo do ITCMD pode resultar em menor imposto a ser pago.
Parcelamento do ITCMD: alguns estados permitem o parcelamento do ITCMD, facilitando o pagamento do imposto sem comprometer severamente a liquidez do doador ou dos donatários.
Doação com reserva de usufruto: ao realizar a doação com reserva de usufruto, o valor do imóvel doado pode ser reduzido ou postergado para fins de cálculo do ITCMD, já que o usufruto retido pelo doador reduz o valor da nua-propriedade.
Isenções e reduções: alguns estados oferecem isenções ou reduções de ITCMD para doações realizadas dentro de certos limites de valor ou para imóveis utilizados como residência familiar.

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Minimalismo financeiro: conheça a nova forma de lidar com o dinheiro que está na moda

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Escrevam nos comentários os serviços e produtos que vocês mais gastam dinheiro, ela pede. Está transmitindo o conteúdo ao vivo no TikTok, acomodada em uma poltrona, com a iluminação intensa de um anel de luz branca. O espaço com decoração clean e a vestimenta sem acessórios conferem a ela uma aparência sem excesso. É desse jeito que a economista e influenciadora digital Beatriz Moraes, de 29 anos, aparece para sua legião de seguidores. São pessoas interessadas em um assunto que anda em alta nos últimos anos: o minimalismo financeiro.

Veja também: O segredo para “juntar” R$ 1 milhão, segundo três milionários

Especialistas dizem que a abordagem nada mais significa do que “viver do essencial”. A ideia, segundo eles, promove uma relação mais saudável com o dinheiro que traga, consequentemente, bem-estar aos adeptos. Mas eles também avisam que não se deve confundir minimalismo financeiro com viver intencionalmente em meio a dificuldades financeiras ou com evitar certas compras. “Ao contrário, a proposta diz que o investidor entende sua jornada de autoconhecimento e determine o que realmente importa para ela naquele momento”, explica Moraes.

Em um de seus vídeos na rede social, com mais de quatro mil curtidas, Beatriz esclarece que o minimalismo consiste em um estilo de vida que desafia o consumismo predominante na sociedade, abrangendo várias áreas como moda, habitação, transporte, entretenimento e, naturalmente, finanças pessoais.  “Ao fazer escolhas mais conscientes e criteriosas sobre onde e como gastar, as pessoas podem perceber um aumento na sua capacidade de poupar dinheiro. Isso, por sua vez, abre portas para novas oportunidades de investimento e permite direcionar recursos para despesas que realmente importam e tragam satisfação”, analisa a economista.

Desafio do desapego no minimalismo financeiro

Para muitas pessoas, desapegar-se de bens materiais vira um desafio. A psicóloga Ana Costa diz que o ser humano culturalmente aprende a valorizar a abundância material e a se apegar aos bens físicos, influenciado pelo status que eles conferem. “O desapego material está ligado a crenças limitantes, muitas vezes enraizadas por pessoas ou situações específicas. Por isso, é importante avaliar se essas crenças ainda são úteis em nossa vida cotidiana”, pontua.

Segundo a psicóloga, o minimalismo financeiro envolve uma mudança de perspectiva e a disposição de reavaliar as prioridades e hábitos de consumo. Essa abordagem não só traz benefícios financeiros, mas também promove uma vida plena, previsível e alinhada com valores e objetivos pessoais. “Ele nos leva a questionar quem somos, por que compramos e acumulamos. É um trabalho de autoanálise, que vem de dentro para fora. Além disso, nos faz refletir sobre nossa relação com os bens materiais e o que eles realmente nos proporcionam e contribui para a sustentabilidade ambiental, incentivando escolhas mais ponderadas e sustentáveis”, conta.

Benefícios do minimalismo para as finanças pessoais

Objetivos de longo prazo 

A redução dos gastos desnecessários e a concentração em prioridades financeiras proporcionam maior clareza e controle sobre o dinheiro. “Adotar o minimalismo financeiro significa fazer escolhas conscientes sobre como gastar o dinheiro”, afirma o administrador e consultor financeiro, Lucas Ferreira. “Ao eliminar despesas supérfluas, você pode focar em objetivos de longo prazo, como economizar para a aposentadoria ou investir em educação. Há pessoas que chegam a planejar longas viagens, comprar imóvel e reformar casa”.

Redução do estresse financeiro 

Ao manter um estilo de vida mais simples, as pessoas tendem a se preocupar menos com dívidas e com a necessidade constante de consumir. “Quando você simplifica suas finanças, a ansiedade financeira diminui. Você começa a sentir um maior controle sobre sua vida econômica”, explica a psicóloga Ana Costa.

Poupança e investimentos

Com menos dinheiro sendo gasto em compras impulsivas ou em itens não essenciais, é possível direcionar mais recursos para reservas de emergência e investimentos que podem gerar retornos no futuro. “Investir em ativos de longo prazo, como ações ou fundos de investimento, se torna mais viável quando você pratica o minimalismo financeiro”, comenta Ferreira.

Quem mudou de vida com o minimalismo financeiro

Adeptos do minimalismo financeiro frequentemente relatam uma maior sensação de contentamento e paz interior, dizem especialistas. Para eles, esse estilo de vida simplificado não apenas melhora as finanças, mas também promove uma conexão mais profunda com o que realmente importa, proporcionando uma sensação de realização e equilíbrio emocional.

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É o caso da designer gráfica Fernanda Gonçalves, de 35 anos, que enfrentava um ciclo constante de estresse e insatisfação com sua vida financeira. “Não raro, eu costumava gastar impulsivamente com roupas, eletrônicos e jantares caros”, diz. “Sentia uma satisfação momentânea, mas logo depois vinha o arrependimento e a ansiedade. Uma culpa com dezenas de roupas novas, com etiquetas, que eu nunca usava”.

Casal usa milhas para viajar o mundo e economiza R$ 40 mil. Qual o segredo?

A designer começou a avaliar cuidadosamente suas despesas e dar prioridade às suas necessidades reais. “Passei a registrar todos os meus gastos e analisar se eram realmente necessários ou apenas desejos passageiros. Descobri que muitas das minhas compras eram impulsivas e desnecessárias. Tinha, na verdade, um problema emocional que eu descontava gastando”, diz.

Fernanda vendeu itens que não usava mais e adotou um estilo de vida mais simples. A designer também passou a promover jantares em casa com amigos e a utilizar transporte público em vez de táxis e aplicativos de mobilidade. “Percebi que, ao reduzir minhas despesas, meu estresse financeiro diminuiu consideravelmente. Consegui pagar todas as minhas dívidas e comecei a investir parte do meu salário. Tenho uma reserva de emergência e até consegui fazer uma viagem para a Patagônia. O minimalismo financeiro me deu uma nova perspectiva sobre o que realmente importa”, relata.

Vida luxuosa 

O engenheiro Bernardo Prado, de 42 anos, diz que sempre se sentiu pressionado a manter um estilo de vida luxuoso para acompanhar seus amigos e colegas de trabalho. “Eu comprava carros caros, gadgets (aparelhos eletrônicos) de última geração e frequentava restaurantes sofisticados. Achava que isso era sinônimo de sucesso”, lembra Bernardo.

Mas a vida de aparências do engenheiro o deixou com dívidas crescentes e um sentimento constante de insatisfação. “Eu estava sempre preocupado com dinheiro. Apesar de ganhar um bom salário, nada sobrava no mês”, admite.

A virada veio quando Bernardo não conseguiu financiar o apartamento, às vésperas do casamento. Foi quando ele decidiu reavaliar suas prioridades. “Comecei a desapegar das coisas que não usava e a vender itens de valor que estavam apenas ocupando espaço”, conta. “Reduzi drasticamente minhas compras e passei a focar em experiências, como passar mais tempo com minha família e amigos em atividades que não envolviam dinheiro“.

Sem limite no cartão de crédito

O professor universitário Ruan Marques dos Santos, de 36 anos, sentiu na pele o risco dos exageros financeiros. Viciado em compras on-line, sobretudo em lojas patrocinadas nas redes sociais, Ruan lembra que vivia no limite do cartão de crédito. “Comecei a planejar meu orçamento mensal e a cortar gastos supérfluos. Cancelei assinaturas de serviços que não usava e parei de comprar roupas desnecessárias”, conta.

O professor também adotou práticas sustentáveis, como reutilizar e reciclar, e passou a fazer compras em mercados locais. “Descobri que posso viver com menos e ainda assim ser muito feliz. Agora, valorizo mais as experiências do que os gastos. O minimalismo financeiro me ensinou a viver de forma mais consciente e a apreciar as coisas simples da vida”, afirma.

Cinco livros que ajudam a começar no minimalismo financeiro

Morra sem nada (Editora Intrínseca, 2024)

Bill Perkins, um dos gestores de fundos hedge mais bem-sucedidos do mundo, apresenta uma filosofia com tom provocativo sobre o valor do dinheiro e qual a relação que ele tem com a jornada da sua vida. O autor oferece um novo viés sobre como e quando é possível transformar economias em experiências, o verdadeiro capital que deveria ser o propósito. Para isso, conduz o leitor por uma espécie de balanço pessoal, ajudando a entender que adiar indefinidamente sonhos e desejos vai de encontro com a lógica de uma vida feliz.

A psicologia financeira (Editora Harper Collins, 2021)

Abordando a gestão financeira de maneira inédita, Morgan Housel apresenta casos de sucessos e fracassos de investidores que demonstram a importância do fator psicológico no gerenciamento das finanças, oferecendo aprendizados para administrar e fazer o dinheiro render em busca do grande objetivo de todos nós: ser feliz.

Mente minimalista (Editora Évora, 2020)

O autor Gianini Cochize Ferreira aderiu ao minimalismo em 2015 com o objetivo de criar um estilo de vida mais leve e conectado ao presente. Neste livro, ele traz ao leitor dicas de como iniciar uma vida minimalista, sem exageros e consciente. Explica também que a abordagem é uma prática diária de mudança real no cotidiano.

Tudo o que importa (Editora Best Seller, 2021)

Aos vinte e poucos anos, o escritor Joshua Fields Millburn achava que tinha tudo o que qualquer um poderia desejar. Mas após a perda da mãe e o fim do casamento no mesmo mês, Millburn começou a questionar todos os aspectos da vida que havia construído e acabou descobrindo um estilo de vida conhecido como minimalismo.

100 coisas que milionários fazem (Editora Astral Cultural, 2021)

Os verdadeiros milionários têm uma série de comportamentos conscientes que os levam para o topo da cadeia social. Nigel Cumberland, um dos mais renomados coaches do mundo, usou a experiência de abertura e venda de empresas de sucesso e o treinamento de centenas de líderes para listar os 100 hábitos mais comuns entre os milionários, ensinando o leitor a aplicá-los em sua vida. Cada capítulo apresenta uma nova ideia para mudar a sua mentalidade e criar o portfólio de habilidades necessárias para que possa, enfim, construir e reter riqueza de maneira sustentável.

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Benchmark levantou US$ 425 milhões para fundo de investimento em IA

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A empresa de venture capital Benchmark levantou US$ 425 milhões para o “Benchmark 1”, seu décimo primeiro fundo de investimento em meio ao boom da inteligência artificial, de acordo com uma carta obtida pela Forbes. A empresa planeja fazer cerca de 30 aplicações com a captação, que ainda não terminou.

“Estamos no amanhecer de uma era que fará tudo o que veio antes parecer um prelúdio”, escreveram os parceiros da Benchmark na mensagem, que foi enviada aos parceiros convidados a investir no fundo, disse uma fonte com conhecimento da oferta à Forbes. “Somos um grupo com fome e ambição de construir algo grandioso.”

Os cinco parceiros da Benchmark na foto são Peter Fenton, Eric Vishria e Chetan Puttagunta, Sarah Tavel e Victor Lazarte. Imagem: ilustração/Forbes

A Benchmark tem levantado investimentos do mesmo tamanho desde 2013, quando criou o Fundo VIII, embora seu ritmo de captações durante o tempo tenha variado. O mais recente, criado em 2020, terminou “recentemente”, o que significa que levou quatro anos para ser utilizado.

O novo ‘Benchmark 1’, de 2024, é parte de um reinício para a era da IA generativa. Todos os parceiros devem olhar para empresas de IA dentro de suas áreas, como tecnologia de consumo, computação em nuvem ou cripto, relatou uma fonte.

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A companhia já fez vários investimentos em IA, incluindo a Sierra, startup de agentes de IA liderada pelo ex-co-CEO da Salesforce, Bret Taylor; a startup de trabalhadores automatizados 11x, conforme um relatório da Business Insider; a fabricante de placas de circuito de IA Quilter; a fabricante de software jurídico Leya; e o gerador de vídeos HeyGen, na qual Lazarte liderou recentemente uma rodada de US$ 60 milhões.

Além disso, a Benchmark terá um pouco mais de capital para implantar do que o número oficial divulgado. Seu tamanho simbólico, de US$ 425 milhões, não inclui a quantidade considerável de capital que os próprios parceiros da firma investem em seus fundos. Considerando os compromissos dos parceiros gerais, a empresa terá efetivamente mais de US$ 500 milhões para investir.

Modelo Benchmark

Conhecida por aplicações iniciais em empresas como Uber e Twitter, a Benchmark se destacou há muito tempo no Vale do Silício por uma abordagem sob medida, em comparação com rivais que levantaram fundos de vários bilhões de dólares e expandiram consideravelmente o número de membros de suas equipes de investimento. Conforme detalhado em um perfil da Forbes em 2015, ‘O Modo Benchmark’ evita esse crescimento em favor de uma parceria pequena e coesa de quatro a seis investidores que escrevem cheques ocasionais.

O modelo é caro: qualquer investidor contratado pela Benchmark, mesmo no meio de um ciclo de fundo, é incluído na divisão de lucros da firma da noite para o dia, à custa de seus outros parceiros. Mas também se mostrou altamente lucrativo quando funciona. Com um aplicativo de carona chamado Uber, isso significou uma participação inicial de pouco mais de US$ 10 milhões, que se transformou em quase US$ 7 bilhões em 2019.

“Não acreditamos que exista outra firma executando nossa estratégia”, afirmaram os parceiros da Benchmark.

Esse modelo também incentivou a Benchmark a ser deliberada em seu planejamento geracional. Dos cinco parceiros mencionados naquele perfil da Forbes de 2015, apenas Fenton e Vishria permanecem. Os ex-investidores da Lista Midas, Matt Cohler e Mitch Lasky, se afastaram em 2018, enquanto Bill Gurley, outra figura de longa data da lista e o principal investidor da Uber pela firma, parou de fazer investimentos em 2020. Tavel, por sua vez, juntou-se em 2017 e Puttagunta no ano seguinte. O mais recente parceiro contratado foi o empreendedor brasileiro de jogos Victor Lazarte, que se juntou em 2023.

Eles deveriam ser acompanhados pelo investidor Miles Grimshaw. Mas em março, Grimshaw retornou à Thrive, em grande parte porque queria investir de forma mais flexível em diferentes estágios e tamanhos de cheques do que era possível dentro da estrutura rígida do portfólio da Benchmark, de acordo com três fontes do setor.

O post Benchmark levantou US$ 425 milhões para fundo de investimento em IA apareceu primeiro em Forbes Brasil.

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